quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Um grupo unido e uma grande experiência

Já era tarde, bem tarde, quando se souberam os resultados das eleições para os orgãos sociais da AAUM - Associação Académica da Universidade do Minho.
A lista que anteriormente referi, aqui no PNP, que fazia parte, saiu vencedora com cerca de 60% dos votos.

Este artigo não se traduzirá apenas numa congratulação a toda a equipa da lista vencedora, mas principalmente, será a partilha de uma experiência.

Obviamente aproveito para aqui deixar os meus mais sinceros parabéns aos restantes elementos da Lista A, futuros membros da próxima direcção da AAUM, e principalmente ao Carlos Videira que foi assim reeleito para o seu terceiro mandato a frente dos destinos da referida associação.
Merecem também destaque os elementos da lista concorrente, que se bateram com as armas que tinham e que ofereceram uma disputa renhida, ao ponto de fazer baixar a abstenção.
Porém, esta continua a ser ainda muito elevado, algo que nos deverá preocupar a todos, mas mais do que preocupar, deverá fazer-nos encontrar soluções para este desinteresse demonstrado.

Não obstante, foi uma noite de expectativa como à muito não vivia! Certamente que iria estar expectante quanto ao resultado, mas assim tanto? Foi uma boa surpresa.
Depois das urnas fecharem, começou um frenesim inédito em mim, entre alguns momentos de convívio entre amigos que estávamos a aguardar resultados, começou a dominar a sede de algo mais concreto do que apenas a nossa confiança. Era imperial materializá-la. Apenas a notícia o fez.
Notícia essa que surge já de madrugada, seguramente uma mão cheia de tentativas de abandonar o local e regressar aos meus aposentos porque ontem, dia seguinte, era dia útil, e felizmente, dia de trabalho.

Os laços criados nesta noite eleitoral, a união que se viveu, o espírito de partilha e demonstração de vontades sincronizadas tornaram esta equipa muito forte, dotada de todos os ingredientes para uma receita de sucesso.
Apesar de se tratar de uma reeleição, grande parte (mais do que metade) dos elementos integraram a equipa este ano, ou seja, são "estreias" na AAUM, como é o meu caso! Daí eu ter partilhado este espírito de grupo, união e sacrifício naquela noite vividos, que nos tornou, a todos, um só.

Seguir-se-à um ano longo de trabalho e dedicação. Mas creio que passará muito rápido. Seria bom sinal. Vamos a isto!

A todos os que votaram nesta lista, e também aos elementos da própria lista, um muito obrigado pela experiência que jamais esquecerei!

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Quem quiser criticar, critica...

Quer queiramos quer não, a verdade é que quem quer criticar, critica... sempre.

Isto não é novidade para ninguém, mas serve de nota de abertura para este artigo, a propósito do último congresso do PS.

Existe ainda muito "barulho" em torno daquilo que o congresso foi, principalmente pelo facto de o secretariado não incluir "Seguristas". Em relação a este facto, podemos ter diferentes leituras. a primeira que me salta a vista é o facto de haver uma divisão no partido, divisão essa que não é suposto, tanto tempo depois das primárias e principalmente, tendo em conta a esmagadora vitória.
Porém, nos órgãos mais importantes entre congressos, estão presentes ex-apoiantes de Seguro. O que responde, por si só, aos críticos da inclusão de todas as fracções nos órgãos. Porém, o secretaria ser todo da "confiança" do líder, não me parece ter todo o mal, uma vez que assim, na sua ação, esta direção conseguirá, à priori, levar a cabo as iniciativas que pretender, sem grande alvoroço mediático. Sim, porque o que se assiste muitas vezes, é pessoas que integram estas equipas de trabalhos aproveitam esse mesmo facto para terem outra legitimidade em tornar públicas e mediáticas as suas posições e intervenções. Mas isso daria outro artigo.

Contudo, se António Costa integrasse na equipa do secretariado nacional pessoas mais próximas do anterior líder, estaria aqui a elogiar também, ou pelo menos, não criticaria certamente. O que me faz alguma espécie é algumas pessoas criticarem apenas para estarem do contra. O ditado em que se é preso por ter e não ter cão, em Portugal, faz todo o sentido.

Ainda para mais, quem tem criticado veementemente o novo líder socialista, são os mesmo que o atacavam, em campanha, de ser muito próximo da direita. Ora assistimos ao inédito, em que os "seguristas", ou pelo menos aqueles que o apoiaram, estão agora a criticar a "esquerdização" do PS. Em que ficamos afinal?

Quanto a isso eu sou bastante sucinto e claro. Primeiro ponto, não acho que sejam as pessoas ou os partidos que regem uma coligação, mas sim o seu conteúdo. Segundo ponto, o PS não pode, nunca, entrar em coligação com nenhum dos partidos de Governo, uma vez que estes parecem querer levar a austeridade como fio condutor das políticas nos próximos anos. Terceiro ponto, e dando nota da minha alteração de ponto de vista, já referenciado aqui no PNP, o LIVRE parece ser o partido mais disponível e com melhores condições para uma coligação, uma vez que entra no espírito agregador e mobilizador em que o Partido Socialista se encontra.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O que se passa no PS?

Eu não sei que interesses poderão estar por trás de certos comportamentos, nem mesmo se eles existem, mas a verdade é que no PS, só nos últimos 2 dias, têm-se dado largos passos no sentido inverso ao da maioria absoluta pretendida e aclamada.

Tivemos Francisco Assis a dizer que, se o PS vencer as eleições, a coligação não deve ser nem ao centro nem a esquerda, mas sim a direita...
Ora, o PS tem, de forma categórica, distanciar-se desta política de austeridade e destas opções governativas com uma tónica de destruição do Estado Social.
Por isso, caso o PS vença as eleições, Francisco Assis não poderá, a meu ver, assumir qualquer cargo governativo que seja. Atenção que eu até aprecio o Francisco Assis, mas deixou muito a desejar com estas declarações. Parece até que está a fazer um favor a alguém, criando-se um caminho de auto destruição no Partido Socialista.

Depois tivemos José Lello a aliar-se a Couto dos Santos (PSD) para a reposição de subvenções vitalícias de ex-políticos que foi precisamente o PS de José Sócrates que, em 2005, os retirou. Não se consegue perceber como é que alguém, com dois dedos de testa, é capaz de reivindicar isto e agora... Depois de anos de austeridade como estes, depois de se retirar tanto a tantos, nomeadamente aos aposentados e reformados, vem um político, um deputado, eleito pelo povo, pedir para se reporem as subvenções? São atitudes como estas de criam a distância que existe entre eleitor e eleitorado. Sabem quando se verificam abstenções de 50 e muitos por cento? O motivo está aqui mesmo, neste tipo de atitudes.

Como se já não bastasse, tivemos hoje um episódio, hilariante, que remonta aliás aquele "digno" episódio em que Ricardo Rodrigues se lembrou de abandonar uma entrevista e levou consigo os gravadores, também este deputado do PS. O que aconteceu hoje foi que, numa sessão no plenário, em que Eduardo Cabrita, na qualidade de Presidente da audição ao Secretário de Estado Paulo Núncio, lhe retirou o microfone e não o deixava falar. E quando finalmente se decidiu a fazê-lo, retirou novamente a meio da intervenção. Para mim, um episódio destes deve ser classificado de vergonhoso.

Não sei, muito sinceramente, como é que o Partido Socialista pretende conquista uma maioria absoluta deputados a intervirem desta forma, mas uma coisa é certa, algo de errado se passa.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Um recandidato e um apelo ao voto

Como sabem, já fui protagonista de uma candidatura a liderança de uma organização. A candidatura à presidência de uma associação tem tanto de gratificante como de responsável.

Ainda não tinha partilhado aqui no PNP, mas este ano estou também incluído numa das duas listas candidatas à AAUM – Associação Académica da Universidade do Minho. Nomeadamente na Lista A, que tem como objetivo máximo a reeleição do atual Presidente Carlos Videira. Em caso de vitória, será o seu terceiro mandato à frente da referida associação.

Ao contrário do que aconteceu até aqui, os estudantes da Universidade do Minho têm uma tarefa facilitada, ou votam A ou B, literalmente. Pelo que, para se escolher um dos lados, é sempre necessário conhecer os dois.
Este artigo não será um apelo ao voto na Lista A, mas sim um apelo ao voto, ao voto informado, ao voto responsável. Irei nele também explicar porque me encontro inserido na lista candidata e também, aquela que é a minha leitura do panorama atual, uma vez que estamos a percorrer ainda a pré-campanha eleitoral.


Como sempre, quem está no poder, e neste caso, o candidato da lista A, é sempre um alvo facilitado para as criticas. Pois uma decisão, seja ela de grande envergadura e importância, ou uma decisão mais simples que seja, irá reunir, sempre, opositores e apoiantes. E este ano, pelo facto de já ter dois anos de desgaste político das suas decisões, estratégias e coordenação, Carlos Videira tinha tudo para ser um alvo demasiado fácil para a crítica. Mas acontece que a coragem de se candidatar a um terceiro mandato, revela que, mais do que pedir o escrutínio dos eleitores ao seu trabalho até agora desenvolvido, por via do voto e sempre com a possibilidade de perder, tem ainda um projeto para levar a cabo, que está, aliás, disponível para consulta de todos os interessados. Acredito que, seria bem mais confortável para o próprio a não recandidatura, pois se fosse apenas para colocar no CV esta experiencia, já o tinha garantido certamente.

Certamente, escreverei mais acerca destas eleições. E aí sim, assumidamente em papel de fazer campanha pela lista em que estou inserido. No entanto, fico-me por aqui, a apresentar o meu ponto de vista, o mais genérico que consigo, dadas as circunstancias. Em jeito de conclusão, apresentei aqui, e foi com este intuito que escrevi o artigo, a forma como encaro esta reeleição, tal qual como se não estivesse na lista candidata protagonizada pelo Carlos Videira. E apelo, uma vez mais, ao voto informado.

Ficam também aqui os meus desejos de uma campanha cheia de debates, trocas de ideias e partilha de projetos, ideias, criticas construtivas, reflexões e vontades, onde se deve procurar evitar trocas de acusações infundadas, a maledicência, a critica fácil e a demagogia habitual de duelos eleitorais. Veremos se todos os candidatos serão capazes de primar pelo exemplo.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Uma demissão, uma lição...

Já todos sabemos que, ontem por esta hora, o ministro Miguel Macedo se tinha demitido. Esta demissão é, um excelente exemplo de postura a ter na política. O ex-ministro deu uma verdadeira lição, não só aos seus ex-colegas de Governo, mas também aos jovens.

Como sabem, eu não opino sobre casos que estejam a correr por via judicial (ou seria suposto, mas estejam parados pelos atrasos do nosso sistema judicial), e por isso mesmo, não vou fazer comentários ao caso labirinto, que esteve na origem da demissão de Miguel Macedo.

Porém, um dos ministros que estava melhor cotado pelo trabalho até agora desempenhado, demitiu-se mesmo não tendo qualquer responsabilidade pessoal ou qualquer culpa no caso, mas como pessoas muito próximas de si, pessoal e profissionalmente, estão envolvidas, achou por bem, uma vez que tem a sua autoridade diminuída, retirar-se. Ou seja, uma demissão que resultou de uma excelente leitura política da situação.

Mas onde está, afinal, a grande lição de que falei no inicio?

Ora, está precisamente no facto de ter demonstrado um grande desprendimento ao poder. Apesar de não ter culpa, paga uma fatura por algo que não tem qualquer responsabilidade. E isto, é algo que deve ser mediaticamente enaltecido, até para ver se, de uma vez por todas, muitos dos vaidosos que se agarram ao poder, anos a fio, colocam a mão na consciência e saibam também eles ter os seus verdadeiros minutos de fama, ao apresentarem a demissão.

Miguel Macedo precisou de cerca de 3 minutos, e um texto lido, para se colocar num patamar de exemplo a seguir. Coisa que poucos políticos, ao longo dos últimos 40 anos, se podem orgulhar.
No entanto, se Nuno Crato, Paulo Portas ou Paula Teixeira da Cruz o fizessem hoje mesmo, não fariam mais do que a sua obrigação, mas também não teriam um décimo da dignidade com que Miguel Macedo o fez ontem. O agora ex-ministro, encontrou uma via muito digna de sair deste Governo, que está à deriva, e que tem apenas alguns raros casos de bons exemplos a seguir. E posso já dizer que, a meu ver, o ministro da Saúde Paulo Macedo, tem feito um trabalho bastante meritório no desenvolver das suas funções.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O muro ainda existe?

Ora como todos demos conta, ontem celebraram-se os 25 anos desde a queda do muro de Berlim.

Sem dúvida, um dos factos históricos mais emblemáticos de que há memória, sobretudo, pelo seu simbolismo.
Recordemos que, a queda do mesmo, significou a união da Alemanha, ou seja, esta deixou de estar separada e dividida em dois.
Promoveu-se então a igualdade entre as "duas Alemanhas" que até então existiam e abriram-se portas à liberdade.

Foi também bastante simbólico para a Alemanha, uma vez que foi a queda de um dos últimos grandes símbolos da Grande Guerra que a derrotou, e por isso, um marco na viragem para aquilo que é hoje, a grande potencia que é hoje aquele país. Independente dos meios, este está a ser o seu fim. Tem, como todos admitimos (quer pelo reconhecimento de que é verdade, mas também admitimos porque somos passivos nesta questão), a Europa nas suas mãos.

Contudo, e passados estes 25 anos, nos quais os últimos 5 da forma como podemos observar todos os dias, e mesmo vivenciar. Quero com isto dizer que, hoje em dia, estamos sob soberania alemã... sim, Portugal (e não só) tem vindo a perder soberania, em prol de um projeto europeu que é precisamente a Alemanha que lidera, põe e dispõe.

Com a atual crise, ficou também evidente que a Europa está separada em dois. Esta é constituída pelos países do norte e os do sul. Quem é que faz referência às diferenças para seu belo prazer? A Alemanha... E mais ainda, onde é que é a separação entre os meninos bonitos (norte) e os patinhos feios (sul)? Na Alemanha...

Ora, concluo deixando este ponto de vista para reflexão e também perguntando: Será que o muro passou de estar na vertical (a separar o ocidente do oriente) e passou a estar na horizontal (separando a Europa do norte e a do sul)?

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Orçamento malandro

Muito já se falou deste orçamento de Estado apresentado por esta coligação que sabe, ser o último que apresenta.

Aliás, o mesmo se baseia apenas e só nesse facto, aliado aos de o Primeiro-Ministro se estar a "lixar para as eleições". 
Ora, como Passos Coelho se está a lixar para as eleições, e como sabe que as vai, tudo indica, perder, não faz um último OE eleitoralista. Ora, isso é bom certo? Nem por isso. Este Governo consegue mostrar que o que os portugueses se queixam em relação a Governos anteriores, quando os mesmo apresentam orçamentos eleitoralistas, não era bem isto que queriam dizer. É que pelo facto de este PM se estar a lixar para as eleições, está-se também a lixar para os portugueses. Tal como diz hoje na sua crónica no negócios, Helena Garrido, este orçamento tira mais do que o que dá.

Esta fiscalidade verde, é muito bonita, se não for aplicada única e exclusivamente para cobrar mais receita... Eu não contesto os 10 cêntimos por saco plástico, nem o imposto sobre o álcool muito menos o do tabaco, agora, na gasolina... não concordo tanto, uma vez que irá subir o preço da distribuição e recairá no consumidor, claro.

E por falar em consumidor, como é que o Governo consegue não fazer nenhuma mudança estrutural na nossa economia, sem um crescimento do PIB significativo, e ainda assim, com apenas as migalhas que tem dado, subir o consumo interno e baixar a importação. Curioso não é? Pois bem, a explicação está em si mesma, nas contas, bastante optimistas deste Governo.

Para finalizar, este orçamento não tem em conta o que se passa lá fora, muito menos nos nossos mercados de exportação, pelo que, obviamente, levará a dois ou três orçamentos rectificativos e também indexa a baixa da carga fiscal em 2016 consoante as contas de 2015. Ora, num documento como o orçamento do Estado, em que é suposto prever apenas um ano de exercício, e não condicionar futuros orçamentos, temos um Governo que está a limitar nas acções o próximo executivo. Não me parece ético...

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

PS e Seleção no mesmo barco

O Partido Socialista e a selecção nacional andam, por esta altura, no mesmo barco. Estavam ambos óptimos para virem até Braga, depois do cenário que se verificou ontem...

Adiante.

Parece-me óbvio o motivo pelo qual o PS e a selecção estão, por ora, no mesmo barco. Estão as duas organizações em reconciliação com os próprios elementos que as compões. O PS porque vem de uma disputa eleitoral interna muito intensa, mas muito gratificante, e a selecção que trocou o seu seleccionador e é uma força mobilizadora para com todos os jogadores nacionais.

Na selecção, Fernando Santos tinha de fazer uma convocatória como a que fez, independentemente dos resultados que se obtenham. Tinha de ir buscar jogadores aos 3 grandes, tinha de dar oportunidades aos jogadores mais novos e assim começar a renovar o leque de escolhas, e precisava também de ir buscar os jogadores que entretanto tinham dito "não" ao anterior ou anteriores seleccionadores.
Assim, demonstra ter capacidade de agregação de vontades e predisposições para alinhar com as cores de Portugal.
Esta é, aliás, a maior diferenciação que qualquer organização pode ter sobre as demais, principalmente sobre os principais concorrentes.

Percebendo perfeitamente ler estes sinais do tempo, temos António Costa que soube esperar pelo seu momento e lançar-se à liderança do Partido Socialista que vinha tendo uma morte silenciosa, que começou no 2 mandato do anterior Primeiro-Ministro.
O resultado das europeias demonstrou-se factual para que o autarca de Lisboa mostrasse a sua vontade de dirigir o partido e o país. Soube ler e analisar a situação. Foi premiado com 70% dos votos de uma eleição histórica e inédita na política portuguesa.
Para além de saber utilizar a força da agregação, que se está a impor à força do voto, devido aos próprios eleitores, Costa deu já sinais de abertura à esquerda do PS, nomeadamente ao LIVRE e também a movimentos de pessoas que querem fazer algo de útil pela sociedade. Tem também agendada para amanhã uma audição com o Sr. Presidente da República. Demonstrando assim a sua forte convicção e abertura de se expor e ouvir os outros. 

Sejam qual forem os resultados amanhã (jogo com a França e reunião com Cavaco Silva), Fernando Santos e António Costa estão ambos a saberem ler os sinais do tempo. Colherão certamente, os frutos que esperam colher.

domingo, 5 de outubro de 2014

3 notas deste domingo... recheado.

Não vou neste artigo, escrever sobre as eleições no Brasil.
Mas este, é um domingo preenchido! E agradável, para já.
5 de Outubro com bandeira hasteada correctamente, António Costa com um bom discurso, Cavaco Silva não se sentiu mal como no 10 de Junho, depois António Costa ainda faz um discurso muito bom no congresso do Livre à mesma hora em que sabíamos que Marinho e Pinto irá fazer um Strip Tease dos seus rendimentos como Eurodeputado.

Posso ainda relembrar que também hoje, Hamilton venceu o GP do Japão, o Manchester United venceu com dois golos, um de Di Maria e outro de Falcão, o Chelsea de José Mourinho também levou a melhor frente ao Arsenal num derby londrino. Ainda o Real Madrid ganhou hoje e para terminar o dia, a esta hora, o FC Porto está a 10 minutos de terminar o jogo frente ao Braga, e vai vencendo por 2-1. 

Um domingo em cheio portanto.

Mas como sabem, o PNP não é para mim, um diário que as adolescentes escrevem. É mais usual partilhar opiniões sobre o que se passa na vida política, e esse é o objectivo deste artigo também.

3 notas que não gostaria de deixar passar.

O primeiro, que enquanto ouvia Cavaco Silva falar, pensei, mas então, o actual Presidente da República não foi Primeiro-Ministro durante 10? Posteriormente, esteve quase outros tantos na sombra, a deixar que as suas medidas das duas maiorias absolutas que conquistou, fizessem efeito e em 2006 é eleito Presidente da República? Será que estamos a falar da mesma pessoa? É que não parecia. A forma como este criticou as instituições, sendo que ele próprio, enquanto figura de Estado, é uma das instituições, e das mais importantes, leva a crer que não faz nada para melhorar a situação. E a verdade é que não faz mesmo!
Como dizia ontem o fundador do PDR, e ex-bastonário da Ordem dos Advogados, se fosse com o anterior Governo, o que já não teria feito... mas adiante.

Por falar no ex-bastonário, hoje em Coimbra, deu-se a fundação do Partido Democrático Republicano. Pessoalmente, tenho algum receio do que pode acontecer com estes tipos de partidos populistas, qua agora começam a surgir e dividem o voto. O meu medo não é que o PS deixe de ser hipótese para governar, como aconteceu com o PASOK na Grécia! O meu medo é que comecemos a ser governados por pessoas que são populistas por determinados momentos ou por determinadas políticas, acabando por chegar ao poder, sem qualquer preparação para tal. Quanto ao PS governar ou não, depende apenas de si, ser ou não alternativa. Marinho e Pinto que levou o MPT às costas, cria agora um partido que promete vir a criar sensação. Ora não fosse a cara do mesmo, quem é.
Para confirmar aquilo que acabei de dizer, Marinho e Pinto pegou na expressão de Passos Coelho sobre revelar ou não as suas contas bancárias, para impressionar o eleitora. Mas espero que as pessoas percebam o que está por trás dessa atitude, e saibam que é populismo, puro e duro.

Por fim, tivemos um António Costa com 2 bons discursos hoje. Primeiro como autarca e anfitrião das celebrações do 5 de Outubro, onde basicamente, afirmou que quer ver em Portugal, aquilo que o próprio levou a cabo em Lisboa. Daí que prometeu repor os feriados de 5 de Outubro e o 1º de Dezembro. À tarde, tivemos já o mobilizador de Portugal, no congresso do Livre, onde afirmou que não se deve andar às turras dentro da esquerda, mas sim criar condições de agregação e compromissos de alianças e apoios. Com esta abertura de Costa, e caso Rui Tavares aceite a disponibilidade, o Bloco pode, perfeitamente, ficar atrás do Livre nas legislativas do próximo ano. A salvação do BE pode mesmo ser Pedro Filipe Soares, caso este tenha uma moção diferente do que o PCP defende e venha a vencer. Caso isso aconteça, prevejo com alguma facilidade uma aliança pós-eleitoral, entre PS, Livre e Bloco. 

sábado, 4 de outubro de 2014

Certidão de óbito?

Dá a ideia de que o Bloco de Esquerda, pela moção de Catarina Martins e João Semedo, acabaram por assinar uma certidão de óbito.

Ora, depois do que Portugal viveu nos últimos anos, especialmente os últimos 5, dá ideia de que o BE não aprendeu nada, e cada vez mais quer perder peso político. Todas as suas rejeições, especialmente com a Europa.

Que o Bloco esteja contra a austeridade, é certo e sabido, e aliás, partilhado por muitos, inclusive por mim. Mas eu não sou a favor da saída da União Europeia ou do Euro sequer. O que mais surpreende, é que após o anterior líder do partido, que o era na altura das negociações com a troika, ter afirmado estar arrependido de não se ter envolvido nestas negociações, e depois de o Bloco ter perdido dirigentes como Ana Drago ou Rui Tavares, por descontentamento pelas posições adoptadas, continuam numa linha de radicalização. O Bloco é, portanto, um partido comunista disfarçado. Digo disfarçado porque, se o assumissem, fariam um acordo com o PCP, ou deixariam de ser partido para se filiarem neste partido. De ora avante, caso seja esta a moção vencedora de entre 5 que vão a congresso, já sabemos com o que contamos, um bloco indisponível para tudo, excepto para coligar e alinhar com o PCP. E não está errado, mas estão a prejudicar a esquerda, uma vez que contamos actualmente com dois partidos, BE e PCP, a defenderem e agirem de forma exactamente igual. E isso só beneficia a direita, e não melhora, em nada, a possibilidade da esquerda Governar.

Porém, ao mesmo tempo, tínhamos o populista Marinho e Pinto a falar na TVI 24 e a falar da fundação do Partido que é fundador. À pergunta: com que partido não se coligará, o mesmo responde: o CDS. 

Esta, deveria ter sido a postura dos actuais dirigentes do Bloco. Admito que excluíssem também o PSD. Mas não seria de esperar, esta radicalização total, que é própria do PCP! 

Aguardo, com expectativa, o que defenderá Pedro Filipe Soares.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

PS desorientado? De longe...

Neste momento, o PS não tem secretário-geral nem líder parlamentar, ou seja, estou interessado para ver como vai ser o debate para o Orçamento de Estado 2015.
Mas tem um candidato a Primeiro-Ministro, e que candidato, diga-se.

Eu sei que entretanto serão marcadas as directas assim como o congresso,
Sei também que já esta semana começará a discussão para saber que irá liderar a bancada socialista na AR, no entanto, é previsível que a sua posição não seja muito boa para uma grande oposição, mas este é o primeiro grande desafio de Costa como, finalmente, figura central do Partido Socialista.

O ainda Presidente da Câmara de Lisboa é conhecido por ser um homem de consensos, e é disso que o PS e a esquerda, mas principalmente o país precisam.

Não me vou alongar muito em dizer aquilo que se está farto de ver escrito por aí. 
No entanto, a oportunidade é demasiado boa para não felicitar António Costa, que admiro assim como muitos dos seus apoiantes. Ontem, o PS venceu estrondosamente, o que se espera que se traduza numa derrota da direita.
Mais, felicito o PS pela grande capacidade de mobilização que demonstrou.

É tempo de construir, unir e apresentar algo em que os portugueses se revejam. Estou certo da capacidade de António Costa para tal, mas não basta ter capacidade, é preciso por em prática.

Ontem começou algo de muito bom para o nosso país.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Haverá mudança ou não?

No próximo domingo realizar-se-ão eleições primárias no PS para escolher o candidato a Primeiro-Ministro por parte deste partido. Os dois candidatos, como todos sabem, é António José Seguro, que é o actual líder e já o é desde 2011, e o actual Presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, que após a vitória escassa do PS nas europeias se disponibilizou para ser líder do PS.

Até aqui, já todos estamos fartos de saber.

Acontece que Seguro prometeu que se não ganhar, se demite imediatamente. O que torna esta eleição não no candidato, mas sim no líder do partido.
E outro aspecto interessante, é que já antes desta disputa interna, o slogan do líder do PS era "Mudança". Não tem mal nenhum. Mas não deixa de ser engraçado que tenha mantido o mesmo slogan para estas eleições, uma vez que para haver mudança no partido, o próprio terá de sair para entrar... Costa.

Olho para esta campanha com alguma tristeza. Desculpem, minto. Muita tristeza. Houveram grandes ataques pessoais, e não grandes tomadas de posição. Minto outra vez. Seguro é que fez ambos. Ora fez ataques serrados ao autarca e também tomou posições como prometer que se demite de PM (legislativas só em 2015 e se for ele o candidato do PS e se vencer nacionalmente) caso encontre um país com a necessidade de aumentar os impostos. Dadas as últimas legislaturas, é sem dúvida, uma promessa ousada.
Atenção que não pretendo com este artigo fazer oposição a AJS, apesar de todos saberem que apoio Costa. Até porque, me surpreendeu, não apenas todas as histórias e biografias sobre o próprio me revelaram uma pessoa que construiu uma vida inteira em torno da política, sem ter nascido num "berço d'ouro", mas também porque, a meu ver, conseguiu sair melhor do que António Costa no primeiro debate e teve uma postura muito mais agressiva que até então, o que sugere, por si só, que caso vença domingo, conseguirá fazer uma oposição melhor em 2015 para vencer. Mas não passa disso, um debate em que sai melhor, e de um político toda a vida.

Já António Costa tem provas dadas, e boas, sim, porque é importante que não sejam provas fracas.

Dir-me-ão, mas Pedro, as diferenças entre ambos, em concreto, não são substanciais. Pois não, já por isso é que ambos fazem parte do PS, e ambos deverão, à priori, ter o mesmo ponto de vista acerca dos pontos fulcrais da nossa sociedade. Mas para se ser líder, é preciso ser-se líder. Logo, o que está em jogo, é mais de carácter pessoal. Obviamente. E nisso, penso que António Costa não deixa margem para dúvidas.

Mas não me vou alongar muito e... mais que a vitória de Costa, espero que todos vão votar para ser um processo eleitoral de sucesso e também que no dia seguinte, o partido não esteja partido.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Lições da Escócia

Hoje foi dia de referendo na Escócia pela independência do território. Pelos vistos, tudo continuará como está, unido.

Eu não vou comentar se o sim ou o não deveria ter ganho, não vou expor os argumentos de parte a parte, por diversas razões, entre outras, não sou escocês nem nunca lá fui. Acho até que existem exemplos bem válidos de parte a parte.

Mas existe uma grande lição a retirar do dia de hoje!
Em primeiro, uma campanha exemplar, mesmo quando os argumentos acabaram e se recorreu ao desespero, pelo menos aqui a Portugal, não se ouviram ataques pessoais. E deslealdade era por exemplo um ataque que não surpreenderia.
Outro ponto a salientar, é que ao que parece, a afluência às urnas foi bastante expressiva, o que nos ensina a cumprirmos os nossos deveres. É, acima de tudo, um acto cívico, é a nossa comunidade, o nosso futuro. A nossa decisão.
Ainda de notar que, segundo as sondagens até agora disponíveis, o "não" venceu com 53%! Eu vou repetir, 53%! Qual não será a excitação de um escocês em saber o futuro do seu país? Conseguiria dormir? Eu não...
Para além de toda a emoção do último voto decidir a vitória, mostra-nos que, o voto é, realmente, importante. Quando se diz: o seu voto faz a diferença. temos o dia de hoje como exemplo a dar de que por um voto se pode vencer, ou pObrigado Escócia por esta lição. Não a esquecerei.erder.

Segundo alguns relatos, independentemente do resultado, a praça de Glasgow está cheia, sem nenhum apelo ao "não", mesmo com as sondagens a favorecerem.
A isto se chama civismo. A isto se chama, respeito. A democracia em pleno nas suas funções.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Cada vez mais elite

A Assembleia da Republica está a ficar cada vez mais elitista, e a proposta de António José Seguro vai ao encontro disso mesmo.

Ora, a AR é, supostamente, a casa do debate, a casa do povo. Os deputados não passam, em democracia, de meros representantes do povo, dos eleitores, e não detentores destes.
Por isto mesmo, eu digo desde já, que como democrata republicano que me considero, gostaria que a AR fosse composta por perto de 10 milhões de pessoas, isto é, todos os eleitores.
(como é óbvio, é impossível, mas deverão ter percebido a intenção)

O líder do PS propõe uma redução de deputados, o que irá, certamente, beneficiar os maiores partidos. Portanto, se beneficia os maiores partidos, aqueles que têm mais votos (PS e PSD), prejudica os mais pequenos (PCP, BE e PEV). Porque? Simples, porque pelo método d' Hondt, poderás perder lugares, e quando falamos em perder lugares, em partidos que contam com 3, 4 ou 7 lugares, a situação complica-se.
No entanto, a direita sai ainda reforçada por outro ponto de vista, é que a direita conta apenas com PSD e CDS, que se coligam com uma certa regularidade, portanto, mais uma vez, a esquerda fragmentada sai desfavorecida.

Feitas as contas, cada vez mais são os grandes partidos a saírem reforçados e, com menos deputados, temos menos representantes a defender os nossos interesses, logo, torna-se numa elite do poder.

Era óbvio que Passos ia aplaudir não era Seguro?

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Guterres a unir, esquerda e PS

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/81/Ant%C3%B3nio_Guterres.jpg

Parece haver um consenso em torno de uma candidatura de Guterres a Belém, o que é revelador de algumas mudanças dentro do próprio PS.

Vou tentar elogiar, uma vez mais, a iniciativa de António Costa à liderança do partido, mas é certo que esta disponibilidade trouxe benefícios. Podemos ver a forma como no próximo dia 28 de Setembro se irá eleger o candidato socialista a Primeiro-Ministro. É algo inovador na política (não em proposta mas em acção) e que muito provavelmente, será aplicado pelos restantes partidos também.

Porém, evitar-se-à desde já, o episódio ocorrido nas europeias quanto ao candidato e à sua escolha. Como todos nos recordamos, até que Assis fosse oficialmente anunciado, levou o seu tempo. E também ainda não saiu das nossas memórias, creio, o triste convite em cima do joelho de Seguro para que Soares fizesse campanha no Chiado.
Toda esta pré-campanha e mobilização em torno de um outro António (depois de Seguro e Costa, Guterres é o terceiro), revela que já existe uma maior organização no Largo do Rato.

Mas existem ainda outras vantagens. O PS, e não interessa trazer para aqui novamente por "mão" de quem, foi capaz de apresentar um candidato que parece agradar a toda a esquerda. Nomeadamente, ao recente LIVRE (que me vai "obrigar" a escrever uma nova análise por me surpreender).

Por outro lado, este candidato apresenta alguns telhados de vidro, como por exemplo a postura na questão do aborto no referendo de 98 e também a sua proximidade ideológica à democracia-cristã.
O que pode até ser bom porque vai buscar votos à direita, visto que existem votantes do PSD e do CDS que preferem Guterres a Marcelo ou Rio.

Para terminar, apenas posso desejar que o PS se mantenha "fiel" a este candidato, independentemente do que se passar dia 28 de Setembro. É importante que se mantenha uma imagem credível e em que os portugueses podem contar.
A mim, Guterres é um candidato que me agrada. Mas estou curioso para saber o que vai dizer nos debates.

sábado, 2 de agosto de 2014

Carlos foi a moeda.

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Já todos devem saber, mas Carlos Moedas foi o escolhido de Passos Coelho para Comissário Europeu.
O que revela algumas coisas bastante interessantes, algumas até, depois de uma breve pesquisa na nossa imprensa, não dei conta de já estar escrito.

Mas comecemos pela escolha.
Juncker, o novo Presidente da Comissão Europeia, pediu que Portugal, ao contrário do habitual, escolhesse uma mulher. Passos Coelho tinha em cima da mesa, a Ministra das Finanças e Maria João Rodrigues (PS). Esta última, seria a escolha mais natural, pois pertence ao partido que venceu as europeias, tem confiança com Juncker e tem experiência europeia... Mas adiante.
1. Logo, já percebemos que Passos Coelho tem dificuldade em identificar aquilo que é uma mulher.

2. Passos Coelho parece também não ter percebido aquilo que são resultados eleitorais. Penso que não haverá grande dificuldade em perceber que se foi o PS a vencer as europeias, o comissário deveria também ser do PS, ou no mínimo, este ser chamado à decisão de escolher.

3. Mas a culpa, a meu ver, não recai apenas e só no nosso Primeiro-Ministro. António José Seguro, mais do que nunca, tem uma posição muito fragilizada, ao ponto de, já nem os louros da vitória nas europeias pode usar contra Costa. Senão vai dizer o que? Os portugueses votaram no partido que eu lidero, mas mesmo assim, nem tive a capacidade de me sentar a mesa com quem escolhe o comissário! Não me parece boa estratégia, muito sinceramente.

4. Outra conclusão a que podemos chegar, muito facilmente, é que no que depende da escolha de Portugal, a austeridade na Europa é para continuar. Ora se envia Carlos Moedas, que teve lado-a-lado com a troika desde a negociação até ao fim (e que ficou agora sem funções específicas), tendo até elogiado as políticas que nos puseram assim diversas vezes, só podemos retirar que a sua ida para Bruxelas é um incentivo à austeridade.

5. Mas não posso deixar de agradecer ao nosso Primeiro-Ministro, sim, porque nem tudo é mau... Desde que chegou e formou Governo, e depois de algumas políticas desenvolvidas, conseguiu afastar de Portugal e dos portugueses Álvaro do Santos Pereira, de quem os portugueses nem se lembram já, Vítor Gaspar, que aplicou um enorme aumento de impostos, e de quem os portugueses não têm muitas saudades, e agora Carlos Moedas, que foi um dos mentores e defensores deste programa, tal como foi imposto. Por isto, muito obrigado caro Pedro.

6. Por outro lado, e já que estou a elogiar Passos Coelho, aproveito para dizer que pode ser bom Carlos Moedas ir para Bruxelas, pelo facto de poder vir a ser também o rosto da renegociação, uma vez que a Europa precisa de mudar de políticas e este pode ser um elemento fundamental para o fazer.

Depois de tudo isto, e resumindo, Juncker pediu uma mulher e em troca dava uma pasta relevante ou um vice-presidência, Carlos foi a moeda.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Conselhos de Estado são como as cimeiras europeias?

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Na última semana o Presidente da República reuniu o Conselho de Estado para se aconselhar acerca do período pós-troika. Um dos pontos abordados foi o Qren 14-20.

Ora, mas neste período, não será Cavaco Silva o PR! Será apenas durante escassos 2 anos. E os fundos europeus devem, no nosso regime, ser assunto abordado/preocupação do chefe de Estado?
Da reunião saiu um comunicado em que se aconselha a ter atenção ao crescimento e ao emprego. Genial, diga-se.

Estamos então, perante uma antecipação do Primeiro-Ministro. Na véspera do Conselho de Estado, Passos Coelho disse exactamente o mesmo.
Resumindo e concluindo, este foi uma reunião que de pouco serviu. Não vos faz lembrar nada?

Assim de repente, recordo-me do ano de 2011 e 2012, em que a correria a Bruxelas dos representantes de cada Estado-Membro era constante. As cimeiras europeias, eram por esta altura, quinzenais (chegaram mesmo a ser semanais). E qual foi o sumo disso? Uma União Europeia quase inválida perante uma crise que roubou o emprego a milhões de europeus. Também serviu para que Durão Barroso fizesse o mais difícil, que era estão no olho do furacão da crise e mesmo assim, esta lhe passar ao lado!

Para finalizar, e já que falo de questões europeias. O sucessor do português é Juncker. Diz-se que o luxemburguês é amigo de Portugal. Mas isso não que dizer que seja amigo dos portugueses, segundo Passos Coelho. É que se olharmos ao que o nosso PM defende, é muito fácil ser-se amigo de Portugal (que está melhor) e não tanto dos portugueses (que estão piores).

Ainda assim, tenho alguma esperança que o novo Presidente da Comissão Europeia seja amigo dos portugueses, isto porque ao que parece, é oriundo de famílias humildes, onde a infância não foi assim tão fácil e porque foi Primeiro-Ministro do Luxemburgo muitos anos, país que acolhe uma das maiores comunidades de portugueses no estrangeiro... Veremos o que nos espera!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Um ano não é assim tão pouco...




O dia de hoje é a prova de que na politica, um ano pode ser uma eternidade!
Quem não se lembra da demissão irrevogável de Paulo Portas? Pois e, faz hoje 1 ano.


Neste dia em 2013, estávamos perante uma crise interna, mas no Governo. Por esta altura, já se faziam contas no PS para saber quem ia ocupar que pasta. Cavaco chegou a propor Governo de salvação nacional e teríamos agora eleições antecipadas. Creio que se Antonio Jose Seguro soubesse o que sabe hoje, teria aceite.

Segundo o jornal i de hoje, Hélder Amaral defende que os portugueses deviam agradecer a Paulo Portas. Eu não sei se foi uma piada ou não, mas deu-me vontade de rir! Então os portugueses continuam a ser despedidos, os orçamentos de estado continuam a ser inconstitucionais, cada vez temos menos Estado social,e ainda devemos um obrigado? Hilariante...

Um ano depois, a coligação parece estar decidida a ir até ao fim, e ainda bem para o PS, mas o maior partido da oposição está, por via das decisões da actual direcção, a mostrar o porquê de muitos acharem que a política e apenas maquinas partidárias. Tenho pena, acho que ninguém fica a ganhar nada com o adiar, a não ser o próprio Seguro, que se ganhar as eleições internas (e prefiro não pensar como), usará esta situação como halibi para uma possível derrota nas legislativas.

Seja como for, o dia de hoje demonstra bem aquilo que um ano significa, o que para nós, portugueses comuns, se torna numa esperança. Esperança que o bom senso desça ao parlamento e crie um futuro melhor.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Impostos e eleições, um novo ponto de vista.



Todos estamos à espera que aconteça, mas o ministro da economia afirma que não seria aceitável que acontecesse. Falo de mais um aumento de impostos, claro está...

Depois de o TC ter chumbado o último Orçamento de Estado, o PM reagiu dizendo que seria porventura, necessário um aumento de impostos para fazer face ao rombo que esta decisão causaria. Pois bem, o ministro da economia diz que não seria aceitável esse aumento de impostos.

Se bem me lembro, o Governo estava a criar uma almofada, que seria de 900 Milhões de euros, e a impossibilidade, decretada pelo TC desses cortes, levaria a um aumento da despesa num valor próximo aos 900 M€ . Ou seja, a partir daqui, poderia-se aumentar impostos, ou cortar noutras áreas.

Mas os portugueses poderão beneficiar se um aspecto que se pode tornar relevante. Que é as eleições legislativas! Não passa pela cabeça de ninguém que este Governo baixe os impostos, mas pode não vir a aumentá-los. Isto não porque seja "amigo" do contribuinte, mas sim porque precisa de saber se o CDS vai a eleições em coligação ou não com o PSD. E uma vez que o CDS tem-se mostrado contra ao sucessivo aumento de impostos, o contribuinte comum pode beneficiar de mais uma jogatana política em prol de alguns votos.

Comemora-se por estes dias o primeiro aniversário da palavra irrevogável no nosso quotidiano, e também a demissão de Paulo Portas, que o tornou vice-Primeiro-Ministro. O CDS ou os portugueses ganharam algo? Não creio, pelo menos não é isso que as pessoas sentem!

Porém, e com "sede" de chegar ao fim a primeira coligação em democracia, e tentando aproveitar este impasse do PS, indo buscar votos, a direita quererá, certamente, ir às urnas juntas, o que pode causar uma posição marcante do CDS em não permitir um aumento de impostos. Aliás, se for verdade que o líder do CDS pretende deixar de o Governo e isso abrir caminho a Pires de Lima, que terá de voltar atrás em relação ao que disse à uns meses numa entrevista, em que antevia a sua saída da política por achar que não era a sua área, os portugueses poderão ganhar qualquer coisinha com isso. Veremos afinal, que peso tem o CDS neste Governo.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Erradicar o PSD



No sistema político que vivemos, nao há espaço para o PSD. E a razão e muito simples.

Ao longo dos últimos anos, tenho aqui no PNP divulgado a minha opinião em relação à (não) compatibilidade deste partido com a constituição, que é apenas e só as regras pelas quais qualquer governo deve actuar, melhor, o documento que protege os cidadão perante qualquer intenção menos legitima de um governo. E para fazer cumprir a constituição, existe (supostamente) um Presidente da República e para punir quem não cumpre, um Tribunal Constitucional.

Dado isto, e tendo em conta o que Manuela Ferreira Leite propôs de interromper a democracia por 6 meses, de este Governo ter feito apenas 3 Orçamentos de Estado e todos terem inconstitucionalidades, de perante a aprovação em Assembleia da República destes 3 OE's o PR ser do PSD também, e não fazer cumprir a constituição, e por último, depois de hoje, uma estrutura do PSD (madeira) ter proposto a extinção do Tribunal Constitucional, eu proponho erradicar-se este partido. Penso que são motivos mais que suficientes para se ver que o PSD não sabe, não quer e não pretende viver e conviver com a democracia e a constituição que a ela está subjacente.

Daqui a pouco, vivemos o ridículo, tal como no Parlamento Europeu, estar a ser dominados por quem é anti-regime...


quinta-feira, 19 de junho de 2014

A APP surgiu





Em poucas horas, a página ontem no facebook criada obteve mais de 100 gostos.
A todos um muito obrigado, está a ser um excelente início!

Mas como eu tinha prometido ontem, surpresas surgirão sobre o PNP, e a primeira é lançada hoje, Inevitavelmente, utilizamos e tiramos partido das tecnologias ao nosso dispor, o que torna o PNP a ser o primeiro blog a ter aplicação móvel.
Podes descarregá-la para o teu android aqui.
Esta App foi desenvolvida pelo developer João Justo. Parabéns pelo trabalho realizado.

Esta aplicação surge precisamente para ter mais flexibilidade no acesso aos artigos do blog.
Enquanto leitor assíduo do PNP, podes agora de uma forma mais cómoda, fácil e interactiva, ter acesso a tudo o que é escrito!

Experimenta, vais gostar.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Crescer



O PNP tem, ao longo dos últimos meses, vindo a crescer nas suas visualizações, seguidores, número de artigos escritos... e principalmente, o número e diversidade de pessoas que me abordam por causa dos artigos que escrevo tem vindo também  crescer, o que é sinal claro, da maturidade que o PNP está a atingir.

Nesse sentido, de acompanhar esse crescimento que está a acontecer, o PNP tem vindo a sofrer algumas alterações de estética, como podem verificar. 

Mas não é apenas no blog que temos vindo a introduzir alterações. Hoje mesmo, foi criada a página de facebook do PNP. A qual peço desde já, que a sigam para serem actualizados dos artigos com maior proximidade.

Mas o verdadeiro objectivo da página criada, é a criação de uma interactividade diferente com leitor. Todos nós dedicamos muito tempo ao facebook, muitos de nós têm acesso a notícias em tempo real através do facebook, por isso, a criação desta página faz todo o sentido na perspectiva de proximidade com o leitor. Para além de que, sem ter de sair do vosso feed, receberam notícias do PNP.

Uma outra questão que gostaria aqui de abordar, é o surgimento de algumas surpresas para os seguidores do PNP. Sim, surpresas, e não me refiro a artigos apenas. Dentro de uma semana terão até, uma grande surpresa, que tem vindo a ser preparada já a algum tempo, e que temos vindo a trabalhar para ir ao encontro da expectativa daqueles que habitualmente, lêem o blog.

Poderão alguns estranhar o facto de escrever no plural, mas a verdade é que todas as alterações que têm ocorrido no PNP, que esteja a falar do blog, como a criação da página do facebook, entre outras ferramentas (nomeadamente uma das surpresas), se deve a dois amigos meus que têm impulsionado todas estas alterações. São eles o João Justo e o João Andrade. Desde já, o meu muito obrigado pela dedicação e empenho demonstrado.

Não queria terminar sem deixar uma palavra de agradecimento também aos leitores do PNP. Pois por vocês existirem, de uma forma tão assídua, é que proporcionam o motivo de todo o trabalho.
Espero que gostem das novidades que irão surgir de hoje em diante e... desfrutem.

terça-feira, 17 de junho de 2014

A oligarquia montada.



Tenho muita pena de ter chegado a esta conclusão, mas o PS está a dar uma prova claro, do porquê dos partidos terem de mudar.

O mais engraçado, sem ter piada nenhuma, é que não foi assim à tanto tempo que o Partido Socialista se blindou, estatutariamente, da forma como está.
Esta disponibilidade de António Costa está-se a revelar revolucionária na forma como os partidos estão organizados. Nomeadamente, e é aqui que me entristece, o partido da vanguarda da democracia, a quem muito Portugal lhe deve pela forma livre como vivemos hoje, se está a revelar uma oligarquia perfeita.
A propósito, o artigo hoje publicado no jornal i, de Jorge Lacão, a meu ver, está perfeito e bastante explicativo.

Isto trocado por linguagem mais legível, podemos ver que António José Seguro está agarrado à cadeira do poder, e que de lá não sairá assim tão facilmente. Primeiro ponto, e que já dei conta num outro artigo, é que a legitimidade do mesmo, perante a contestação, é nula. Mais, uma pessoa que recorre à secretaria para justificar e argumentar a sua continuação na liderança do partido, não merece ser Primeiro-Ministro.
Seria bonito, e benéfico para o PS, mas principalmente para o país, Seguro convocar, sem medo, eleições, nem que fosse por via da sua demissão.
Porque é que o país ganhava? Porque o Governo teria oposição. Neste momento, o maior partido da oposição anda a discutir estatutos, e não políticas públicas. A decisão do Tribunal Constitucional, o vergonhoso pedido de esclarecimentos e o pior ainda, as declarações de Passos Coelho acerca dos juízes do TC passaram despercebidos. E é vergonhoso.

Uma vez mais, Seguro mostra que não está em condições de liderar o PS, até porque, caso argumente, em momento algum que está no pleno exercício das suas funções, torna-se automaticamente numa mentira.

A ideia que a direcção do partido com o qual me identifico está a demonstrar, que tudo aquilo que é dito nos cafés, acerca do sistema partidário português, afinal, não é tão descabido como acreditava que era. A ideia de que são apenas uns quantos a mandar, que quem lá está, de lá não sai e de que quem quiser, lá não chega por causa de haver uma máquina montada, viciada, tem-se mostrado verídica.
E eu, não me identifico com estas ideias, caro António José Seguro...

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Todos os caminhos vão dar à derrota... de Seguro



Quero começar por dizer que, depois de se bater com António Costa, dentro do PS, e o vencer, e ainda for a legislativas em 2015 e vencer e ser, como tem referido várias vezes, Primeiro-Ministro, serei o primeiro a tirar o chapéu a António José Seguro. Sem contestação alguma.

Agora, esse título para o actual líder do Partido Socialista, parece cada vez mais distante, por vários motivos!
Uma sondagem publicada hoje (mas anunciada no Sábado) no jornal i, dá conta de que mais de 60% dos eleitores preferem Costa a frente do partido, e este tem dado provas de ser competente ao ponto de cerca de um terço dos inquiridos dizer que o actual Presidente da Câmara de Lisboa não se deveria demitir do cargo mesmo assumindo a liderança do partido.
Isto quer apenas e só dizer que, Costa é cada vez mais favorito a liderar. Até porque, Seguro tinha prometido aos Presidentes das distritais que não iriam a eleições, o que pode não acontecer visto que será um dos pontos da ordem de trabalhos para a comissão política que se vai realizar em Ermesinde. Isto claro, paga-se caro na política, e Seguro, à custa desse preço, está a ver federações fugirem para o apoio a Costa. De notar que se metade das federações distritais solicitarem congresso, este realizar-se-à.

Mas não é só por causa da luta interna dentro do maior partido de oposição que Seguro pode ver o cargo que ambiciona cada vez mais distante. É que o actual circo montado em torno da decisão do Tribunal Constitucional, pelo actual Governo, pode ser estratégia para que o Presidente da República dissolva o parlamento. E aqui, até teria o apoio do PCP (que está em franca expansão e pode ir buscar votos ao PS) e o apoio de Seguro, mas não do PS. Sim, para Seguro, era o melhor que lhe poderia acontecer e o mais perto de PM que poderia chegar. Sendo que a vitória seria uma miragem, mas seria pelo menos, uma forma de o actual líder socialista ir a eleições. Acontece que era o melhor que poderia acontecer ao PSD e CDS, uma vez que a acontecer agora eleições antecipadas, iria muito provavelmente conseguir tirar proveito da situação socialista ao ponto de vencer, creio. E assim, revalidar a sua destruição do país por mais 4 anos.

E agora a pergunta que se coloca é a seguinte: Tudo isto é culpa de Costa? 
Não, claro que não. Se o PS tivesse tido uma vitória categórica, nada disto estaria a acontecer no largo do rato. Se Seguro percebesse que não está a agir em conformidade com o que seria de esperar deste partido, teria-se demitido, e não estar a atrasar todo o processo. Este atraso que o homem de Penamacor está a impor, pode fazer com que o cenário acima descrito de eleições antecipadas ocorra durante o verão. E aí, não será o actual líder do partido socialista quem mais vai sofrer, somos todos nós.

Demitirmo-nos para ir a eleições mostrar aos opositores internos que temos, realmente, condições para continuar no cargo não é vergonha nenhuma. Vergonha é estar a ocupar um lugar que sabemos que a grande maioria do nosso universo não nos quer lá, mas ainda assim, nele continuar.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Mobilização de esperança



Uma vez que a "guerra" esta aberta dentro do PS, é altura de escolher, o mais rapido e serenamente possível, quem será o candidato a PM pelo maior partido da oposição.

Quem tem lido o PNP, sabe que sou a favor de Costa. Entre Seguro e o autarca de Lisboa, nunca tive duvidas.

Hoje no jornal i, saiu uma entrevista muito boa a Mário Soares, que aconselho a leitura atenta.
E porque falo da entrevista? Por o fundador do partido acreditar, tal como eu, que Costa vai buscar mais consenso e diálogo, nomeadamente a esquerda.

Esse diálogo e essencial se o PS quer ganhar e ganhar com maioria, senão, vamos continuar a ver a esquerda fragmentada e com diversos partidos e movimentos a explorarem o campo vazio, que pode ser, e deve ser, aproveitado por sinergias do consenso.

Para finalizar, e deixar claro o porque de achar que deve ser António Costa a liderar esse rumo, fica o exemplo de o autarca de Lisboa apresentar a sua candidatura oficial ao Porto. Isto, por si só, demonstra a capacidade de descentralização e de união territorial que não me lembro de ter assistido. É que alguém ir do norte a Lisboa apresentar algo, acontece todos os dias, o inverso nem por isso.

sábado, 31 de maio de 2014

Estou de acordo com Seguro, mas discordo



O título deste artigo pode gerar alguma confusão, mas que facilmente as desfaço.

Para começar, digo que estou de acordo quando Seguro diz que os partidos têm de mudar porque as eleições europeias (para além, e principalmente das autárquicas), mostraram que os eleitores estão descontentes com os partidos e com os seus sistemas de clientelas bem conhecidas.
Discordo da forma como está a conduzir o problema dentro do PS.

Agora, passo a explicar.

Quero começar por dizer que neste momento, Seguro está tão democraticamente legitimado perante o PS como Passos Coelho está democraticamente legitimado para governar Portugal.
Quando se diz, nomeadamente o líder do partido socialista, que Passos Coelho não tem legitimidade para governar porque grande parte dos portugueses não querem mais essa governação. Pois bem, acontece exactamente o mesmo no PS, e portanto, António José Seguro está na mesma posição que o líder deste Governo.

Depois, acontece que estou totalmente de acordo, aliás, tornei-o público ainda em setembro, quando se diz que os partidos têm de mudar porque os eleitores não se revêm no actual panorama. E parece-me uma boa proposta, aquela que Seguro fez hoje, em que não serão só os militantes a votar, mas também simpatizantes. Mas agrada-me ainda ainda mais, a possibilidade de se poder votar em deputados directamente, e não como acontece actualmente, se votar em lista fechada.

Mas tal como o secretário-geral do partido que habita no largo do rato tem dito várias vezes, este é um momento histórico, e por isso mesmo, merece uma celeridade maior porque estamos a 1 ano e pouco de eleições legislativas, e por isso, não convém a nenhum dos candidatos, caso queiram mesmo ser Primeiro-Ministros, perder muito tempo neste processo. Daí achar que António José Seguro tem feito mal em deixar demasiada incerteza no ar e assim, atrasar o processo de clarificação. Todo o tempo que for perdido no processo, é a meu ver, tempo perdido.

Para finalizar, dizer apenas que gostei de ver, numa rara aparição, Seguro o determinado!
Porém, relembrar o mesmo que quando disser que está legitimado democraticamente como líder do PS, não o volte a fazer referindo-se a Passos Coelho. E outra nota é recordá-lo de que quando afirma que António Costa se poderia ter candidatada a 3 anos atrás ou no ano passado, esta solução que apresenta, poderia ter sido levada avante quando Assis à 2 anos a apresentou.
Só para o caso da memória ser curta...

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Tem de ser dada a voz...



Cada vez mais, parece ser claro que o PS precisa, mesmo, de eleições internas. Por vários motivos. Entre eles, o PS tem hoje, muitos militantes insatisfeitos, quer seja com o resultado de domingo, quer seja pela oposição menos vistosa quanto deveria ser, quer seja pelos zigue-zagues desta liderança, seja pelas sondagens que custam a descolar o Partido Socialista deste Governo... Enfim, vário motivos fazem com que muitos socialistas, nomeadamente militantes e simpatizantes se sintam descontentes.

Para ser muito sincero, no domingo, pela primeira vez a sério, temi que o PS não vencesse as eleições legislativas de 2015. Até domingo, preferia que o Presidente da Republica dissolvesse este parlamento e convocasse eleições antecipadas. Pois bem, neste momento, acho que não o deve fazer por o preço a pagar é demasiado alto dada as circunstâncias em que o país se encontraria. Ingovernável, pura e simplesmente.

E é aqui, essencialmente, que António José Seguro tem falhado. Desde o inicio da sua liderança, tem tudo para estar na frente das sondagens, o que nem sempre aconteceu, mas pior ainda, e que já dei conta no passado, é que os portugueses não vêm no PS a alternativa. E é isto que a mim me revolta e faz querer que se mude internamente.

Por isso mesmo, e uma vez que a divisão dentro do Partido Socialista, que existia mas não estava exposta, está criada, acho que vivemos o momento ideal, enquanto maior partido de oposição, mudar o nosso rumo, mudar o rumo da estratégia daquele que quer não só vencer as legislativas, mas sobretudo, ser o porto de abrigo, a esperança, de todos aqueles que estão descontentes com o Governo.

Neste momento, apenas vejo António Costa com capacidades de liderar essa esperança.

Porém, acho que ainda existem muitas vozes dentro do partido que estão caladas para ver a caravana passar e não comprometerem o seu próprio futuro politico-partidário neste partido. O que, desde já digo, me entristece bastante.
Outro motivo, e este bastante mais plausível, é o facto de liderarem estruturas, e por razões óbvias, não se pronunciam.
Contudo, a ser dada a voz aos militantes, como de resto acho que deve ser feito e mais, espero que seja feito, muitos serão aqueles que votarão numa mudança. Porque essa mudança, é necessária.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Bem ou mal... Está feito!



Na minha leitura feita acerca das eleições, na segunda-feira, escrevi que se houvessem eleições no PS não viria mal nenhum ao mundo.
No dia a seguir, António Costa mostra-se disponível para assumir responsabilidades.
Logo, não posso negar que entre Seguro e Costa, prefiro ver o autarca de Lisboa à frente do Partido Socialista.

É certo que foi o PS quem venceu as eleições, e que a direita teve uma estrondosa derrota, mas isso não se traduziu numa grande vitória, sequer, para o maior partido da oposição. Aliás, foi "maior" o resultado do MPT do que o do PS. Isto, no contexto que vivemos, não pode acontecer!

Mas a situação dentro do partido que "mora" no largo do rato parece estar a entrar na degradação e não no sentido responsável que tem de seguir. Podemos, infelizmente, estar a porta de uma guerrilha que pode queimar muito tempo e esse, vir a ser precioso para o próprio PS.
Não estou a querer dizer que António Costa fez mal em se mostrar disponível! Só estou é a dizer que Seguro está a fazer mal em se agarrar a cadeira. Sim, porque não achando que essa seja a verdade, é essa a imagem que está a passar, e será essa que contará nas nossas cabeças.

Seguro fez dois anos de oposição extraordinários dado o seu próprio contexto, elogiei esse mesmo facto no devido tempo, no entanto, não acho tão meritório o seu trabalho neste último ano, o que me faz temer o próximo ano também.
Sim, o PS ganhou duas eleições (2013 e 2014), mas que vitórias foram? Em que contextos? Com que margens? Como foram os outros resultados?
Por exemplo, em relação a este domingo, o PS venceu não por ter obtido um grande resultado (muitos votos), mas sim porque a Aliança Portugal teve um mau resultado (poucos votos). Esta é que é, para mim, a verdade.
Não obstante, esta lista era completa quanto a "alas" do partido, e por isso, todos são responsáveis por tal, e não apenas Seguro.

Mas há um facto, que ainda ninguém discutiu e que me parece crucial, e na verdade, é o que me faz também tender para o lado de Costa. Penso que já todos reparamos que, enquanto estiver António José Seguro a frente do PS e Pedro Passos Coelho a frente do PSD, o diálogo e consenso necessários para a vida da democracia, mas principalmente para a vida dos portugueses, será impossível. Já António Costa parece conseguir reunir maior apoio quer com o Governo, mas também com a esquerda que faz falta do Partido Socialista.
Para além claro, de o autarca de Lisboa ter já curriculum governativo.

Para concluir, muitos são aqueles que defendem que não se deve partir para eleições directas agora porque vai dividir o PS. Não concordo totalmente com esta afirmação. É certo que divide, sim, mas por outro lado, o resultado, por si só, divide também. Mais, depois de Soares, Alegre e o José Lello estarem ao lado do autarca, e de Jorge Lacão se ter demitido por não concordar com Seguro, já é divisão suficiente.
E quanto as legislativas, também não é certo que o Partido Socialista as vença com Seguro, logo, Costa teria tempo, a meu ver, para arrumar a casa.
Não se pode é gastar muito tempo.
Antes de estar ao lado de Seguro ou de Costa, estou ao lado do PS e de Portugal!

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Arrancado a ferros!



Foi com uma vitória tangencial que ontem, o PS venceu a direita. Uma vez mais, aquilo que tenho referido como um erro da esquerda, ficou patente e o preço a pagar por este facto foi o que foi. Mas veremos mais a frente qual é, a meu ver, o verdadeiro preço a pagar.

Mas antes quero dizer que acho vergonhoso o que foi atingido de abstenção. Abstenção essa que ajudou, de certa forma, a apoiar o radicalismo da direita no PE e também fez com que Juncker seja eleito. Isto traduzido, a austeridade continua. Em homenagem a este sentimento expresso no parágrafo, fica a imagem do artigo.

É verdade que a direita, nomeadamente os partidos do Governo, tiveram uma derrota clara, aliás, nunca o PSD para as europeias menos que 31%, e desta vez, em coligação com o CDS, nem 28% chegaram!
Mas ontem as eleições eram europeias, e por isso, falar em Governo não é muito lógico, prefiro falar antes em direita.

Porém, o PS foi que, a primeira vista, lucrou com esta descida da direita, pois venceu as eleições e elegeu mais 1 deputado para o Parlamento Europeu. No entanto, os votos que teve não foram muito longe dos 31% (pior resultado até ontem, do PSD).

Mas atenção a alguns factos que não podemos deixar passar em claro, nomeadamente na esquerda e no Partido Socialista!

Primeiro ponto, a esquerda, e é aqui que eu tenho vindo a ter razão, ao fragmentar-se como tem feito, e desdobrando-se em partidos, faz com que os votos se distribuam e por consequência, percam força política. Na óptica do voto útil, claro está.
Aqui, está de parabéns o PCP que tem vindo a "renascer" e o MPT, mais propriamente Marinho e Pinto, que fez com que o Movimento Partido da Terra passasse de 0,7 para 7% em 5 anos. Notável! E quem sabe, para as legislativas não surpreenderá outra vez?
De salientar também, que o Bloco de Esquerda, desde o falecimento de Miguel Portas e a retirada de Francisco Louçã tem vindo a demonstrar uma insignificância política brutal. Não me refiro apenas ao conteúdo, ou falta dele, mas sim também nas urnas, em que cada vez mais, perde lugares em todas as eleições que disputa.
Não esquecendo claro, o LIVRE, partido que tenho criticado desde o seu aparecimento, como podem constatar aqui no PNP. Pois a ideia que passa é que, Rui Tavares se chateou com alguém no BE e para se "vingar", fundou um partido para roubar a este, espaço. Pois bem, em 2009 foi eleito eurodeputado pelo BE, e ontem, o LIVRE deixou-o em Portugal. Ou é do partido ser muito recente, ou é da sua insignificância no espectro político nacional.

Sobre a direita, para além da derrota, há um aspecto que importa referir, é que mostrou, pela fragmentação da esquerda ou não, não estar completamente sentenciado a deixar de ser Governo nas próximas legislativas.
No entanto, acho que o PS tem muita responsabilidade neste facto. Sim, um partido como o PS que é oposição à 3 anos, deveria já estar com pelo menos 10 pontos percentuais de distância seja qual for a eleição. É verdade que o PS venceu, e que é a segunda vitória de António José Seguro, mas... Não sabe a pouco? Não parecem vitórias arrancadas a ferros? A mim parece-me que sim, mas é apenas a minha opinião.
Tal como António Costa, acho que este deve ser um momento de reflexão para todos os decisores do partido do Largo do Rato. Porque é que ontem, tal como nas autárquicas, e como o PCP, o líder socialista não pediu eleições antecipadas? E dentro do PS, estarão todos a festejar o resultado de ontem?

Enquanto socialista, estou extremamente preocupado com o futuro próximo do PS, pois acho que tem muito trabalho pela frente se quer vir a ser Governo em Portugal nas próximas eleições, mas mais do que o trabalho, não estou certo que seja Seguro o homem certo para o fazer.
Não acho que seria mal nenhum o PS agendar umas eleições internas para o mais curto espaço de tempo possível, a fim de: 1) legitimar ainda mais Seguro ou 2) encontrar um novo líder.
Tal como disse Ronaldo a Carlos Queirós, "Assim não vamos lá".

quarta-feira, 21 de maio de 2014

A minha campanha 4



Está cada vez mais próximo o dia das eleições, e continuamos por descobrir o que são os projectos, principalmente, de Schultz e Juncker.

Os cabeças de lista em Portugal têm usado essencialmente 2 argumentos. O PS diz que se tem de votar na sua lista porque o Governo está a destruir a vida dos portugueses e a empobrecer o país. O PSD diz que o voto no PS é o retrocesso à "doença" do despesismo, que tem de ser combatido com o voto na Aliança Portugal, isto é, com a vacina.

Porém, os nomes de Schultz e Juncker continuam na sombra da campanha.
Um deles será o próximo Durão Barroso (esperemos que mais activo). Ou seja, o próximo Primeiro-Ministro da Comissão Europeia, como disse, e muito bem, Marcelo Rebelo de Sousa ontem.

Ao que parece, em Coimbra, Marcelo gelou a sala a dizer que a única razão que tem para votar na Aliança Portugal é o facto de eleger Juncker. 
Eu não estava lá, mas percebo que o motivo pelo qual tenha gelado tenha sido o facto de se esperar que Marcelo fizesse rasgados elogios ao PSD, mas acontece que é ele quem tem, a meu ver, o correcto ponto de vista acerca destas eleições.
Quando no domingo formos votar, não estamos apenas a castigar ou não o Governo, não estamos a enaltecer ou não Assis ou Rangel... Estamos sim, a votar numa lista de candidatos que irão preencher lugares no parlamento europeu, que por sua vez, irá escolher uma Comissão.

Por isso, seria benéfico em Portugal, e não só, discutir-se propostas e estratégias no âmbito europeu, e não tanto, apenas nacional. Pois domingo, o que se vai decidir é o rumo das políticas europeias, que mexem com o nosso dia-a-dia, como podemos constatar, e por este motivo, devemos olhar bem ambas as listas, e votar naquela que melhor nos servir, enquanto Portugal, por uma Europa coesa e justa.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

A minha campanha 3



Depois deste fim de semana, temos essencialmente, e que tenham a ver directamente com a campanha eleitoral, 3 pontos a salientar.


  1. Contributo de Ricardo Araújo Pereira
  2. Aparição de José Sócrates
  3. Vacinas contra o despesismo

Segundo o jornal Expresso, Ricardo Araújo Pereira vai ser o protagonista do tempo de antena de amanhã, terça-feira, pelo LIVRE.
O próprio já afirmou que não é, nem tenciona ser militante deste recente partido. Todos podem ler o que escrevi acerca do surgimento do LIVRE e a opinião que tenho acerca do novo partido de esquerda. Pelo que, para além de mostrar que a cidadania está activa, a única coisa que este partido parece ter de jeito é o apoio desta carismática figura portuguesa, que aprecio bastante, num tempo de antena. Veremos se será um sketch anedotário acerca desta campanha, onde a Europa não passa pelos debates a ter.

Depois, temos Sócrates a surgir, penso que será também amanhã, num jantar de apoio ao PS. Faz toda a lógica, uma vez que esta lista, completa, que o Partido Socialista apresenta tem elementos de todas as alas e é mais uma boa "jogada" de António José Seguro de anexar os socráticos ao resultado do próximo domingo e também, um bom sinal para o exterior de que o PS está unido. A meu ver, é um sinal mais na campanha. Já para a coligação Aliança Portugal, PSD/CDS, não passa de um alvo. Por si só, esta reacção dos partidos do Governo, demonstra bem o receio que têm do efeito que Sócrates pode ainda ter no panorama político e mais, o vazio que têm apresentado na campanha. Vejamos no terceiro ponto o que quero dizer com isto.

Por fim, temos então o terceiro ponto onde a coligação PSD/CDS demonstra o vazio intelectual que apresenta estas eleições. Discute-se a Europa? Faz-se propaganda positiva? Demonstra-se os motivos positivos pelos quais os eleitores devem votar nesta lista? Não, ataca-se o adversário. 
Atenção que não é só esta lista que o tem feito, mas fá-lo.
Porque é que eu digo que se trata de um vazio? Simples, porque Sócrates aparece, passa a ser o alvo e a palavra mais proferida nos discursos. É triste, é triste ver que Paulo Rangel e Nuno Melo não têm tido a capacidade de promover a imagem da Europa, a estratégia necessária para o crescimento. Afirmar que o voto na Aliança Portugal é uma vacina contra o despesismo, parece-me um bom mote de partida para um sketch de Ricardo Araújo Pereira para o "Melhor que Falecer", que este Governo tem promovido pelos cortes no SNS.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

A minha campanha 2



É certo que estive terça e quarta sem escrever nada sobre a campanha para as europeias porque... Realmente não se passa nada de relevante na discussão da Europa e de Portugal na UE, mas adiante.

Contudo, não deixaram de se passar situações, em campanha e que com ela estejam relacionadas, no mínimo merecedoras de umas breves palavras.

A começar por Portugal eleger 21 eurodeputados e haverem 16 listas, ou seja, quase tantos candidatos como lugares disponíveis! 
A leitura que se pode fazer e algo complexa ate. Estamos perante um paradoxo entre abstencionismo e iniciativa. Portugal tem vindo a registar níveis elevadíssimos de abstenção em todas as eleições, principalmente nas europeias, ao mesmo tempo, regista uma quota de 76% de candidatos por lugares. Enquanto os portuguesa revelam falta de interesse em fazer a diferença na urna, são ao mesmo tempo, quem toma a iniciativa de se candidatarem para, supostamente, fazerem algo de diferente. 
O que é que é complexo nisto? É o motivo pelo qual esta situação se verifica. Ou é vaidade de quem se candidata (pouco provável), ou as únicas pessoas que se preocupam em votar, salas mesmas que se candidatam, e aqui fica patente que pode haver interesse nestes que assim seja para que seja fácil controlar o sistema (muito mau para a democracia, pois nem todos podem ser os candidatos, existem outras formas de ser activo na sociedade e na politica). E temos ainda um outro motivo, que é ao que parece o do LIVRE, apenas impedir certas coligações e vitorias expressivas, isto é, nada mais nada menos que dispersar votos (parece-me um bocado negativista).

Outra situação que não me passou ao lado, foi a figura que Nuno Melo fez com a sua garrafa de Champagné, que ira abrir com os seus amigos no dia que a troika sair de Portugal. Esta versão de One Man Show não o favorece enquanto candidato e enquanto membro de um dos partidos que esta no Governo, que empobreceu o país. Só revela a atitude que este Governo tem perante a situação que os portugueses vivem... É de festejar.

Por fim, e inevitável, foi o facto de a politica ter estendido uma passadeira vermelha ao futebol ao ser interrompida a campanha para se ver o jogo. Que eu ate acho bem, uma final europeia, um clube português, um país em expectativa... Tudo bem. Agora, alguém viu como Marisa Matias, candidata do BE acompanhou o jogo? Isso sim, é de salientar. O que as pessoas fazem para caiena graça de uns eleitores, chega a ser ridículo, mas e só a minha opinião.