terça-feira, 20 de março de 2012

Inícios de primavera...

Hoje começa a primavera!
A última não deixou grandes saudades, pois três dias após o seu inicio, iniciava-se uma crise política com a demissão do então Primeiro-Ministro José Sócrates.
E a deste ano não parece começar muito melhor. Foi hoje divulgado a execução orçamental relativa ao mês de fevereiro, e ao que parece, aquém das expectativas...
Pelos vistos, a despesa cresceu 3,5 % face ao mesmo período do ano anterior, enquanto a receita diminuiu 4,3 %. Com tantos cortes, desde subsídios de férias, diminuição de salários, aumentos de IVA, cortes em prestações sociais, aumentos de taxas moderadoras, entre outras medidas de austeridade, os números continuam a revelar uma situação de insustentabilidade económica.
Logo após as eleições, recordo-me de que o actual PM (Passos Coelho) ter alterado o seu bilhete de viagem para Bruxelas para classe económica em vez de executivo, claramente para impressionar, pois os males da dívida pública não estava com certeza na diferença de preço daquele bilhete. Mas menos de um ano depois, sabe-se que este executivo, no mês de fevereiro gastou mais do que o executivo liderado por José Sócrates, muito criticado na campanha eleitoral devido precisamente à despesa do Estado. E não é que quem o mais criticava, está a fazer pior?
Para quem queria "emagrecer o Estado e torná-lo mais eficiente", este Governo deixa algo a desejar...
E muito sinceramente, espero que os sacrifícios que estão a ser pedidos aos portugueses não estejam a ser em vão!

terça-feira, 13 de março de 2012

Primeiro membro do Governo a cair...


Henrique Gomes, este é o nome do primeiro membro do Governo a cair...
Li dois artigos, ambos no ionline (reacções de Basílio Horta e de Jerónimo Sousa), e ambos dizem que esta demissão tem que ver com os interesses daqueles que detêm poder económico no nosso país.
Basílio Horta: "bateu-se contra interesses instalados e perdeu"
Jerónimo Sousa: "determinação" em "servir interesses do capital"
É preocupante ser governado por indivíduos que têm vindo a liberalizar a nossa economia, destruir o estado social e defender os interesses daqueles que têm poder económico em detrimento dos mais desfavorecidos.
Actualmente estamos sob um memorando de entendimento, no qual estão implícitas reformas na área da energia. Mais concretamente, reformas moralizadoras e que negociassem alguns preços e lucros excessivos. Ao que parece, foi o que o agora ex secretário de Estado tentou fazer, mas não conseguiu.
É incrível como um membro do Governo tenta executar algo que tem de o fazer para cumprir com os objectivos do próprio Governo, e quando tenta fazê-lo não consegue. Demitiu-se pois, por falta de solidariedade dos restantes membros, nomeadamente do ministro da economia.
Com esta situação, ficamos também a saber que com este Governo, devem prevalecer os interesses económicos e não os interesses públicos!
Não creio que este seja o caminho certo para o nosso país, para os nossos cidadãos, para o nosso povo.
De salientar dois aspectos, o director da ERSE Artur Trindade, e o outro aspecto é o motivo apresentado por Henrique Gomes para a sua demissão ter sido de índole pessoal (como é habitual...).