quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Acreditar que é possível

Há pessoas que nos fazem acreditar, que nos fazem crer que é possível, que nos inspiram, no fundo, que tentamos seguir e tê-las como ídolos!

O primeiro parágrafo é válido para as mais diversas áreas, do desporto à tecnologia ou da política à economia, passando por todas as outras vertentes do nosso dia-a-dia. Nós portugueses, podemos ter como exemplos os nossos compatriotas José Mourinho, Cristiano Ronaldo, Luís Figo, Amália Rodrigues, Mariza, Eusébio entre outros, ou no panorama mundial exemplos como Nelson Mandela, Martin Luther King, Steve Jobs, Mark Zuckerberg e muitos outros. Geralmente, as pessoas que nos inspiram são aquelas que fizeram algo de diferente, de relevo ou que começaram do nada e construíram aquilo que ambicionavam.

Hoje, conheci através da internet uma outra pessoas que me faz acreditar que é possível! Phiona Mutesi, é o nome desta rapariga de 16 anos proveniente de um bairro de Uganda, dos mais pobres do mundo, para termos noção desta localidade, "Ser-se africano é estar em desvantagem no mundo. Ser-se do Uganda é estar em desvantagem em África. Ser-se de Katwe é estar em desvantagem no Uganda. E ser-se mulher é estar em desvantagem em Katwe.”

De uma forma sucinta, Phiona com nove anos foi apresentada a um ex-jogador de futebol que lhe apresentou um jogo que nem tradução tinha para o seu idioma, o xadrez, estávamos em 2005, sentiu-se atraída pelas peças e hoje é rainha do jogo. “Phiona Mutesi é o expoente dos que nunca são favoritos.". Esta rapariga fazia duas horas a pé para ir buscar água potável e passou a fazer 6km para jogar xadrez.
Este caso já deu num grande artigo de um jornalista da ESPN, que transformou em livro e a Disney já comprou os direitos.

São histórias como estas que nos fazem acreditar em causas, em projectos e em ideias, sejam elas de onde forem e de quem forem!

http://www.publico.pt/desporto/noticia/de-analfabeta-a-rainha-do-xadrez-1578565

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Manifestação sem igual em Portugal

O dia de hoje até me estava a correr bem, eis que senão quando chega as 20 horas e me dirijo para a televisão para ver as notícias, principalmente para ver como teria corrido em termos de adesão a greve geral marcada para o dia de hoje! E é este o momento em que passo de ter um dia agradável para um momento de profunda tristeza...
O ecrã em segundos encheu-se de imagens que pouco ou nada dignificam Portugal e os portugueses. Não critico o facto de se fazer greve, longe disso, o momento exige paralisações de grande escala! Mas critico de forma veemente a forma como foi feita depois do seu fim oficial, isto é, as cenas de violência, vandalismo e de irresponsabilidade civil que se assistiram depois do discurso de Arménio Carlos!

É certo que não era vivo na data, mas estudei e vi vezes sem conta filmes e documentários sobre a extraordinária revolução levada a cabo pelas forças armadas e a forma como os cidadãos se comportaram para conquistarmos a democracia no 25 de Abril. Esta revolução é aliás vista como exemplo a seguir. Estou habituado a viver numa sociedade que se sabe comportar, que sabe os seus limites e respeitar o próximo, e não numa sociedade de vândalos. Sei que este episódio foi originado por uma dúzia de indivíduos, e não por todos aqueles que ali manifestavam descontentamento com as políticas deste Governo, mas não é com violência, desordem e falta de civismo que vamos resolver a difícil em que nos encontrámos.

Podemos com o dia de hoje tirar conclusões políticas, esta é uma resposta clara de que os portugueses não querem ver as funções sociais que o Estado tem vindo a desempenhar desaparecerem ou diminuírem, e também toda a revolta sentida pelos sacrifícios pedidos sem que qualquer resultado prático esteja à vista ao fim de um ano de austeridade!

Mas apesar disto, gostaria de relembrar a todos os manifestante, que os profissionais da polícia não têm culpa da situação, eles apenas executam ordens. Gostaria também de relembrar aquilo que caracteriza o povo português nestas acções de manifestação, sendo caracterizado por exemplo de civismo e respeito.

Eu tenho apenas 20 anos, e não gostaria nada de ver o meu país passar a ser tomado como arruaceiro. Quero ver manifestações sim, como é óbvio aliás, o que só denota sermos um povo atento e que não perde de vista os seus anseios, mas de forma digna. O diálogo é a melhor forma de se conseguir os objectivos, e como vivemos em democracia, se não nos ouvirem temos sempre o voto como "altifalante".

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Rendição à Merkel

Hoje em dia estamos atados completamente ao poderio financeiro alemão. Mas mais do que financeiro, é através da política que se faz sentir mais este desequilíbrio. E na minha opinião, o memorando de entendimento é apenas um detalhe desta dependência... Parece certo que a Alemanha é o motor económico europeu, mas isso por si só não deveria conceder soberania política em relação aos demais parceiros europeus. Numa situação de perda de soberania seria não para a Alemanha mas sim para a Comissão Europeia, que é dos 27 Estados membros e não apenas de um.

No entanto agravou-se com a eleição de Passos Coelho para PM, que é um seguidor das políticas de Merkel e de Cameron!  Quer ser bom aluno, e para isso abana com a cabeça a tudo a que a chanceler alemã diz, e que quer impor. Mas um bom aluno não é aquele que abana com a cabeça ao professor, mas sim aquele que tem capacidade para o questionar. Citando Aristóteles, "O ignorante afirma, o sábio duvida e o sensato reflecte".

Esta imagem reflecte bem aquilo que tem sido a postura deste Governo em relação à chanceler. Ela faz aquilo que quer! Ora mais privatizações, ora menos investimento público, ora menos educação, ora menos saúde e agora a nova é mais 5 anos de austeridade. Enquanto isto, Passos Coelho diz que sim a tudo, assina por baixo e com um aliado de coligação que vai bufando mas vai concordando! Autênticas marionetas de Merkel. Como diria Cristiano Ronaldo : Assim não vamos lá!

All night long...

Estou a seguir em directo, através da internet, cnn e TVI24 a noite eleitoral norte-americana!
Neste artigo, não vou esmiuçar aquilo que é politicamente relevante quer para a América, Europa e para Portugal ou para a minha realização pessoal em último caso o significado destas eleições!

Enquanto sigo nas redes sociais este evento, estou também a ler blogs que têm, minuto a minuto publicado posts no sentido de relatar aquilo que foi o acto eleitora de 2000, entre Bush e Al Gore!
Neste momento, e falando um pouco das eleições em si, está tudo em aberto ainda, sendo que Barack Obama tem vindo a vencer em estados onde seriam republicanos. Os estados que estão ainda por verificar os resultados dos polls são tendencialmente democráticos! 

Enquanto escrevo este texto, resultados surgem, Obama vai recuperando terreno.

Através do twitter e blogs, estou a viver esta experiência de forma diferente, interagindo com os autores dos artigos que leio nos jornais, ou comentadores que acabaram de passar na televisão, tido coisas que à 20 anos seria impossível, hoje estou a fazê-lo. Estou a falar com pessoas em diferentes pontos do mundo, uma experiência bastante interessante e estimulante!

Contudo, o objectivo de este texto é relembrar alguns dos motivos que me fizeram pernoutar nestes 20 anos de vida. Para além das idas a discotecas, noites de verão a jogar video jogos, lembro-me e quero partilhar experiências como ter acordado ás 3h da madrugada para ver uma corrida de formula 1, o GP da Austrália quando era mais novo ou ter ficado acordado para ver Vanessa Fernandes conquistar uma medalha de prata nos jogos olímpicos de 2008 em Pequim são as principais que me estou a lembrar, com relevo nacional.

Esta é uma noite que vai ficar na minha memória, em que pretendo ver Obama ultrapassar Mitt Romney, que neste momento já está 147, 158 respectivamente e são necessários 270 para se vencer...

terça-feira, 23 de outubro de 2012

O sim de Portas...


Poderia Portas ser um aliado dos cidadãos no Governo? Sim, até parecia sê-lo, mas afinal e na hora H, apela sempre ao consenso político!
Vemos frequentemente os líderes dos partidos que suportam o Governo de coligação divergir, isto como é óbvio não é bom para a estabilidade. Chegamos mesmo ao ponto de ter conselhos de ministros a durarem 20 horas. Vemos manchetes uma vez por semana a dizer que quer Paulo Portas, quer Passos Coelho como Vítor Gaspar pensam em se demitir.

Outro ponto que queria salientar é que já é tempo de remodelação ministral, isto é, alterar alguns ministros. Nomes mais falados são Santos Pereira e Gaspar para saírem...
Contudo, Paulo Portas que é escusado rever o que diz em campanhas eleitorais, muito populista, está a compactuar com o parceiro de coligação e assim acaba por fechar os olhos assinando por baixo medidas que dizia não implementar em campanha e que vão mesmo contra as bases partidárias.
Quando ouvimos frequentemente Portas divergir com Passos defendendo os contribuintes, pensamos que está ali o seu advogado de defesa. Este orçamento de Estado, para além de ser muito penalizador para os contribuintes, para além de ser inexequível,  para além de contrariar as ideologias do CDS e para além de este não concordar, vai compactuar em nome do consenso político.

Até à data da votação muita coisa pode acontecer, mas caso o CDS deixe passar o orçamento tal como este está, perde até ao fim do mandato a oportunidade de sair do Governo. Depois deste orçamento, pior situação não será possível de forma a justificar a crise política que isso causaria. Por isto, o momento é este, é o agora ou nunca. Depois das trocas de palavras acesas na semana passada, em que um (Portas) diz que não concorda com os aumentos de impostos e que também é Governo, logo, uma palavra a dizer e que o outro (Passos Coelho) diz que quem ganhou as eleições foi o PSD e não o CDS, deixando assim este numa posição de "pedinte" para ali estar, de muitas personalidades como deputados ou fundadores do partido centrista pedirem o voto contra e a saída do Governo, este é o momento do ex-jornalista marcar posição e sair do Governo, em nome do que prometeu e em nome dos contribuintes e pensionistas.

Com esta atitude (deixar passar), Paulo Portas arrisca-se a tornar num case study, em que poderia sair muito bem de toda a situação para com os cidadãos em geral, mas principalmente com os eleitores do CDS, mas prefere em vez disso, protestar a quem não lhe dá ouvidos e não o tem em conta na elaboração dos documentos e medidas mais importantes do executivo, deixando-se envolver num rumo sem futuro e que muito prejudica o país.

Toda esta análise está assente no facto de que qualquer uma das situações são prejudiciais à imagem do país quer no exterior quer mesmo para a situação real do país internamente. Entre ficarmos sem Governo mas também sem este OE ou ficar com este Governo e com este e os próximos OE's, não sei o que é pior.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Eleições açoreanas 12'

Hoje foi domingo eleitoral no arquipélago dos Açores! Uma vez mais o PS venceu, não com o histórico vencedor Carlos César mas desta vez foi Vasco Cordeiro a protagonizar este momento.

Em termos de resultado, o PS obteve maioria absoluta elegendo assim 31 deputados (+1), enquanto o PSD elegeu 20 (+2). Quanto a percentagens foram 48,98% e 32,98% respectivamente, enquanto o CDS não chegou aos 6%, o BE passou os 2% e a CDU não obteve 2% dos votos!
De salientar ainda que a abstenção foi quem ao fim ao cabo vencei com 52% dos eleitores a não se deslocarem às urnas.

Unânime é que este resultado reflecte uma resposta por parte dos eleitores ao Governo nacional penalizando assim o PSD Açores e por sua vez a candidata Berta Cabral. Estas posições foram já assumidas pelos lideres dos partidos que governam (Passos Coelho e Paulo Portas).
Outra leitura e a mais assertiva porém poderá ser a de que os eleitores reconheceram o bom trabalho e gestão de Carlos César e elegeram o candidato socialista sucessor Vasco Cordeiro, iniciando assim "um novo ciclo". Estamos certamente perante um projecto coeso e com muito potencial para uma região cada vez mais autónoma e responsável.
Publicamente, dou os meus parabéns ao PS Açores, ao Vasco Cordeiro e a todos os participantes na campanha. Também de salientar o bom desempenho enquanto governante de Carlos César pelo óptimo trabalho desenvolvido ao longo de todos estes anos e deixando os Açores quase que à margem da crise que se vive hoje em dia.
Para finalizar e termos uma noção daquilo que foi a escolha dos açorianos, que democraticamente o fizeram,  o PS venceu em oito das nove ilhas! É obra!!!


NOTA: Entre parêntesis está a diferença de deputados em relação a 2008

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A batata-quente austeridade

Quem são os culpados? Os portugueses?
Pedro Passos Coelho remete as medidas neoliberais que tem vindo a aplicar ao memorando de entendimento com a troika (CE, BCE e FMI), no entanto, Durão Barroso disse hoje que os Governos responsáveis pelas medidas que aplicam em cada estado-membro, mesmo os que estão sob assistência financeira.
Ora, aqui parece haver uma batata quente (medidas de austeridade) que nem o PM nem o presidente da CE querem assumir! Parece também já haver um jogo eleitoral! Por um lado, para justificar o prometido em campanha e não está a ser feito, por outro lado, pensar nas eleições presidenciais que serão daqui a 3 anos sendo desde já um candidato forte pela direita!
Sabemos também que, por muito que na teoria seja o contrário, quem "lidera" a Europa não é a CE mas sim os governantes da Alemanha e França. Sabemos também que Passos Coelho não tem culpa sozinho no que se está a passar, mas sim por se gratificar de ser bom aluno de Angela Merkel, ou seja, seguir as politicas que ela pretende, e nisto sim, tem culpa...
Uma coisa é certa, quem não tem culpa de certeza são os portugueses, os funcionários públicos, os reformados e pensionistas, os professores entre outros, que vêm os seu salários diminuírem, direitos serem retirados, poder de compra a desaparecer, impostos sobre o rendimento aumentar e as contas públicas a agravarem, ainda com outra agravante, criação de uma grande dívida!

sábado, 8 de setembro de 2012

Medidas austeridade 7.9.2012


Hoje, Pedro Passos Coelho falou ao país e apresentou novas medidas de austeridade para 2013, o que gera alguma confusão na minha cabeça uma vez que o mesmo, ainda à pouco tempo disse que 2013 seria o ano da recuperação económica, mas vejamos o que foi apresentado...

Na pratica, os funcionários públicos irão continuar a não receber os dois subsídios! Pelo menos em valor, no final do próximo ano terão recebido menos do que no final deste, passo a explicar: em 2012 foram retirados os dois subsídios, para o próximo um foi retirado e o outro reposto mas será pago faseadamente, contudo, o que acrescentará a cada mês será retirado com a nova taxa de contribuição para a CGA que sobe 60% (de 11 para 18%). Resumindo e concluindo este ponto, irão receber menos por mês, uma vez que o que ira aumentar é um valor inferior ao que lhes será retirado!
Os trabalhadores do setor privado perderão, na prática, um subsídio através do aumento da contribuição para a Segurança Social, que nas contas do Governo corresponde ao equivalente a um dos subsídios.



"Receio que continue a haver falta de equidade”, diz Jorge Miranda; esta falta de equidade deve-se ao facto de o PM ter anunciado que iria recair também sobre a riqueza e capital e não disse como iria ser, já sobre o rendimento anunciou medidas. Diz também ser  "profundamente injusto o tratamento dado aos pensionistas", que considera estarem a ser tratados "como pessoas de segunda classe em relação aos trabalhadores no activo".
"Vamos ver, vamos ver", é desta forma que Mário Soares reage as novas medidas de austeridade. Serão os portugueses capazes de suportar mais austeridade?
Será agora de especular qual a posição do PR em relação a estas medidas! Pois estamos perante uma violação do acórdão do Tribunal Constitucional. 


Uma coisa que acho justa, é que a taxa a pagar ao Estado seja igual tanto para o trabalhador como para o patrão, isto é, aquando o pagamento do salário, tanto o patrão como o empregado paguem o valor dividido pelos dois, logo, a mesma percentagem sobre o seu salário, igualado hoje nos 18%.
Há coisas que a meu ver estão bem no que foi anunciado hoje, como por exemplo o facto de o custo ser dividido entre o patrão e empregado (como já expliquei). Outro ponto favorável, é que em condições normais, desceria o desemprego com a contratação de novos funcionários uma vez que ficara mais dinheiro em caixa das empresas. Porém, receio que o valor retirado ao poder de compra faça cair por terra o efeito no emprego, porque se por um lado fica mais em caixa porque não se paga tanto ao Estado, o outro lado é que com menor poder de compra existe menos consumo, logo as receitas quer das empresas quer do Estado irão diminuir!



O caminho da austeridade obsessiva está-nos a levar a desgraça, a meu ver, muito por causa do "ir mais além" daquilo que deveríamos ir realmente! A despesa era grande face a receita? Sim era óbvio, daí o défice. Uma vez necessária, por uma questão de igualdade e equidade, repartição de rendimentos, distribuição de riqueza, dever-se-ia a meu ver retirar a quem mais tem e "poupar" nos mais desfavorecidos. E não me parece que seja a penalizar desta forma os reformados e pensionistas que isto seja atingível! Do que hoje foi anunciado e para mim está mal e pode ser alterado é o facto de se subir o IRS e não no IVA, a ter de se subir um deles, que não seja no rendimento, uma vez que não existe "escapatória" a este imposto, já no IVA é sobre aquilo que consumimos. Ao fim ao cabo é retirado poder de compra, mas 2% sobre a taxa máxima de IVA representaria talvez todo este corte! Citando Mário Soares, "vamos ver" no que dá estas novas medidas de austeridade. 

Na minha mais modesta opinião, não irão resultar, mas caso resulte, aqui estarei a tirar o chapéu, pois coragem este Governo está a ter. Sentido de responsabilidade social e cumprimento é que não me parece...

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Uma imagem... um mundo!

Existem coisas e opiniões que nós temos noção de que existem ou de que pensamos de certa forma, mas só nos apercebemos que é realmente assim quando a perdemos ou quando acontece algo que nos faz reflectir de facto nisso!

Ao navegar no facebook agora mesmo, surgiu-me esta imagem e sobre ela reflicto agora!
É incrível como uma simples imagem com tons de banda desenhada e de caricatura podem retratar um mundo!
Esta imagem a meu ver retrata um triste mundo! Pelo menos o seu lado negro. 

A pergunta é simples e até deve ser objecto de reflexão para todos nós, "Qual a opinião de vocês sobre a escassez de alimentos no resto do mundo?" Seria desejável que esta pergunta não pudesse ser feita por não ser necessária, isto é, não existir escassez de alimentos. Mas essa é a verdade de muitos povos. Temos ilustradas quatro respostas que nos remetem a diferentes realidades! A africana que nem sequer sabe o que são alimentos, mostrando bem aquilo que se passa neste continente, onde a escassez é mais denunciada! A europeia que não sabe o que é escassez, e se calhar por isso mesmo está na situação em que está a Europa, por não reconhecer em tempo útil que os recursos económicos têm vindo a escassear na maioria dos seus países! A norte-americana que não sabe o que é resto do mundo, deixando bem visível o orgulho norte-americano e a ainda mentalidade do orgulhosamente só presente na mentalidade do seu povo! E a árabe, que não sabe o que é opinião, visto que vivem em ditadura os cidadãos dos países árabes, situação que tende a findar depois da primavera árabe com a queda de alguns ditadores!

Todas estas conclusões são fáceis e óbvias de se tirar desta imagem, mas penso ser importante salientar que esta realidade existe mesmo, que todos nós conhecemos e que parece nos passar ao lado! Enquanto assim for, todos nós seremos americanos não reconhecendo que existe resto do mundo, mundo esse escasso de solidariedade, escasso também de liberdade como na Arábia e que se reflecte nos africanos que morrem a fome!
Seria importante pensarmos nisto e fazer com que esta pergunta não tenha razões para existir, ou então que a resposta seja: "Que escassez de alimentos? Isso não era coisa do séc. XX?"

terça-feira, 31 de julho de 2012

Jantar de Gala CEAP


Desde já, o meu muito obrigado  pelo reconhecimento feito no último jantar de gala do CEAP. 
No passado dia 20 de Julho, foi organizado pelo CEAP (Centro de Estudos de Administração Pública) da UMinho um jantar de gala para toda a comunidade de Administração Pública, jantar onde foram surpreendentemente reconhecidos alguns elementos da direcção pela presidente Diana Cardoso, reconhecimento esse que incide sobre o trabalho desenvolvido nos primeiros 6meses de mandato!

Sendo eu um dos elementos da direcção (Vice-presidente pelo departamento social e cultural), a presidente entendeu reconhecer o meu trabalho distinguindo-me como elemento revelação! É por isso, que com muito agrado escrevo este breve texto de agradecimento, não só pelo reconhecimento público mas também pelo convite para ingressar na lista, a oportunidade dada de desenvolver trabalho no CEAP e por acreditar nas minhas capacidades. Aquando do convite, disponibilizei-me de imediato para o que fosse preciso desde aquela hora e prometi empenho e dedicação, pois é isso que tenho oferecido e foi isso que me levou a receber este diploma.

O mandato ainda vai a meio e o departamento que lidero ainda terá outro grande desafio, que será superar o resultado da actividade realizada no mês de Maio em parceria com o Banco Alimentar e assim mostrar-se capaz de se afirmar como promotor do combate contra a fome! Quanto ao CEAP em geral, ainda muito se pode desenvolver e crescer, apostando sobretudo na melhoria continua!

Neste mesmo jantar, foram reconhecidos Tiago Venda, André Rocha e Carla Alves com menções honrosas!
A todos os parabéns e continuação de bom trabalho!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

As contas da Grécia

Acabo de ler no "ionline" que a Troika e o Governo grego acordaram em cortar cerca de 11,6 mil milhões de euros nos próximos dois anos!

A formula ainda não é conhecida, mas não deverá ser muito longe de uma palavra que tem assombrado toda a europa, austeridade! Segundo o artigo, deverão ser cortados salários aos funcionários públicos e uma outra vertente afectada será na saúde!
Ou seja, mais do mesmo! A Grécia está à cinco anos em recessão, teve já dois pacotes de ajuda externa, várias medidas de austeridade, eleições com resultados particularmente interessantes de avaliar e o que a Troika e o Governo pretendem é continuar com a austeridade excessiva que tem vindo a destruir as economias europeias. 


Isto não se passa só na Grécia mas também nos países mais frágeis, como Irlanda (que já se encontra em recuperação) , Espanha ( que a cada dia que passa está mais próximo do abismo ) , Portugal ( a cumprir à risca o programa de ajustamento, e os efeitos estão muito aquém do esperado) e também Itália ( que está a ser segurada pelas pontas, pois em caso de necessidade de ajuda não deverá haver forma de o fazer ) . Daqui podemos concluir que a austeridade não é solução para a actual crise, pelo que proponho que a UE faça uma cimeira realmente conclusiva e que as conclusões que de lá advenham sejam produtivas. 
Entre outras medidas que poderiam ser solução, e a haver cortes que são necessários, aumentos de impostos sim, mas não da forma como estão a ser feitos, não sobre o consumo mas sim deverão incidir sobre os rendimentos. Os que têm rendimentos superiores à media nacional, pagarem mais de contribuição, ou seja, progressivamente. Os cortes de grande escala serem nas obras públicas e não na educação e saúde. 

terça-feira, 17 de julho de 2012

A importância da formação... nomeadamente política!

Uma vez que vivemos numa geração altamente qualificada academicamente, penso ser fundamental sê-lo também politicamente. 
Como jovem, vejo como fundamental a participação de todos nós, principalmente da minha faixa etária, na vida associativa e política. Por diversas razões, mas as que vêm mais depressa à memoria é o facto de os jovens terem de se aproximar cada vez mais do centro de decisão, de mostrarem ao fim ao cabo por que são a geração mais qualificada deste país, mas principalmente, por uma questão de independência, pois só assim poderão construir ou colaborar na construção do seu próprio futuro e não deixar essa tarefa para os outros e depois deles se queixarem!
Não estou a escrever sobre este tema por acaso! Já o tinha em mente, pois trata-se de algo que qualquer jovem interessado na sociedade tem constantemente em mente, mas sim pelo facto de neste fim de semana ter tido a oportunidade se assistir a uma formação política para jovens, organizada pela JS e ANJAS da minha zona residencial!
Considero importante marcar presença neste tipo de iniciativas uma vez que aprender é crucial nos dias de hoje, ter uma opinião formada sobre os mais diversos assuntos, sobre tudo o que nos rodeia... É igualmente importante o facto de se formarem políticos mais especificamente, para que a próxima geração de políticos possa não ter o triste rotulo de que a actual tem perante a comunicação social e opinião pública, opinião esta da qual discordo totalmente, pois ela afirma não haver qualidade alguma nesta classe, e não é verdade, sendo que acontece como em todas as profissões! Existem bons e menos bons políticos, tal como acontece com médicos, enfermeiros, camionistas, cientistas, professores, etc. Usei o termo menos bons e não maus porque acredito sempre que cada um presta o melhor de si, logo, deixa de ser mau e passa a ser menos bom, porque nem todos têm as mesmas apetências!
Dado isto, espero que os jovens aproveitem bem as oportunidades que nos são dadas, pois as gerações anteriores não tiveram a mesma sorte. Temos de construir nós o nosso futuro e não ficar a espera que alguém o faça. Contribui para a sociedade e assim a vais ajudar a desenvolver e consequentemente colher frutos dessa mesma colaboração.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Deputado Ricardo Rodrigues



À muito que venho a pensar escrever algo sobre o assunto, pelo facto ocorrido hoje, penso ser o momento certo!
Em 2010, Ricardo Rodrigues, deputado do PS eleito pelos Açores, numa entrevista à revista Sábado, perante uma pergunta acerca do seu envolvimento ou não num caso de pedofilia, levantou-se e levou consigo o gravador das jornalistas. Tornou-se logo público uma vez que existem gravações video da triste cena!
Como democrata que sou, não fiquei contente com o que vi!
Como socialista que sou, muito menos!
Agora, o que me surpreendeu ainda mais, foi o facto de ninguém dirigente do PS ter feito nada, isto é, no mínimo, fazer com que este deputado não exercesse mais funções de tal importância como é ser deputado (para os mais desatentos, são estes quem representam o povo, e pelo povo são eleitos).
Hoje, o próprio deputado pediu suspensão do cargo por o caso vir a ser investigado e julgado.
Da mesma forma que digo que o Pepe devia ter sido irradiado do futebol devido ao pontapé dado a um jogador, digo que este deputado deveria ter sido afastado do cargo que ocupava!
Acredito que possa estar arrependido e que tenha sido um acto "irreflectido", mas sempre me ensinaram que todos os actos têm uma consequência.
Nesta medida, para bem da democracia, da liberdade de expressão, espero que este deputado seja impedido de voltar a exercer estas mesmas funções! Quanto ao PS, fica mal na fotografia, espero que no futuro, a acontecer algo do género, seja o próprio a tomar decisões e não creio que fique a perder, pois muita gente de valor existe nesta organização e com competências para cargos responsáveis como o de deputado!

http://www.ionline.pt/portugal/ricardo-rodrigues-pede-suspensao-das-suas-funcoes-na-direccao-grupo-parlamentar-ps
http://www.youtube.com/watch?v=K_CylnffuTA

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Resgate ao sistema bancário espanhol

O que para alguns parece ser um resgate, para outros é apenas uma linha de crédito.
Trata-se claro, e isso é certo, do dinheiro que foi acordado na última ecofin ir parar ao sistema bancário espanhol. As opiniões dividem-se, à quem ache que é o início do resgate, e que é já um resgate à própria Espanha, mas à também quem se fique pela ideia de que é só para o sistema bancário. 
Todas estas duvidas prendem-se pelo facto de os detalhes, a esta hora, serem ainda desconhecidos, pelo que tem vindo a suscitar bastantes vozes discordantes por toda a Europa. Sabe-se para já, que é dinheiro apenas europeu, o FMI nada tem a ver com este memorando, e que não serão impostas medidas de austeridade a nível nacional por causa deste mesmo empréstimo e que não haverá um Governo superior ao nacional, isto é, não haverá uma troika. 
O que à primeira vista cria uma ideia de dois pesos e duas medidas. Pois países como Portugal, Irlanda e Grécia que já tiveram de recorrer a ajuda externa, têm vindo a implementar medidas de austeridade para controlar as contas públicas, e quem sai sempre prejudicado, pelo menos até à data, nos países que referi assim tem sido, é o cidadão mais comum, aquele que trabalha, ou melhor, que trabalhava. É por isso, de extrema importância conhecer os contornos desta ajuda acordada este mesmo fim de semana.
Por outro lado, uma outra ideia que cria é a de que os principais lideres europeus, e nomeadamente quem "desenha" estes memorandos, deve ter entendido, por cobaias como os países que estavam já sob financiamento externo, que medidas de austeridade por si só não ajuda a resolver os problemas, ou melhor, só os agrava, pois vejamos Portugal, pediu dinheiro supostamente para resolver uma crise, mas está a criar outra da qual não parece ter fim à vista, que é a da subida do desemprego e do recuo da produção e consequentemente da economia, e agora vê-se nesta posição, e a dever ainda mais dinheiro. Isto claro, para não falar na Grécia e já teve de adicionar mais pacotes de ajuda sob o primeiro. Dado isto, parece-me ser claro que depois de Hollande vencer, os conceitos crescimento económico e emprego entraram na rotina de quem decide politicamente. No entanto, o que este acordo parece ser (ainda não se sabe ao certo), é uma ajuda à banca para que esta possa fazer circular o dinheiro para apoiar as empresas e as familias, e não austeridade até agora conhecida, que só serviu para fazer com que a banca deixasse de fazer circular o dinheiro e consequentemente, criar falta de fundos a quem tem encargos ou para quem quer empreender...
Acho, como já referi, fulcral que se conheçam os parâmetros do acordo espanhol, até por uma questão de transparência, mas também, para saber qual o caminho que podemos adoptar numa renegociação do nosso próprio acordo!
É portanto com muito gosto, que como europeu que sou, e como português, vizinho de Espanha, que vejo uma nova política ser incrementada, no país para o qual saem a maior parte das exportações nacionais, com a qual me identifico. 
NOTA: É importante realçar que os conteúdos do acordo são desconhecidos  a esta altura. O que acabou de ser escrito, é a partir dos pressupostos referidos!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Um ano sem Sócrates

Uma ano após as eleições que derrotaram o PS de José Sócrates, não creio que viva num país em melhor estado, pelo contrário.

Durante este ano, senti o aumento da taxa moderadora quando tive de recorrer ao hospital, o aumento do IVA quando vou ao supermercado, vou sentir o aumento da propina no próximo ano lectivo, sinto bastante dificuldade em encontrar um part-time. Sinto principalmente que vivo num país em que as pessoas já não depositam esperanças. Em que se está a tornar um país de segundo ou mesmo de terceiro mundo, onde vemos loucura total com um dia de descontos num supermercado, onde a expectativa de trabalhar é nula, onde nunca se sabe se no dia seguinte, quem ainda trabalha, irá de facto trabalhar ou por sua vez deslocar-se para as filas extensas do centro de emprego, todos os dias, dezenas de casas são entregues ao banco pelas famílias. Foram inúmeros os dias em que comprei o jornal e a manchete era aumentos na despesa das famílias, como na luz e gás natural. Os funcionários públicos tiveram cortes salariais, corte no subsidio de férias e do 13º mês. Poderia continuar o resto do dia a relatar acções deste Governo que têm contribuído para a desmoralização das pessoas, mas não o vou fazer.

Até porque o meu objectivo com este texto, não é reflectir aquilo que tem vindo a ser feito por este executivo, mas sim, dizer o que para mim era o anterior primeiro-ministro.

José Sócrates era primeiro-ministro quando eu comecei a ver as noticias com olhos de ver, quando me comecei a interessar pelo que me rodeia, pela política.

O que me lembro deste primeiro-ministro é a postura que este adoptava! Mesmo em tempos difíceis, nunca desvalorizou o seu país, acreditou sempre no seu povo. O meu secundário foi feito na área de economia, e analisei os primeiros anos de governação e pude averiguar que seguia-mos o caminho de crescimento. Criação de emprego fazia parte da agenda política. Mas o que é de facto de realçar, a meu ver, era a visão futurista daquele que foi para mim, dos melhores políticos que Portugal teve até hoje. A aposta nas novas tecnologias, nas energias renováveis, programas como o simplex, a aposta no ensino superior e na inovação, na ciência, todas estas áreas, entre outras, foram o foco dos anteriores Governos.

Durante o meu ensino básico, tive a oportunidade de frequentar aulas de TIC (tecnologias de informação e comunicação). Durante o ensino básico e também secundário, estavam disponíveis aulas de apoio aos alunos que delas necessitassem. Já no secundário, adquiri este computador através do programa e-escola. Ao mesmo tempo, as crianças tinham escola a tempo inteiro, deixando de ser assim um encargo para os pais até à hora de saída do emprego, adquiriram também elas computadores através do programa e-escolinha, os famosos e exportados Magalhães.

Hoje, estudo na Universidade do Minho, em Braga, e todos os dias passo pelo centro de nanotecnologia, algo que seria impensável em 2005. O que demonstra que Portugal estava na linha da frente em tecnologia e inovação.

Lembro-me de nos noticiários se falar em exportações e em crescimento económico, mais, a sua última acção enquanto primeiro-ministro foi a apresentação de um PEC, a quarta versão. Para quem não sabe, estas iniciais significam Programa de Estabilidade e Crescimento. Enquanto José Sócrates foi primeiro-ministro, não tinha ouvido falar em austeridade, hoje, é ordem do dia!

Porém, não se fique a pensar com isto que era um mar de rosas. Portugal não escapou à crise mundial que despoletou em 2008 e principalmente a partir de 2010, as coisas foram realmente difíceis e de alguma contenção.

E como se costuma dizer, o melhor fica para o fim. E o melhor neste caso, é a meu ver a postura que adoptava, a sua retórica, a forma como se dirigia ao povo. Era para mim uma lição de como estar e falar num púlpito ver e ouvir um discurso de José Sócrates. Quando sabia que este iria debater, era certo que iria ver televisão, um verdadeiro "animal feroz".

Para finalizar, e tem que ver com este último ponto de que falei, a sua retórica, acabei de rever aquele que para mim foi dos melhores discursos políticos que tenho memoria. A postura a adoptar num momento de derrota num país democrático. O discurso efectuado na noite da derrota das eleições legislativas a 05-06-2011. Num momento de despedida de um cargo, que se ocupou durante 6 anos, com o melhor que sabia fazer. Disso, eu não tenho dúvida alguma!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Discurso de Cavaco Silva 25-04-2012

Acabei de escutar agora mesmo o discurso de Cavaco Silva na Assembleia da República. Na generalidade, um bom discurso, contudo, poderia ter falado um pouco mais para o país, e não só para o exterior...

Sei que estamos sob um memorando de entendimento com organizações estrangeiras, que temos os olhos de todo o mundo postos em nós, que temos de responder com mensagens de confiança e de esperança, de promover o nosso produto, as nossas gentes! E Cavaco fê-lo, de forma esplêndida. 
O Presidente da República direccionou o seu discurso para o exterior. Para que os estrangeiros e para que os que nos "têm na mão" vejam o que de melhor se tem feito nestes 38 anos de democracia, o que evoluímos e como o fizemos. Utilizou o acordo tripartido que vigora internamente para demonstrar que somos unidos, responsáveis, e que "está tudo bem". 


Porém, a dada altura e durante cerca de 1 ou 2 minutos dos 22 de intervenção, falou dos problemas existentes, dizendo que não estava a fazer aquele discurso para esconder os problemas com que os portugueses se deparam dia após dia.

Eu vejo-me como um positivista! Adoro discursos esperançosos, discursos que enalteçam aquilo a que pertenço, e hoje, o PR fez um em relação a Portugal. Ao promover o país, estava a tentar cativar investimento estrangeiro, que comprassem produtos nossos aumentando assim as exportações, e tudo aquilo que de bom trás uma promoção como esta...

Agora, a minha única questão remete-se para o porquê que no ano passado, com a pressão enorme dos mercados como a que estávamos, o PR não fez o mesmo? Preferiu pedir ao então Governo que tivesse em atenção aquilo que estava a pedir ao povo português e aos limites dos seus sacrifícios que estariam a ser atingidos. Hoje, passado um ano, a situação para os portugueses está muito mais precária, susceptível a insolvência (tanto particulares como empresas).

Eu sou um jovem estudante universitário, que tem um futuro pela frente, prospero espero, e em Portugal, também, mas se fosse um dos milhares de desempregados, não teria ficado muito contente por ter visto Cavaco no seu discurso se esquecer de "mim" e dos "meus" problemas. Caso fosse reformado, a situação seria igual...

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Presidenciais francesas (primeira volta)


Ontem, realizou-se em França a primeira volta das eleições presidenciais francesas. François Hollande foi o vencedor com 28,3% dos votos. Foi a primeira vez que um recandidato não vence as eleições em França.

Apesar de Hollande vencer Sarkozy, a surpresa esteve no resultado da candidata pela extrema-direita que obteve entre 18 a 20 por centos dos votos. O que, uma vez que não passou à segunda volta, podem os seu votos serem transferidos para o candidato da direita, Sarkozy. Porém, este mesmo resultado pode ter diferentes interpretações, pois poderá querer dizer que quem votou em Marine LePen se recuse votar no actual presidente. Este, devido principalmente à perda do rating de triplo AAA, durante a campanha viu a sua popularidade baixar de forma drástica ao ponto de ser o primeiro recandidato que não vence as eleições.
O candidato socialista já detém o apoio dos candidatos de esquerda (Mélenchon e Joly) para a segunda volta. O resultado desta noite não é visto como mérito para Hollande (talvez por ser pouco carismático) mas sim por desmérito de Sarkozy (devido ao seu nível de impopularidade). Contudo, o projecto do socialista é vista como alternativa credível ao agora aplicado e como uma mudança de políticas com um tom de esperança em toda a Europa em que de facto as coisas possam começar a ser diferentes!
As primeiras sondagens à segunda volta dão vantagem a Hollande sobre Sarkozy (54 contra 46 por cento).
De salientar ainda, e de fazer inveja também, que 80% dos eleitores se deslocaram ás urnas, o que demonstra bem o nível de democracia vivido em França. Para quem diz que o voto não é útil e que nunca muda nada, o dia de ontem pode ser visto como uma lição de que isso não é de todo verdade. Pois com a grande afluência ás urnas na primeira volta, e a confirmar-se a tendência na segunda volta (tanto a nível de sondagem que atribuí vitória a Hollande, como a afluência ás urnas), o voto é realmente útil e pode de facto mudar as coisas, neste caso em concreto, a Europa.

Austeridade em Espanha de Rajoy


O recém eleito Mariano Rajoy, pelo PP, tem vindo a adoptar medidas de austeridade. Apenas austeridade parece estar na agenda deste Governo (tal como os actuais Governos de direita em toda a Europa)

Desta vez, o executivo irá proceder a novos cortes na saúde e educação. De uma forma geral, os reformados passarão a pagar medicamentos e as universidades poderão aumentar em 50% o valor das propinas.
Na campanha, o candidato pelo PP prometeu que iria manter o poder de compra dos reformados apesar da crise. Até aqui, os espanhóis não pagavam para ir ao médico e apenas comparticipavam em pequena parte na aquisição dos medicamentos, com excepção aos reformados, que estavam isentos.
No que toca a educação, as universidades irão poder cobrar mais 50% do valor das propinas, isto é, dos actuais 1000€ anuais, passarão para 1500€, valores em média.
Com estas medidas, o Governo pretende poupar 10 mil milhões de euros anuais, e baixar assim o défice dos actuais 8,5% para os 5,3% em 2012. Mais uma vez, o défice e dívida pública prevalecem sobre a educação e saúde, os dois pilares de uma sociedade.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Presidenciais francesas ( a uma semana...)

Numa altura em que o candidato socialista François Hollande sobe nas sondagens para as presidenciais francesas, e o actual presidente Nicolas Sarkozy perde terreno, como socialista e como europeu, deixo aqui uma palavra de apoio e apelo a todos os envolventes nesta campanha para que volte a ser reposta a partir de França uma esperança num rumo diferente em toda a Europa, um rumo de crescimento económico e não de austeridade absoluta!
Segundo o jornal "i" , que se baseia no "Le Point", das quatro empresas de sondagens, duas dão vitória ao socialista com vantagem de 2,5%, as restantes atribuem vitória a Sarkozy, mas com apenas 1% e 1,5%. O que a uma semana da primeira volta, significa empate técnico com ligeira vantagem para o socialista. Já à segunda volta, as quatro são unânimes em colocar Hollande como vencedor a "grande distancia do presidente conservador".
Visto que a França é um dos motores da Europa, a par da Alemanha, penso ser fundamental estarmos atentos aos próximos desenvolvimentos das presidenciais, e ficarmos a torcer para que a Europa e os europeus deixem cair os conservadores de direita, que apenas vêm austeridade e "números" e não crescimento económico, a forma como este é atingido e as preocupações e necessidades dos seus cidadãos.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Semana Santa 2012...


Foi uma semana santa muito agitada, sem dúvida alguma.
A semana santa deste ano começou com muita agitação no maior partido de oposição (PS) e acabou com uma medida de austeridade just in time com o fim das reformas antecipadas... mas pelo meio podemos analisar o lapso do Governo ao anunciar que a suspensão dos subsídios seriam apenas de 2 anos e também a entrevista dada a um jornal alemão por parte de Passos Coelho. Durante toda a semana, ficou em suspense o "confronto" Marcelo - Seguro. Vamos por partes...
No domingo anterior ao da Páscoa, no seu comentário habitual na TVI, Marcelo classificou de "golpaça" a revisão estatutária que Seguro pretende implementar no PS, dizendo que este pretende alterar o tempo de mandato dos órgãos nacionais do partido de 2 para 4 anos, isto para afastar a sombra António Costa da sua liderança e assim ser o próprio a candidatar-se às legislativas de 2015. Seguro, que requereu direito de resposta à TVI e o fez logo no dia seguinte em directo, não gostou e afirmou ser "vil e miserável" o ataque que estava a ser alvo por parte do antigo líder do PSD.
Também a envolver o PS e a sua bancada parlamentar, vimos Pedro Nuno Santos demitir-se de vice-presidente por ter divergências políticas, a gota de água para o deputado foi a advertência feita a Isabel Moreira por esta quebrar a disciplina de voto.
Até esta semana o discurso de Passos Coelho e de Vítor Gaspar era de que Portugal não precisaria nem de mais tempo nem de mais dinheiro para cumprir todas as metas e assim regressar aos mercados em Setembro de 2013. Mas o curioso é que pela terceira avaliação da troika ao programa e forma de implementação do mesmo tem vindo a ser sempre positiva. Contudo e mesmo com medidas adicionais ao programa, os indicadores económicos não demonstram que as coisas estejam a correr bem, senão vejamos os valores da receita e da despesa que têm vindo a diminuir e aumentar respectivamente quando comparados com os do mesmo período do ano passado, os valores do desemprego que estão para além do previsto, a economia que se tem vindo a definhar... já para não falar do deficit orçamental de 2011 que foi artificial, à custa do fundo de pensões da banca. Perante tal insucesso aparente, de forma mitigada, o PM numa entrevista a um jornal alemão admitiu que Portugal precisará de um segundo resgate financeiro ao dizer que não sabe se teremos capacidade de voltar aos mercados na data prevista e que se caso seja necessário, continuaremos a contar com o apoio e ajuda da troika.
Algo que também se tem vindo a alterar desde o seu anúncio é a suspensão dos subsídios de férias e de natal para a função pública! Ninguém tem dúvidas de que foi dito e escrito que a suspensão vigorava ao mesmo tempo que o acordo, ou seja, durante 2012 e 2013. Mas ao que parece, segundo o PM a suspensão será também em 2014 e a sua reposição será de forma gradual e em 2015 apenas... A ideia de que os subsídios poderiam findar definitivamente começou com o ministro Miguel Relvas a dizer que nos países mais desenvolvidos (ex: Noruega, Holanda), estes não existiam. Peter Weiss durante esta semana disse que os portugueses poderiam não voltar a ter subsídios. E para contrariar, o Governo meteu os pés pelas mãos. Passos disse que isso não é verdade mas que só regressará de forma gradual e em 2015. O ministro das finanças no parlamento disse que será só durante o acordo, ou seja, até 2014 logo serão repostos em 2015 (parece-me trivial e inegável). Mas não o é, pois o acordo é apenas até 2013 e em outubro passado foi dito que seria suspenso apenas por dois anos. Também, não há problema, trata-se de um lapso [ironia].
Outro tema surpreendente esta semana, foi o fim das reformas antecipadas! A surpresa deste tema está na forma como foi anunciado. De forma a ter o efeito surpresa nas pessoas, uma vez que foi aprovado no Conselho se Ministros, promulgado pelo PR e publicado na véspera da sua entrada em vigor. Parece-me claro que existiu aqui uma violação de transparência dos actos governativos! Todo este secretismo deve-se ao facto de este Governo não confiar nas pessoas, em quem o elegeu. Assim, evitou que houvesse um número excessivo de pedidos de reforma antecipada. Uma vez que estamos a falar de algo que modifica por completo os projectos de muitas famílias, parece-me muito conveniente todo o povo analisar o comportamento dos intervenientes e tomar as devidas considerações.
O final da semana santa, foi no próprio domingo de Páscoa, com Marcelo a responder à resposta de Seguro lendo o artigo nº 117 dos estatutos do PS que dizem, de forma sucinta, que os estatutos apenas podem ser alterados em congresso ou pela comissão nacional, caso o congresso lhe tenha atribuído poderes para tal, de qualquer das formas, deve constar na ordem de trabalhos do congresso a revisão dos estatutos. Uma vez que no programa do congresso não estava implícito este ponto de trabalho, Marcelo diz ser ilegal a revisão estatutária neste momento.
Para finalizar e em jeito de conclusão, esta semana ficamos a saber que o nosso Governo tem um discurso em Portugal e outro no estrangeiro, que um líder de oposição responde a comentadores, sendo assim comentador de comentador, as medidas (quem mexem de forma significativa com a vida dos trabalhadores) em Portugal podem, com consentimento do PR ser preparadas e comunicadas apenas depois da sua promulgação e que o PM e o ministro das finanças se desencontram, e muito, no que diz respeito a comunicar as mesmas medidas aos portugueses.

terça-feira, 3 de abril de 2012

De medida extraordinária a medida permanente...

A medida inconstitucional aplicada por este Governo à função pública de cortar o 13º e 14º meses, foi apresentada como medida extraordinária e por motivos de emergência nacional...
Depois da sua apresentação, uma grande onda de contestação se levantou em todo o país, pois estavamos perante a retirada de um direito outrora adquirido! Alguns sectores públicos recorreram da decisão e venceram no tribunal europeu (ex: CTT).
Depois da terceira avaliação da aplicação do memorando de entendimento por parte da Troika, ficamos a saber que esta, que tem vindo a avaliar sempre de forma positiva o desempenho do Governo, mesmo depois do desemprego atingir valores elevadíssimos e que estão para além daquilo que seria esperado não descarta a possibilidade destes mesmos cortes passarem a ter caracter permanente!
Acho incrível, como aparentemente ainda não se deu conta de que esta medida seria para a função pública e para compensar no sector privado, seria aplicada mais meia hora de trabalho diário. Isto para que fossem todos a contribuir para a recuperação da situação de emergência nacional. Mas, o facto é que uma vez mais vai ser apenas o público a ser prejudicado, é que segundo o acordo de consertação social com os parceiros sociais deste Governo, a medida aplicada ao privado caiu, já para o público, e como seria de esperar, permaneceu... Sem dúvida, equidade e justiça social!
Daqui podemos retirar duas conclusões. Primeira, os trabalhadores não são tidas em conta para as avaliações da Troika mas sim quem detém o dinheiro, isto porque apenas temos assistido a privatizações e a subida de desemprego, e mesmo assim as avaliações são positivas. Segunda é que não vale de nada nos regermos pela Constituição, ora se de lá se pode retirar ao tabalhadores direitos e se ficar em pune...
Algo de grave se passa, pois se as políticas são feitas para as pessoas, é nelas que temos de pensar, não podemos retirar assim os direitos que elas próprias conquistaram!

terça-feira, 20 de março de 2012

Inícios de primavera...

Hoje começa a primavera!
A última não deixou grandes saudades, pois três dias após o seu inicio, iniciava-se uma crise política com a demissão do então Primeiro-Ministro José Sócrates.
E a deste ano não parece começar muito melhor. Foi hoje divulgado a execução orçamental relativa ao mês de fevereiro, e ao que parece, aquém das expectativas...
Pelos vistos, a despesa cresceu 3,5 % face ao mesmo período do ano anterior, enquanto a receita diminuiu 4,3 %. Com tantos cortes, desde subsídios de férias, diminuição de salários, aumentos de IVA, cortes em prestações sociais, aumentos de taxas moderadoras, entre outras medidas de austeridade, os números continuam a revelar uma situação de insustentabilidade económica.
Logo após as eleições, recordo-me de que o actual PM (Passos Coelho) ter alterado o seu bilhete de viagem para Bruxelas para classe económica em vez de executivo, claramente para impressionar, pois os males da dívida pública não estava com certeza na diferença de preço daquele bilhete. Mas menos de um ano depois, sabe-se que este executivo, no mês de fevereiro gastou mais do que o executivo liderado por José Sócrates, muito criticado na campanha eleitoral devido precisamente à despesa do Estado. E não é que quem o mais criticava, está a fazer pior?
Para quem queria "emagrecer o Estado e torná-lo mais eficiente", este Governo deixa algo a desejar...
E muito sinceramente, espero que os sacrifícios que estão a ser pedidos aos portugueses não estejam a ser em vão!

terça-feira, 13 de março de 2012

Primeiro membro do Governo a cair...


Henrique Gomes, este é o nome do primeiro membro do Governo a cair...
Li dois artigos, ambos no ionline (reacções de Basílio Horta e de Jerónimo Sousa), e ambos dizem que esta demissão tem que ver com os interesses daqueles que detêm poder económico no nosso país.
Basílio Horta: "bateu-se contra interesses instalados e perdeu"
Jerónimo Sousa: "determinação" em "servir interesses do capital"
É preocupante ser governado por indivíduos que têm vindo a liberalizar a nossa economia, destruir o estado social e defender os interesses daqueles que têm poder económico em detrimento dos mais desfavorecidos.
Actualmente estamos sob um memorando de entendimento, no qual estão implícitas reformas na área da energia. Mais concretamente, reformas moralizadoras e que negociassem alguns preços e lucros excessivos. Ao que parece, foi o que o agora ex secretário de Estado tentou fazer, mas não conseguiu.
É incrível como um membro do Governo tenta executar algo que tem de o fazer para cumprir com os objectivos do próprio Governo, e quando tenta fazê-lo não consegue. Demitiu-se pois, por falta de solidariedade dos restantes membros, nomeadamente do ministro da economia.
Com esta situação, ficamos também a saber que com este Governo, devem prevalecer os interesses económicos e não os interesses públicos!
Não creio que este seja o caminho certo para o nosso país, para os nossos cidadãos, para o nosso povo.
De salientar dois aspectos, o director da ERSE Artur Trindade, e o outro aspecto é o motivo apresentado por Henrique Gomes para a sua demissão ter sido de índole pessoal (como é habitual...).

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Alguma coisa de muito grave se passa...


Alguma coisa de muito grave se passa!
Das duas uma, ou na comunicação social ou na justiça...na pior das hipóteses, nas duas áreas!
Hoje no meu trajecto para a faculdade ouvi via rádio a locutora no noticiário dizer que Afonso Dias iria ser condenado por ser o arguido no processo do desaparecimento de Rui Pedro (histórico caso português), pois segundo o que ouvi de manhã, "não parecem existir dúvidas algumas acerca da sua envolvência no desaparecimento do jovem e será condenado por tal hoje...".
Uma vez que foi a última notícia que tinha ouvido antes de entrar na faculdade, não dei outra importância senão aquela que este caso tem para qualquer cidadão que quer ver casos como estes serem resolvidos com celeridade. Eis que senão quando chego a casa, e a notícia a passar ainda em roda pé em alguns canais e noutros já em directo de Lousada (junto ao tribunal onde se realizou o julgamento), Afonso Dias acabara de ser absolvido por falta de provas (deixo o link da notícia)!!!
Ora bem, ou a comunicação social tem mais cuidado com as notícias que avança, ou então na justiça alguma coisa não funcionou! De não existirem dúvidas algumas, passamos a ter a mesma pessoa absolvida! Estamos a falar de um suposto crime ocorrido já a alguns anos, que tem sido alvo de diversas investigações, reviravoltas, entre outras polémicas e claro, muito mediatismo à mistura!
Algum dia casos como este e outros vão ter resolução em tempo apropriado? Espero sinceramente que sim...

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Resposta peremptória do PS


Numa resposta peremptória por parte do maior partido da oposição, o secretário-geral do PS convocou para o mesmo dia em que se soube que a taxa de desemprego atingiu os 14%, uma reunião de emergência do secretariado nacional para analisar a situação nacional. Depois do comunicado que António José Seguro fez pouco mais há a acrescentar, apenas vou destacar algumas frases! (http://ht.ly/97rBa)
"O custe o que custar do primeiro-ministro levou Portugal para a maior taxa de desemprego de sempre, o custe o que custar do primeiro-ministro levou Portugal para o maior crescimento de sempre do desemprego num só trimestre e levou a que nos últimos seis meses mais de 96 mil portugueses tenham perdido o seu emprego"
"O PS, perante este flagelo não se resigna, não baixa os braços, é mesmo caso para dizer que custe o que custar, o PS não baixará os braços para lutar contra este flagelo social"
"reuniu cerca de 18 vezes desde que a crise mundial surgiu e durante esses 18 conselhos, que considerou sempre serem os decisivos, nunca encontrou respostas eficazes para estes problemas, pelo contrário, foram-se agravando"
"Não somos uma oposição de protesto, do bota abaixo, somos uma oposição responsável, que olha para os problemas, denuncia-os, explica que o caminho que o Governo escolheu é errado e que apresenta medidas que podem ser aplicadas de imediato"
Nestas quatro citações, demonstram bem aquilo que tem sido o papel da Europa perante a crise, aquilo que tem sido o resultado da austeridade obsessiva do Governo e também aquilo que o PS representa e significa para o panorama nacional!
Fossem todas as oposições, tanto a nível histórico nacional, como internacional e também da actualidade e acredito que metade das crises se teriam evitado, metade das guerras e conflitos não fariam parte da nossa história, milhões de pessoas não teriam morrido...o mundo seria melhor!

Existem coincidências? Ou traz água no bico?

Existem coincidências? Ou traz água no bico?
Já depois de ter saído da sua residência oficial em Belém para se dirigir a escola António Arroio, e haver uma testemunha (vi-a na TVI 24) bem preto da escola (outro lado da rua) ter visto uma comitiva passar "para cima, chegaram a rotunda e voltaram para baixo" , o Presidente da República acabou mesmo por não ter ido visitar a escola por "um impedimento".
As coincidências aqui podem ser duas. Primeiro, a comitiva que a testemunha viu passar para cima e para baixo (4 carros pretos e com polícia a acompanhar) não ser o Presidente da República. Ou então a coincidência maior ser o impedimento ter surgido pelo caminho para a escola, onde havia uma manifestação dos alunos a espera de Cavaco Silva!
De qualquer forma, eu vejo tristeza nesta situação! É que se caso é coincidência o PR não ter ido visitar escola, vejo com tristeza o facto dos alunos terem preparado uma manifestação em vão. Caso o impedimento seja fictício e apenas um motivo para não ter enfrentado os alunos, para além de ver com tristeza, vejo com vergonha a atitude do PR. O Presidente da República não se pode esquecer que representa todos, mas todos os cidadãos portugueses. Tem o dever de pelo menos ouvir aquilo que são os anseios de todos. Mesmo que por via da manifestação! E não é passando um pano sobre a situação, ignorando, fazendo de conta que nada acontece, que se resolvem os problemas do país, mas sim dando a cara e através do diálogo!

NOTA: É bom de salientar que, aparentemente, não existiam objectos cortantes nem armas na manifestação. Aparentemente era um protesto "pacifico" por parte dos alunos.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

1º Dia mundial da rádio


Hoje celebra-se o primeiro dia mundial da rádio! Não quero deixar passar esta data despercebida, pois considero a rádio como um dos meios de informação mais importantes existentes! É um instrumento que nos acompanha dia-a-dia de tal forma que nós muitas vezes nem nos apercebemos que lá está e que tem para nós a importância que tem!
É importante relembrar que antes de chegar a televisão,chegou a rádio. As informações via rádio, chegam-nos mais rapidamente aos ouvidos do que todo o trabalho televisivo que ainda acresce a imagem!
Para além de tudo o que já disse, para nós portugueses, a rádio tem uma outra importância! Tem que ver com a liberdade, convém não nos esquecermos que a senha no dia 25 de Abril, musica de Zeca Afonso, foi através da rádio! Isto é, a rádio foi o instrumento chave para que hoje se viva em Portugal em liberdade.
Sendo certo também que com as novas tecnologias, tanto a rádio como os jornais (em formato papel, físico) têm vivido sob constante ameaça de findarem! A meu ver, tanto pela história e importância destes meios de comunicação, creio que nunca irão acabar verdadeiramente!
Como aluno universitário, congratulo todas aquelas rádios escolares tanto a nível básico. secundário e universitário. São muitas vezes meios para que alunos mais inibidos se exporem mais, são projectos interessantes que valem a pena acompanhar e participar se possível. Também de realçar todas aquelas rádios que promovem as regiões. E como é óbvio, uma palavra também para as rádios de relevo nacional, que tanto têm feito pela musica nacional e debate público!
E para "musificar" este texto, nada melhor do que a musica que ouvi hoje na "rfm" que demonstra a importância, história e situação actual da rádio, vale a pena ouvir (http://www.youtube.com/watch?v=1bA4KbefGOA)!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Papel de Seguro


Pegando na notícia publicada via online pelo jornal "Destak":

""Quero que portugueses saibam que há limitações na atividade como líder da oposição porque honro o memorando" -- Seguro

09 | 02 | 2012 22.30H

O secretário-geral do PS afirmou hoje que existem "limitações" à sua atuação enquanto "líder da oposição" por "honrar o memorando" assinado com a 'troika', defendendo que um líder político deve "olhar para os interesses do país".

"Aquilo que eu quero é que os portugueses saibam que há limitações na minha atividade como líder da oposição porque eu honro o memorando, porque é importante honrar os compromissos que o Estado português assina", afirmou António José Seguro.

Em entrevista à RTP, o líder do PS disse querer "explicar aos portugueses qual é o espaço político que o PS" e ele próprio em particular têm "para fazer oposição" ao Governo PSD/CDS-PP."


Aqui está a resposta a todos aqueles que têm vindo a criticar a actuação do actual secretário-geral do Partido Socialista.
A meu ver, este líder da oposição tem tido um papel relevante naquilo que é evitar uma crise política inútil. Quem tem a oportunidade de escolher os governantes, é o povo através do voto, e esse, escolheu atribuir vitória ao PSD que formou coligação de maioria absoluta com o CDS.
No próprio dia, o até então Primeiro-Ministro e candidato derrotado à eleição, José Sócrates, demitiu-se. Marcadas eleições, os militantes do PS escolheram António José Seguro. Este secretário-geral optou pelo caminho do diálogo, da negociação, da reflexão, e não do radicalismo da oposição, oposição inconsciente, que desprestigie a imagem do país. Não, já que tomou conta de um lugar ao qual sabe que está com acção limitada, à que fazê-lo de forma digna.
Já que a bancada parlamentar não foi escolhida por ele, o PS assinou um memorando de entendimento ao qual ele não concorda com certas(quase todas) medidas, à que optar pela responsabilização política e alternativa credível a longo prazo, o chamado "arrumar a casa" em linguagem simples, uma vez que estamos sob maioria absoluta e à priori não teremos alterações a esse nível nos próximos 4 anos!
Por isso, o caminho, é não seguir o exemplo grego! Mas sim de oposição consciente e responsável!