terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Boas entradas



O ano de 2013 foi sobretudo, um ano atípico.

Pessoalmente, foi um ano com marcos importantes de que fiz questão de ir partilhando com vocês (leitores do PNP).
Quem me conhece, ou pelo menos teve a curiosidade de escrutinar um pouco aquilo que torno público sobre a minha pessoa, sabe que foi um ano bom, não me posso queixar. Fui eleito presidente do CEAP, fui promovido na junior empresa YME para director recursos humanos, academicamente acompanhou também a tendência.
Espero que 2014 traga tanto de bom como este ano me ofereceu.

Mas houve um aspecto que alterou muito do meu dia-a-dia, falo claro do PNP e da sua ascensão. Quando este ano começou, contava com cerca de 1000 visitas, actualmente, são já mais de 8500 as visitas que o blog teve! Tudo isto, graças a vocês que têm seguido aquilo que tenho escrito. Aproveito já para agradecer esse facto.

Quanto ao que se foi passando, os grandes eventos, as grandes alterações quer politicas quer sociais, são relatadas hoje em dia por todos os media, tornando assim escusado que o faça também.

Gostaria apenas de salientar que, o próximo ano irá começar mais pobre do que este, pelo facto de um dos símbolos da liberdade ter adormecido eternamente, Nelson Mandela claro está. Aproveito a deixa para apelar desde já ao voto, para exercerem o direito que a democracia confere, nas eleições europeias em maio.

Mas a simpatia que tenho por vocês não se fica por um obrigado, mas antes pela promessa de continuar a escrever para que possam continuar a ler o PNP, o mais actualizado possível.

Bom 2014 a todos, cheio de projectos e actividades.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Como é que se explica?



Cada vez mais, estamos mais baralhados... Afinal, o programa está a resultar ou está a ser um redondo falhanço?  O Governo português é um bom ou mau aluno? 2013 foi o ano em que as contas se endireitaram ou isso é só para o próximo ano? Por onde podemos realmente ver se estamos a melhorar ou piorar?

Enfim, poderia colocar muitas mais questões, que por muitos dias que passem, não encontraremos respostas claras e fáceis.
A meu ver, e pela qualidade de vida das pessoas, e não por meras estatísticas que são elaboradas num gabinete algures.

Ontem, foram divulgados novos valores pelo INE que nos indicam o seguinte: o "enorme aumento de impostos", apenas nos fizeram recuar 0.2 % do défice. Mais uma pergunta surge, é bom ou muito pouco?

Mas não vou entrar em pormenores técnicos, até porque é fácil justificar, basta cada vez mais pessoas estarem dependentes do Estado pelo subsídio de desemprego ou outros meios, outro argumento é quem está na idade activa ir para o estrangeiro, enfim, ainda mais motivos podemos argumentar...

Mas o que me leva a escrever este artigo é a reacção que tive quando vi a notícia: como é que se explica ao cidadão comum, ao contribuinte que cada vez mais desconta, ao funcionário público que cada vez mais trabalho por um preço cada vez mais barato, ao pensionista e reformado, que hoje não tem o que lhe foi prometido, enfim, a todos em geral, como é que se explica que cada vez mais o cinto está mais apertado, e não vemos melhorias significativas. 
Cada vez mais acredito nas últimas declarações de Mário Soares quando afirma que o povo está saturado e pode-se revoltar. Basta olharmos para a AR, que tem deixado de ser o local de debate construtivo deste país por causa das ideologias desta maioria, e tem dado lugar a um palco de contestação.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A oeste, mais do mesmo



Esta noite, numa entrevista concedida à TVI/TSF, Pedro Passos Coelho disse que o Governo não precisa do PS para negociar o programa cautelar, por ter legitimada para o fazer sozinho. 
Eu até admito que sim, que seja verdade, outrora (na data das eleições e até pouco mais à frente) tinha a confiança dos portugueses, mas isso hoje não se verifica. Porém, o mandato do Governo é de 4 anos, e este goza de uma maioria absoluta, por isso, em termos teóricos não deixa de ser verdade e pode realmente fazê-lo.
O que a meu ver até pode não ser mau de todo. Todos nós sabemos, e todos nós nos recordamos que o Governo muitas vezes "vai além da troika", como o próprio Passos Coelho o dizia no início do seu mandato. Quer isto dizer que até poderia ser benéfico para os portugueses não ficarem completamente entregues a este executivo.

Nos últimos meses, têm-se multiplicado as declarações a afirmarem que este programa foi mal desenhado e que houveram grandes erros de previsão. O nosso Primeiro-Ministro até tem compactuado e ele próprio diz que está mal calibrado. Mas há um grande problema, enquanto todos reconhecem ser um programa com demasiada austeridade, o líder do PSD dá a entender que ainda quer mais.

Entre um programa cautelar e um segundo resgate, prefiro a primeira hipótese claro, mas entre o programa cautelar e ter tido um Governo competente, já prefiro o segundo!

Tal como Manuela Ferreira Leite, também não consigo associar a palavra sucesso a esta execução do entendimento. Tenho-o feito sempre que existe uma nova avaliação em que dá nota positiva, aponta graves erros na execução e consequentemente atribui nova tranche de verbas. A ex líder do PSD diz mesmo que o sucesso não se vê pelos objectivos atingidos nem pelas consequências não serem trágicas, mas sim pelos resultados que as políticas produzem, e estes resultados não são bons.

Já os partidos mais à esquerda do espectro político português criticam a entrevista, dizendo que o PM passou à margem da dureza do dia-a-dia dos seu povo (Bloco de Esquerda) e também que não tem governado para os portugueses mas sim para os mercados e interesses financeiro (PCP).

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A história constrói-se... assim



Barack Obama e Nelson Mandela, serão para sempre, dois líderes excepcionais e ícones mundiais!

O motivo pelo qual qualquer um deles atingiu tal estatuto na minha consciência, é quase escusado dizê-lo. A vida de Madiba tem sido demasiado escrutinada nos últimos dias para eu fazer o mesmo. E aliás, eu não teria na verdade nada de relevante a acrescentar, a não ser o que escrevi no último artigo (http://pnpopiniao.blogspot.pt/2013/12/um-enorme-legado.html).

Mas Obama, é cada vez mais um exemplo para mim! E não me refiro apenas à política, onde o admiro muito, mas como ser humano mesmo. Depois de ter escrito sobre as suas acções que justificam o Nobel que ganhou (http://pnpopiniao.blogspot.pt/2013/11/a-justificar-o-nobel.html), não posso deixar de fazer um "update" das suas atitudes. Hoje, voltou a fazer história.

Chegaria para mim, ter enaltecido a vida do pai da liberdade como o fez, e passo a citar: "Deixemos que Mandela continue a mostrar-nos que o impossível só é impossivel até ser concretizado. Ele ensinou-nos que podemos escolher o mundo em que vivemos." É sem dúvida, este o caminho a seguir, acolher aplicando, os ensinamentos daquele que é ímpar na história mundial.
Mas bastaria também, o simples aperto de mão a Raul Castro. Os dois maiores representantes destes dois países não o faziam desde 1959, e desde então, temos assistido a uma grande luta entre ambos. A partir de hoje, temos a certeza que haverá muito mais esperança, e que esta se traduzirá em paz.

No entanto, e é isto que marca pessoas como Barack Obama, é compilar estas duas atitudes, num só dia! E esse dia foi hoje.

É merecido terminar com dois obrigados, um a Mandela por tudo o que foi, e outro a Obama por tudo o que é!

domingo, 8 de dezembro de 2013

Um enorme legado



Já se passaram uma 72 horas desde que soube da sua morte, e para ser franco, ainda nem me acredito bem... Mas é certo que Nelson Mandela fará muita falta as gerações futuras, e que acima de tudo, deixa um enorme legado!

Porem, nos últimos meses, multiplicaram-se as suas biografias, os documentários sobre a sua vida e mensagens de agradecimento por tudo o que fez pelos cidadãos do mundo inteiro.

Não vou fazer fazer o mesmo, mas antes retribuir utilizando aquilo pelo que lutou, a liberdade de viver e me expressar da forma que entendo, sem por isso ser recriminado. O PNP existe muito por sua culpa, obrigado por isso!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Uma questão de milhões de euros?



O presidente da Cáritas disse numa entrevista que o Estado recebeu muitos milhões de euros com a campanha do Banco Alimentar que decorreu este fim de semana. Mas isso é óbvio que o fez. A sugestão de Eugénio Fonseca é que o Estado abdique do IVA nos produtos neste tipo de iniciativas.

Como todos sabem, tenho tido uma postura bastante activa neste domínio, principalmente no Banco Alimentar que pela quarta vez consecutiva, estive como chefe de equipa na recolha de alimentos num hipermercado, e por isso, sei como funciona, parcialmente, a logística da campanha.

Acontece que, realmente, alguns cidadão defendem esta mesma teoria. Mas, é algo que eu acho que não deveria acontecer! Vejamos porque. Eu entendo aqueles que criticam este tipo de campanhas por vários argumentos que apresentam, sendo até todos eles válidos, como são exemplo esta tese de o Estado ganhar com o IVA, de os hipermercados que aderirem ganham porque são produtos que não seriam vendidos, enfim, entre outros, estes são os principais.

No entanto, quem actua no terreno, sabe que não seria controlável, isto porque um cidadão, contribui para o Banco Alimentar oferecendo um produto alimentar depois de o ter pago, o que geralmente acontece ao mesmo tempo que paga os outros produtos, para seu próprio uso. Agora deixo aqui uma questão: Como é que se iria controlar para taxar apenas os produtos que são oferecidos?

Existe uma solução sim, "deixando" que o valor destes produtos oferecidos entrem como despesas no IRS. Em primeiro lugar, afastaria muitos da intenção de ajudar, porque desta forma, os voluntários teriam de passar um comprovativo, o que demoraria muito tempo, e em segundo lugar, daria azo a aproveitamento.

Dado isto, proponho o seguinte: Deixem estar como está, porque está bem! É certo que o Estado ganha, é certo que Belmiro Azevedo, Jerónimo Martins e afins também ganharam, mas muitos cidadãos carenciados também estão a beneficiar, todos os dias. E é este, o motivo que me move de seis em seis meses, a passar 12 horas de pé, e a angariar voluntários para o mesmo efeito.

Para terminar, no dia após um evento desta dimensão, a preocupação do Presidente da Cáritas é que o Estado ganhou dinheiro com a recolha? A mim preocupa-me mais as pessoas que precisam destes alimentos para sobreviver...