quinta-feira, 25 de abril de 2013

Abril dos nossos dias



Penso que já todos sabemos o que é o 25 de Abril, o que ele representa e como foi este dia em 1974. Já muito se falou e se tem falado da revolução dos cravos, contando-se todas as histórias possíveis acerca desse dia, que a meu ver, foi o mais importante do nosso país.

Mas este ano esta data foi comemorada de forma diferente. Não falo pela Assembleia da Republica mas sim pelo povo, não falo também da data em específico mas sim ao longo do ano. Foi certamente o ano em que mais se recordou a data, pelos maus motivos é certo, mas foi muito recordada. Chegou-se mesmo a banalizar a senha utilizada à 39 anos atrás, o Grândola Vila Morena.

Não vivi o 25 de Abril em 1974, mas sei o seu significado e muito o respeito, mas respeito-o todos os dias, e não me fico apelas por uma musica, mas sim pelo usufruto da democracia, através da participação activa. Esta é sem dúvida a melhor forma, de todos os dias, celebrar a liberdade.

Escrevo este artigo ao som de "parva que sou" dos Deolinda, que são nada mais nada menos que o Zeca Afonso dos nossos dias.

Termino deixando um apelo, vivam a democracia de forma activa e responsável, pois é a melhor coisa que nós temos, a liberdade.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Casamento gay na França



Hoje foi dado mais um passo rumo a igualdade naquele que é o país ou um dos países de referência no que diz respeito do direito.

Foi aprovado o casamento homossexual, tal como já tinha acontecido em Portugal, no entanto e de uma forma muito simples "ultrapassam" o nosso país no que concerne a modernização legislativa e permite "necessariamente" a adopção por parte deste casal. Neste ponto, os portugueses são ainda muito cépticos.

Esta lei encerra assim meses de contestação social que levou a várias manifestações por toda a França contra a sua aprovação, sente-se cada vez mais o peso de um presidente socialista neste país!
A lei foi aprovada com 331 votos a favor e 225 contra, demonstrando assim que foi de forma categórica.

Para melhor expressar o quão avançado acaba por ser este país em relação ao nosso, um dos pontos da presente lei é: " A abertura do casamento a pessoas do mesmo sexo autoriza necessariamente a adopção, seja a adopção conjunta ou apenas por parte de um dos esposos."
Para quando Portugal fazer leis completas também?

Seja como for, congratulo a França por uma vez mais estar na linha da frente nos direitos sociais. Um importante passo para a igualdade que se pretende em todo o mundo, mas principalmente na União Europeia.

Um verdadeiro líder amigo



Existem pessoas que nos marcam para a vida. Tenho apenas 21 anos mas tenho já pelo menos uma mão cheia de pessoas com quem tive o prazer de me cruzar e com quem pude aprender imenso.

As minhas vivências ao longo destes anos têm trazido muitas capacidades à minha personalidade, e a liderança é uma delas.
Falo de liderança porque faz hoje 3 anos que tomou posse um dos melhores líderes que conheço, alguém que muito contribuiu para o meu presente e que contribuirá para o meu futuro sem dúvida alguma. A escolha da minha licenciatura, a minha postura política, as minhas opções de grande relevância social, entre conselhos pessoais, passam na maioria das vezes pelo conhecimento e aconselhamento dessa pessoa, desse líder.

É alguém que se move por causas, que aprende com os outros mas essencialmente que cria oportunidades aqueles que o rodeiam de se evidenciarem, trabalha e dedica-se em prol da juventude e da sua comunidade.

Muito mais poderia aqui escrever sobre ele, mas considero o nosso dicionário bastante limitado para o fazer. Dado isto finalizo apenas agradecendo aquilo que em diversos momentos tem significado para mim e me tem ajudado sempre de forma construtiva.

Quem com ele tem trabalhado sabe do que falo certamente, e a vocês deixo um conselho amigo, estimem-no, não existem neste mundo muitas réplicas...

NOTA RELEVANTE: o seu nome é Fábio Faria.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Fernando Alexandre novo secretário de Estado



Sou aluno de Administração Pública da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho e desde que aqui entrei me sinto orgulhoso por a esta comunidade pertencer, daí toda a minha actividade que tenho vindo a desenvolver. No entanto, existem momentos que nos deixam cada vez mais orgulhosos. 

Esta escola tem vindo a ser cada vez mais prestigiada no últimos anos, quem anda atento sabe que a EEG tem vindo a apostar na excelência e eficiência, na qualidade. E hoje houve mais uma prova disso mesmo, foi nomeado para este Governo, cargo de secretário de Estado adjunto da administração interna o presidente do conselho pedagógico desta mesma escola, onde é também professor e vice-presidente.
É por isso que hoje deixo aqui publicamente esta nota de felicitação pela sua nomeação e enquanto aluno e também presidente do Centro de Estudos de Administração Pública também da EEG me sinto orgulhoso.

Quer se concorde ou não com as acções do actual Governo, ou mesmo com a forma de trabalhar de Fernando Alexandre, é sem dúvida prestigioso ver alguém atingir tal patamar. Deste modo, deixo uma vez mais aqui os meus mais sinceros parabéns e votos de um excelente trabalho, que estou certo de que irá prestigiar e orgulhar esta instituição.

Boa sorte

domingo, 21 de abril de 2013

Fórum empreendedorismo e inovação



Este fim de semana marquei presença, em conjunto com mais 4 amigos a representar o CEAP no fórum de empreendedorismo e inovação que se realizou no Porto entre associações juvenis do norte de Portugal e da Galiza.

Uma experiência que sem dúvida é para repetir. Ver responsáveis da sociedade civil e da política discutirem com os jovens aquilo que deve ser o papel das associações na vida dos jovens é sem dúvida interessante, participar ainda o é mais.

Assistimos a bons momentos de discussão, dúvidas pertinentes, ideias inovadoras e programas empreendedores. A confraternização com os nossos vizinhos galegos foi também gratificante. No entanto, e escrevo este breve artigo para partilhar convosco aquilo que acredito que pode ser o futuro de muitos, ou pelo menos devemos ficar atentos ao que é feito nesta vertente.

O RNAJ tem vindo a desenvolver junto do IPDJ e do Governo programas de incentivo ao empreendedorismo nas vertentes áreas, não sendo esta hoje em dia esta uma barreira para quem tem vontade de fazer algo. De onde retiro uma frase dita que é a seguinte: "Não procurem um emprego, procurem ser úteis para a sociedade".
Gostava ainda de salientar alguns programas de incentivo para que possam pesquisar e ver no que vos pode ser útil e se se adequam ás vossas expectativas, são eles:
Empreende já
Inova
Finicia
Passaporte do empreendedorismo

E como eu não tenho problema algum de dizer o que acho que de bom é feito por este Governo (tal como já o fiz) apenas por não ser de nenhum dos partidos que o compõem, gostei de ouvir Emídio Guerreiro, novo secretário de estado do desporto e juventude. Veremos se passará das palavras, mas uma grande expectativa existe neste momento.
Outro orador que gostei de ouvir foi Júlio Oliveira, o presidente da RNAJ e que muito tem feito pelas associações juvenis e muita importância dá aos dirigentes associativos e ao seu trabalho.

Para finalizar, cito uma outra frase que registei e com a qual gostava que ficassem a pensar: "Se queres ir depressa vai sozinho, se queres ir longe junta-te aos outros"

sexta-feira, 19 de abril de 2013

40 anos de PS




O partido socialista está hoje de parabéns, são já 40 anos da sua existência!

É sabido se não por todos, pelo menos por muitos que sou um jovem que defende as ideias base que sustentam o chamado Partido Socialista.

Este partido em muito contribuiu para a implementação da democracia e ajudou, sendo fundamental para que o nosso país não caísse no radicalismo comunista que caracteriza (e mais nos anos 70) o PCP. É um partido que já viveu grandes vitórias e que sabe qual o sabor da derrota, já conquistou maiorias absolutas e Presidentes da República, tem peso nas autarquias, conta com eurodeputados, entre outros feitos... é por isto um partido com experiência.
Eu apenas tenho um pouco mais do que metade da idade daquele partido com o qual me identifico, mas nunca li nem ouvi dizer que o PS tenha sido alguma vez radical, num na sua história fugiu às suas responsabilidades e sempre encarou a oposição não de forma destrutiva mas sim de forma responsável e promovendo o diálogo democrático.

No entanto, e como qualquer organização tem na sua história pontos altos e pontos baixos. É evidente que coisas extraordinárias já fez por Portugal e certamente que erros já cometeu, pois só acontece a quem tem coragem de enfrentar os problemas, de dar a cara e de se sacrificar em nome de um projecto, de ideias, de um país...

Se não toda, grande parte da sua existência e experiência para além da sua ideologia deve-se a um homem, Mário Soares, que em momento oportuno apercebeu que Portugal precisava do socialismo e assim fundou o PS.

Muito poderia aqui escrever sobre o Partido Socialista, mas não me parece que seja necessário, para além de vasta informação esta acessível, a sua obra está à vista de todos.

É certo também que ainda não sou militante do PS, por apenas ainda não achar que tenha chegado o momento, mas sou orgulhosamente militante da juventude que a meu ver melhor defende os meus interesses enquanto jovem, falo claro está da Juventude Socialista que tem um enorme líder, João Torres e muitos dirigentes de grande categoria espelhados pelo país e com quem tive e tenho o prazer de me cruzar ao longo da minha.

Venham mais 40 anos desta organização ao serviço de Portugal.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

FAJNP - Uma nova fase

Ontem tomei posse como secretário da mesa da assembleia geral da Federação de Associações Juvenis do Norte de Portugal - FAJNP. Uma federação que pretende a interacção entre as associações do norte do nosso país, uma região que tem caído no esquecimento do poder central.

Neste sentido, o papel que pretendo desempenhar neste novo cargo, é o de colaborar naquilo que me for possível para que o papel dos jovens e das associações do norte seja cada vez mais valorizado e cada vez mais demonstrar o desagrado do rumo que Portugal tem vindo a tomar graças ao centralismo existente e de forma a impulsionar as iniciativas que estes pretendem implementar.

Esta federação, recentemente criada quer criar laços que fazem falta para o trabalho conjunto, passar das palavras à pratica. É uma nova fase desta vida associativa que tenho vindo a levar a cabo e paralelamente à vida académica. No entanto, com o sentido de responsabilidade que tem vindo a ser característica do meu trabalho e não descurando daquilo que tenho vindo a assumir.

A vida é feita de projectos, e este é mais que quero abraçar e dedicar.

Vergonha americana



“É um dia de vergonha para Washington”, disse Obama em conferência de imprensa, prometendo aos americanos que “mais cedo ou mais tarde, está lei passará”.

Hoje foi chumbado pelo senado americano a lei que previa o alargamento da verificação dos antecedentes criminais na venda de armas, ou seja, por outras palavras, uma lei que limitava de certo modo o acesso a equipamento deste carácter!

Desde que me lembro, é alvo de chacota em Portugal o facto de nos EUA se puder usar arma antes de se puder conduzir, chegam com frequência notícias de tiroteios em escolas... o que me remota aliás à minha infância, quando jogava o mítico GTA...

O que aconteceu hoje foi muito mais do que apenas uma rejeição pelo senado, está inerente a este chumbo leituras políticas muito relevantes, onde podemos ler que existem grupos de interesses fortes e com grande influência junto do poder político, mais do que o próprio presidente Barack Obama. Neste caso em concreto é repugnante por estarem em risco vidas. 

No entanto, é de admirar a determinação nas palavras do presidente, quer a afirmar que é uma vergonha para os responsáveis e que mais dia menos dia, a vontade da população será levada avante e que vencerá a força das elites interessadas neste sistema!


segunda-feira, 15 de abril de 2013

Tínhamos mesmo de chegar a isto?



Teodora Cardoso, que para muitos é desconhecida, é a presidente do Conselho de Finanças Pública e disse que o caminho da austeridade era necessário mas que não deveria ter sido cego.

Todos nós, que temos pelo menos dois dedos de testa sabíamos que o Estado estava a gastar acima das suas possibilidades, ainda ontem o disse em conversa, contudo, cortar sim mas como? E esta é a grande questão, onde se deve realmente cortar e quanto se deve cortar. Para responder a estas perguntas, é necessário ouvir as pessoas, as entidades, as instituições, e este Governo não o fez, de forma alguma!

É certo que era preciso arrumar a casa, este executivo tinha de lá chegar e ver onde andava a ser gasto dinheiro, que dinheiro, se esse dinheiro era apenas nosso ou estávamos a endividar constantemente, entre outras questões pertinentes, no entanto não foi isso que se passou, este executivo chegou e começou a aplicar a receita da austeridade a torto e a direito, esta austeridade acompanhada de medidas de crescimento zero, ou seja, nenhumas, deu no que está a dar. Mas o Governo de Passos Coelho não é só nas culpas, a Troika tem também muita responsabilidade no que está a acontecer e nos seus prazos.

Agora foi concedido mais anos para pagar a dívida, ou seja, podemos aplicar a austeridade de forma menos intensiva, sem sufocar as pessoas, as empresas, por outras palavras, a economia.

À muito que tenho vindo a defender que deveríamos sim estar a ter cortes, mas que estes cortes são excessivos e que deveriam ser acompanhados de medidas de crescimento económico e incentivo ao emprego, e já dei exemplos disso mesmo noutros artigos não me ficando pelas críticas! Para fazer um paralelismo que resuma esta minha ideia é muito simples, nós sabemos que só podemos tomar comprimidos do género ben-u-ron de 8 em 8 horas, e se por qualquer motivo começarmos a tomar de 5 em 5 horas, em vez que recuperarmos mais rápido como desejamos, vamos piorar porque nos fará muito mal aos rins por exemplo. E o que está a acontecer com Portugal é o mesmo, estão a aplicar tanta austeridade que estamos a piorar e está a ter efeitos muito mais prejudiciais do que os benefícios que estavam estimados!

E o que hoje Teodora Cardoso defendeu é o ideal para sustentar esta minha ideia, que é partilhada por muitas outras pessoas também!

Fica aqui o link em que resume a intervenção da presidente do CFP (http://www.ionline.pt/dinheiro/teodora-cardoso-diz-corte-da-despesa-caminho-lamenta-cortes-cegos)

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Formas de ditadura



Eu Quero, posso e mando!
Eu quero controlar as contas do Estado,
Posso porque me deixam,
E mando em todos os cêntimos que são gastos...

Esta deve ser a filosofia do ministro das finanças neste momento, uma vez que emitiu um despacho a comunicar que sem a sua autorização não será gasto dinheiro por parte do sector público!


Mas palavras para quê quando o reitor Sampaio da Nóvoa diz isto:


Subscrevo e tenho receio que esta medida possa estrangular o normal mau funcionamento do nosso Estado.

terça-feira, 9 de abril de 2013

A vida da Dama de Ferro


A vida de Margaret Thatcher segundo o "ionline":

"Em 1948, os serviços de Margaret Roberts, licenciada em Ciências Químicas, foram recusados por uma empresa. O relatório de avaliação psicológica do departamento de recursos humanos, divulgado anos depois, classificava-a como “teimosa, obstinada e perigosamente opinativa”. Décadas mais tarde, a candidata recusada tornou-se a primeira primeira-ministra do Reino Unido e as considerações ao seu feitio não mudaram de tom. O presidente americano, Ronald Reagan, chamou-lhe “homem forte do Reino Unido”, François Mitterrand chegou a descrevê-la como tendo “olhos de Calígula e boca de Marilyn Monroe”.
Distante das velhas glórias imperiais, Margaret Thatcher - que ganhou o apelido quando se casou, na década de 1950, com um homem divorciado, rico e dez anos mais velho - viveu sozinha nos últimos anos, recolhida num apartamento no centro de Londres. Viúva, doente e praticamente abandonada pelos filhos, os gémeos Carol e Mark. Em 2002, os médicos proibiram-na de falar em público, depois de sofrer vários derrames cerebrais. Dois anos antes, a filha já tinha contado ao mundo que a Dama de Ferro estava a ficar demente. O primeiro sintoma, adiantou, ter-se-á revelado numa conversa em que Thatcher confundiu a Guerra das Malvinas com a guerra da Bósnia. Em Outubro, no dia em que fez 87 anos, os filhos levaram-na a um restaurante. A Dama de Ferro era vista em público pela última vez.
O fim de vida solitário era difícil de adivinhar, especialmente se se recuar aos tempos em que Thatcher foi eleita com o slogan “o socialismo não funciona”. Em 1979, a Dama de Ferro chegou a Downing Street para pôr em marcha a revolução conservadora: reduziu o peso do Estado na economia, privatizou indústrias e serviços, tentou controlar a inflação e reduzir a despesa, serviu a austeridade ao povo do Reino Unido. Esmagou sindicatos, dividiu o país e aboliu o salário mínimo. Um tratamento de choque que acelerou a recessão e aumentou o desemprego. Pelo meio, Thatcher enfrentou a greve dos mineiros, numa altura em que o país vivia mergulhado em fortes convulsões sociais. As convicções fortes, nomeadamente em relação ao confronto com o IRA, renderam-lhe um atentado em 1984. Um grupo de republicanos irlandeses pôs uma bomba no hotel em Brighton durante um congresso do Partido Conservador. A Dama de Ferro - alcunha inventada por um jornalista soviético em 1976 - saiu ilesa.
Nos anos em que esteve no poder, entre 1979 e 1990, Thatcher atreveu-se a tudo. Criticou a URSS, reduziu o contributo do Reino Unido para os cofres da Comunidade Europeia através do famoso “cheque britânico” (depois de um início entusiástico em relação à Europa) e não evitou partir para um conflito armado em 1982, quando mandou as tropas britânicas defender as Malvinas da ocupação argentina. O êxito da guerra acabaria por lhe salvar a reeleição em 1983, depois de ter tido uma enorme quebra de popularidade.
A mão forte da Dama de Ferro já se tinha revelado antes de chegar a primeira-ministra: quando ainda era ministra da Educação, na década de 70, Thatcher ficou conhecida por abolir o leite gratuito nas escolas. Quando lhe perguntavam como era mandar num mundo político dominado por homens, costumava dizer que “quando uma mulher está em condições de igualdade com um homem, torna-se superior”. O jeito agressivo a negociar e o finca-pé aprendeu-o na mercearia do pai, Alfred, à beira de uma linha de comboio em Grantham.
Em 1987, Thatcher ainda conseguiu ser eleita para um terceiro mandato, mas a visão crítica em relação à União Europeia fez com que perdesse popularidade no partido. A Dama de Ferro acabou por renunciar aos cargos de primeira- -ministra e líder dos conservadores em 1990. “É engraçado, este mundo velho”, disse no último conselho de ministros.
Depois de se retirar da vida política, deu conferências e escreveu livros. Margaret Thatcher morreu enquanto dormia, aos 87 anos, de um AVC."

domingo, 7 de abril de 2013

Dias agitados... na política.

Este domingo será diferente dos habituais. A esta já se realizaram missas por todo o país, até aqui normas. Deverão passar filmes nos canais abertos da nossa TV, aqui nada de muito diferente também. Contudo, a diferença de que falo começa as 18h30, hora em que Pedro Passos Coelho fará declarações ao país e acaba o dia com José Sócrates a estrear-se como comentador político na RTP.

Miguel Relvas demitiu-se na quinta e na sexta foi conhecida a decisão do TC, sábado houve um conselho de ministros extraordinário e da qual resultou uma audiência urgente com Cavaco Silva. Hoje domingo será dia da declaração ao país. Ainda não se sabe o que irá o PM dizer, mas o cenário de demissão do próprio parece estar afastado. O PR diz que i executivo continua em condições de governar. Ora resta uma solução, a vitimização política. Já estamos habituados acho. No entanto, o que gostaria de relembrar é o seguinte, não foi um parceiro de coligação quem criou a actual instabilidade, não foi um líder da oposição, não foi qualquer deputado, foi um orgão de soberania, o Tribunal Constitucional. Acho que Passos Coelho deve ter isso em conta nas suas declarações. 
Porém, há um facto que acho que deve ser dado mérito ao PM, é o facto de resistir. A resistência parece ser uma das qualidades natas do líder do Governo. Resistiu dentro do próprio partido quando perdeu as directas com Manuela Ferreira Leite, resistiu ás instabilidades criadas pelo CDS, resistiu ás manifestações nas ruas, resistiu em não demitir o seu braço direito e ao que tudo indica, vai resistir ao chumbo do TC. Os meus sinceros parabéns.
Numa altura em que todos parecem querer sair, em que Relvas já está out, Vítor Gaspar está pela segunda vez na eminência de sair por vontade própria, o PM parece estar a querer segurar o barco, e tem mérito nisso. Vamos ver é como é que o vai fazer e se o vai fazer mesmo. é importante que neste momento não se criem jogos políticos muito menos grandes crises. As guerrilhas partidárias devem ficar de parte e devem-se concentrar no bem de Portugal e dos portugueses. O PR tem aqui um papel fulcral a desempenhar, e agora não pode dizer que não tem nada a ver com o assunto!

Já Sócrates, na sua estreia parece estar com sorte, é que assunto relevante não falta. Vamos ver o que o antigo PM tem a dizer do actual estado do país e qual a postura que irá adoptar de agora em diante, como comentador.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Uma decisão que pode ditar o futuro

A decisão conhecida hoje do Tribunal Constitucional muitas leituras pode ter, mas as políticas serão aquelas que irei falar mais.

Ontem Cavaco disse que a decisão não seria um problema do Primeiro-Ministro mas sim da Assembleia da República, concordo quase na totalidade, porque o problema é seu também.
É importante relembrar o mês de Novembro, em que a maioria parlamentar aprovou a lei do orçamento de Estado contra todos os partidos de oposição, de seguida, o Presidente da República aprovou por ser grave o ano começar sem OE mas, tinha dúvidas quanto a algumas normas, pediu a sua revisão ao TC. Partidos da oposição também o fizeram.
A primeira leitura daqui é o facto de ficar claro que o Governo caminhava sozinho.

Agora conhecida a decisão de considerar inconstitucional 4 das 9 normas avaliadas, o Governo tem de arranjar forma de cortar os 1300 milhões de euros que estavam previstos.
Uma segunda leitura é o facto de ser preocupante a forma como o irá fazer.

Foi uma semana atípica num mês decisivo, no qual o Governo poderá nem passar da primeira semana. À uma semana li um artigo num jornal que referia que depois deste mês, ou o Governo conseguia legitimidade para governar até ao final ou cairia...

Depois da entrevista de Sócrates, da moção de censura, da demissão de Miguel Relvas e da decisão do TC, como é que fica o Governo?
A meu ver, sem condições para governar. É certo que este tem legitimidade ainda para o fazer, foi o povo que hoje está nas ruas a contestar quem o elegeu, a moção de censura apresentada pelo PCP e BE chumbou, dias depois, a do PS também, ou seja, toda a oposição apresentou moções de censura e todas elas a AR rejeitou. Quer se queira quer não, em democracia isto dá legitimidade a um Governo. No entanto, Relvas que era o braço direito do PM abandonou o barco, o que em muito fragiliza a posição de Passos Coelho. Por último, a decisão do TC cria sérios problemas à governação para a execução orçamental, a qual parece ser já impossível!
Pedro Passos Coelho poderá continuar? Pode, mas com muito sacrifício e sem condições.

Contudo, apenas apontar problemas não me parece ser solução, mas sim apontar também caminhos.
O PR deveria caso o Governo não se demita, dissolver o parlamento. Estamos em plena crise económica e social, politicamente não estamos muito melhor, resumindo, batemos no fundo. É altura de dar a volta, e o problema é de tal forma complexo que só mesmo com técnicos se resolve, e não os dos credores. Este executivo à muito não tem condições para continuar, hoje isso ficou patente, por isso se exige acção, acção que ajude aos portugueses a restaurar a esperança no futuro, um futuro melhor. 
O TC deu já um importante passo, falta agora o efeito dominó começar. Não se pense que o que está a acontecer é bom ou benéfico para alguém, que não é, pode até ser pior, mas isso só vai depender dos agentes políticos. E eu, como jovem português que sou, peço que decidam o melhor para o meu país, próspero e com futuro credível. 

Relvas out

Miguel Relvas passou ontem a meu ver um atestado de estupidez a Passos Coelho ao se demitir...

Aquando das pressões sobre jornalistas ou as notícias da sua licenciatura, Miguel Relvas teve inexplicavelmente uma protecção de Pedro Passos Coelho, que deveria ter demitido o seu braço direito. No entanto não o fez...
Depois com o desenho a régua e esquadro da reorganização autárquica feita por este ministro, uma vez mais ficou patente que Relvas não deveria ali estar.
Acabando com o caso da RTP, em que supostamente Relvas liderava o caso e uma vez que não conseguiu o que queria, a RTP apenas ficou com uma reestruturação por fazer...

Feitas as contas, a reorganização autárquica e a limitação de mandatos não agrada a ninguém, nem mesmo ao PSD, e Sócrates regressa à arena política, a convite da... RTP
O caso da sua licenciatura volta ao panorama político, as respostas convictas tardam e no final de tudo, o resultado é mesmo a sua demissão!

O Primeiro-ministro sofreu pressões de todos os lados para demitir Relvas, mas nunca o fez. Eu até percebo porquê, uma vez que era o seu mentor, demiti-lo seria ficar sozinho e sem o caminho desenhado.
Agora, ser o próprio a demitir-se significa que o próprio acha que não deve estar ali. Acredito que deve ter sido uma decisão difícil, pois o PM tudo fez para o segurar, muitas vezes dando o corpo ás balas e saindo com mazelas, a sua saída significa deixar isso tudo para trás.

O título deste artigo parece-me acertado, principalmente depois da decisão do TC. Relvas ao se demitir está mesmo fora, fora do Governo, fora de tudo o que advém desta decisão, fora dos problemas da RTP, fora de alvos de comentadores como Sócrates, fora do mediatísmo em relação à sua licenciatura... ao fim ao cabo, está out!