sábado, 29 de junho de 2013

Greve



Na passada quinta-feira, em Portugal fez-se a quarta greve geral, desde o 25 de Abril unindo as duas centrais sindicais, a segunda deste Governo.

Ultimamente, e principalmente desde que este Governo tomou posse (o anterior já tinha com regularidade), os portugueses têm feito greves e manifestações com grande regularidade, se calhar até excessiva.

Desta vez, o que está em jogo, é o elevadíssimo desemprego, a redução do poder de compra e principalmente a perda de direitos, nomeadamente no sector público.
Uma greve é muito importante, principalmente porque é o último recurso usado antes de uma revolta, e já depois do diálogo. Mas em Portugal, o diálogo tem sido muito próximo do nulo. Serve essencialmente para mostrar discordância em relação ao que é decidido pelo poder político, denunciar casos gritantes de desespero e mostrar também que a actividade cívica afinal existe, mesmo apesar da taxa de abstenção nas eleições. Esta frequência de manifestações, serve também para não acontecer como no Brasil, irmos sofrendo calados e de repente, soltarmos a raiva, como tem acontecido no país irmão.

A pouco disse que a regularidade das manifestações pode estar a ser excessiva, não por este executivo não o merecer, não porque os portugueses não tenham razões, mas sim porque o chefe de Estado, e no nosso país é o Presidente da República, deveria já ter terminado com este desespero. O que é demais é erro, e as manifestações não fogem à regra. Um dia, fazer greve será banal, e temo que já o seja...

Hoje em dia, a utilidade das greves em Portugal não são mais do que, tentativas de paralisar o país, as pessoas serem ouvidas e no final, em vez de haver uma negociação entre os sindicatos e o Governo para melhorar o que está mal aos olhos dos cidadãos, temos assistido a uma guerra de percentagens de adesão. Isto é gozar com quem sofre todos os dias, com a angústia de poder, muito facilmente, perder o posto de trabalho.

Por fim, gostaria ainda de olhar para as reacções à greve, quer dos sindicados, quer dos deputados.
Arménio Calos (CGTP) olha para a fragilidade do Governo, Carlos Silva (UGT) prefere olhar realmente ao problema, mas sobretudo aponta soluções, renegociar com a troika. Marques Guedes (Governo) diz respeitar a greve, mas respeita mais quem prefere ir trabalhar, António José Seguro (PS) saúda quem fez greve faltando ao trabalho, quem fez greve mesmo sem trabalho e aos emigrantes que nos fazem falta. Já os turistas, foram surpreendidos com a greve mas reagiram com naturalidade e admiração.
No entanto, não posso deixar passar em branco os portugueses que, preferiram ir para a praia aproveitando o motivo de greve, repudiando veemente este tipo de acções, para isso teriam ido trabalhar, digo eu. Arrepiei-me quando li no jornal uma declaração de um jovem que diz: "a paria é mais importante", considerando desnecessário manifestar-se. (Se bem que por trás desta declaração, podem estar muitas leituras)

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Rui Rio acaba por remar sozinho



Rui Rio, pela redução do passivo da câmara do Porto e pela redução do IMI, estava em alta na opinião pública, ou pelo menos eu estava a tê-lo em boa consideração. Mas estragou tudo!

O S. João é uma das datas mais importantes da região, existe uma grande tradição na cidade. Este feriado, que foi retirado por lei mas que, sendo municipal pode ser pedido ao conselho de ministros, podia ser assim celebrado na mesma. Mas acontece que Rui Rio, mostra ser mais papista que o papa e retira o feriado de segunda feira aos portuenses. Eu nem quero imaginar como será triste nas ruas este S. João daqueles que terão de ir trabalhar, mas será um S. João diferente. 
Mas agora, para espanto de tudo e de todos, e já depois de ter sido celebrado em Lisboa o Santo António com o respectivo feriado, o Governo dá o feriado a Administração Pública, ou seja, Rui Rio fica sozinho neste cumprimento de lei.

Não valia a pena acabar assim com mais uma tradição no Porto, tal como acabou com a do FC Porto festejar na câmara os seus títulos ou então com Cultura que o Porto "respirava". Os aviões da Red Bull são outro exemplo de boas práticas para o comércio que fugiram por entre os dedos do autarca do PSD.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Uma proposta acertada.



A Europa está claramente dividida. Hoje existem duas Europa e ao mesmo tempo apenas com um Estado-membro. Temos a Europa do norte (os bons), a Europa do sul (os maus), mas ao mesmo tempo, parece que a Europa não é nada mais que a Alemanha.

Com a actual crise que assombra o mundo, mas praticamente já só se fala nela no velho continente, ficou claro que este continente tem muitos telhados de vidro e que deu muitos passos em falso, ou se quisermos, construiu castelos de areia. Problemas como o défice e a dívida excessivos marcam a agenda de quase todos os países europeus, mas existe um problema ainda maior, que cada vez mais parece não ter solução, é o do desemprego, principalmente o desemprego jovem!
Hoje em dia temos um dos líderes mais carismáticos (senão o mais) que a Europa conheceu, Jacques Delors, a dizer que é preciso reconstruir a velha Europa, e o líder do PS (que pelo andar poderá muito bem vir a ser um dos futuros líderes da Europa) a propor uma medida concreta para a solidariedade entre os Estados-membro, e que fará com que este continente se torne cada vez mais um só, a uma só voz e com um só propósito.

A proposta de António José Seguro é que quando um Estado-membro ultrapasse os 11% de desemprego, o subsidio de desemprego passe a ser participado com a comissão. Isto levaria a que não seja apenas o país já afectado socialmente com o desemprego a suportar os custos, como também seriam suportados por todos os outros. 
Na apresentação desta ideia, o líder do PS afirmou que a intenção não é que a UE subsidie o desemprego, mas sim que o desemprego passe a estar na primeira linha das prioridades. Com esta medida em funcionamento neste momento, os países que se esforçam por tirar proveito de países como Portugal, Espanha ou Grécia pensariam duas vezes antes, uma vez que teriam de, através de UE, comparticipar. Pode ser que assim a UE comece a pensar mais no crescimento económico e no emprego, e não tanto em ratings e fachadas. Este sim, é um problema que mexe com as pessoas no dia-a-dia. Eu percebo o porque de o défice e a dívida estarem inscritas com um tecto máximo nos estatutos da UE, mas percebo também que se coloque um tecto máximo para o desemprego. Actualmente, Espanha está a gastar um dinheirão só com o desemprego, e como todos sabemos, o desemprego faz um Estado gastar dinheiro em subsídios, essas pessoas não têm poder de compra relevante, caso dure muito tempo podem emigrar despovoando o país, e trás problemas atrás de problemas, como hoje em dia temos assistido.

Por isto, sou todo apoio a esta ideia apresentado por António José Seguro, quem tem feito um papel a meu ver extraordinário no que diz respeito a apresentar ideias concretas e de diálogo, quer em Portugal, quer na Europa.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

O ridículo nos exames!



Hoje viveu-se um dia que ficará para a história. Os exames nacionais de hoje foram tudo, menos respeito pelos alunos.

Até à hora da chamada à porta da sala onde iriam fazer exame, os alunos não sabiam se iriam ou não fazer exame. Assistimos a este ridículo e o pior é que houve muita injustiça. Estas próximas horas serão de muitas opiniões, onde iremos também assistir a algum oportunismo de alguns alunos. Vou já clarificar este ponto, que é quem não fez exame hoje irá sempre dizer que o exame de hoje era mais acessível do que se realizará no próximo dia 2. Também assistimos a manifestações de forma a fazer apenas barulho junto das salas onde decorriam exames dos colegas por parte de quem ficou de fora, o que não me parece de todo sensato e demonstra pouca camaradagem entre os alunos. 
E sim, é mesmo isto que estou a dizer, houveram alunos a fazer o exame hoje, e haverão alunos a fazer exame dia 2. Agora, qual é o critério usado para esta divisão? A ordem alfabética claro.
O ridículo que aconteceu hoje em todo o país foi, segundo relatos de alunos, que iriam sendo ocupadas salas conforme o número de professores "disponíveis", quando acabasse a bolsa de professores, desse nome para baixo não fizeram exame. É possível acreditar nisto?
Como já disse ontem, acho que os professores têm direito a fazer greve claro, mas o dia escolhido não me parece que enalteça o superior interesse dos alunos.
Agora, não é apenas criticar os professores ou os sindicatos de professores que aderiram hoje à greve, à que enaltecer o esforço daqueles que mesmo concordando com o motivo de greve, foram cumprir o seu papel enquanto educadores, mas principalmente, quero deixar aqui o meu sincero apreço pela atitude de alguns professores do primeiro ciclo, que se dirigiram ás escolas secundárias para vigiar exames e assim tentarem colmatar os efeitos da greve neste dia importante para milhares de alunos. A isto sim, eu chamo profissionais.

Para terminar e apenas para deixar bem claro, não estou contra a greve, nem muito menos os motivos que a sustentam, mas sim a escolha da data, porque acho que é importante pensarmos nas consequências dos nossos actos, e não pensarmos apenas em nós próprios, e neste caso, pensar nos alunos.

domingo, 16 de junho de 2013

E os alunos?



Esta guerra entre os sindicatos e o Governo não tem em conta o próprio escudo usado, os alunos.
Não vou discutir o que está em causa nestas negociações ou o que motiva os professores a fazerem greve.
Mas existem 365 dias por ano, sendo que têm férias de cerca 30 dias por ano de férias, restam 320 dias. Qual foi o escolhido para esta greve? O dia de exame de português, o dia de amanhã.
O que me leva a escrever este artigo é sair em defesa dos alunos, que vivem amanhã um dos dias mais decisivos da sua vida, ou se calhar não é amanhã... Lembro-me bem dos dias em que tive de fazer exames, pois foram esses que ditaram o meu futuro, que ditaram onde e em que iria entrar para me licenciar. Está nos exames em jogo, quem sabe um sonho de uma vida, o trabalho de três anos pelo menos, muito nervosismo e acima de tudo, incerteza. Isto em condições normais, mas este ano será diferente, amanhã os alunos vão acordar e dirigir-se ás suas escolas para verem se irão ou não fazer exames. 
Qualquer que seja os motivos da greve, e não discutindo se se justifica quer pelo lado dos sindicatos quer pelo lado do Governo, acho que respeitar um pouco mais os alunos, a afinal de contas são o futuro do país, não faria mal a ninguém... mas é a minha mais humilde opinião!

terça-feira, 11 de junho de 2013

Cavaco continua pacifico



Cavaco Silva no seu discurso do dia 10 de Junho deste ano deu várias respostas aquilo que se tem dito já algum tempo. Entre elas a da sua pacificidade, outra em relação ao conteúdo do último conselho de Estado e sobretudo, ao seu papel ao longo dos seus mandatos da Presidente da República.

Concordo por vezes com o que o PR diz que deve ser o seu papel, mas discordo quase sempre de como o faz. Estou a estudar administração pública e como tal as figuras do estado em unidades curriculares como ciência política e outras, e o papel de um Presidente da República numa democracia é o de "regular" e estimular o consenso, promover o diálogo e o de fazer cumprir a constituição. Em regimes onde o chefe de Estado é a figura máxima, quando tem o poder de destituir a Assembleia, tem também como função o de olhar pelos interesses do povo, de todos os outros cidadãos que não são agentes políticos. E o que Cavaco Silva tem feito nestes dois mandatos é pura e simplesmente ir dando com uma mão, e tirando com a outra. Não tem sido regular na sua linha de acção, mesmo com o anterior Governo já dizia que havia limites nos sacrifícios pedidos, com este Governo deixou ir muito além daquilo que seria os limites aquando a governação de José Sócrates. Mas o que faz variar o discurso do PR não é propriamente quem governa, mas sim a ocasião em que fala. Por vezes é todo apoio aos sacrifícios e enaltece a capacidade de sofrimento dos portugueses, numa outra ocasião diz que existem limites e que o povo não aguenta mais, depois mais à frente volta a apoiar o Governo, e isto sucessivamente.
Já por duas vezes, e com este Governo em ambas, aprovou orçamentos inconstitucionais, a sua principal função cai assim por terra.

Mas o que me tem surpreendido, e ainda não sei se pela positiva ou negativa é a sua postura actual, focado apenas o pós-troika. Eu acho bem isso ser discutido para que estejamos preparados, mas para lá chegarmos é preciso percorrer um longo caminho, um caminho árduo, em que uma vez mais, os portugueses vão sentir na pele mais dificuldades. Eu acho que o que os portugueses precisam, ou pelo menos eu, jovem e com o sonho de poder retribuir ao meu país aquilo que tem feito por mim ao longo da minha formação é que os órgãos de soberania me protejam, e já que o PM tem-se esforçado em me retirar a esperança de concretizar o sonho, gostava que o PR tomasse uma atitude, é que não devo ser o único português nesta situação! Este Governo leva já dois anos e estamos nitidamente pior, vai continuar apenas pelos alertas Exmo Sr. Presidente da República?

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Dois anos depois e cada vez pior...



Fez ontem dois anos que ouvi senão o melhor discurso da minha vida, um dos melhores sem dúvida.  Refiro-me ao discurso de derrota de José Sócrates que daria assim lugar a Passos Coelho.

Volta e meia dedico tempo a ouvir discursos políticos, e ouvi à pouco tempo o de campanha do PSD, onde o actual PM prometia não tirar o 13º mês, não mexer no IVA de consumo e não mexeria nas pensões.
Entretanto também já deixou outras promessas como 2012 seria o início do fim da crise, 2013 já não seria de recessão, ou então posso também relembrar algumas saídas do líder deste executivo como a alertar aos jovens para a emigração, chamar-nos piegas, entre outros episódios também interessantes.

Mas o que realmente se assiste, e por aqui é que se mede o verdadeiro pulso do país é pelas pessoas, a sua satisfação e os reflexos da nossa economia, e a verdade é que este Governo tem lutado bastante para cada vez mais nos encostar a parede, estamos cada vez mais pobres e cada vez mais sem saída. O IVA que aumentou, a retirada de direitos outrora adquiridos, a taxa de desemprego que a cada trimestre que passa atinge novos máximos históricos e o consumo interno que cada vez mais tem diminuído. Tudo isto está inscrito em dois orçamentos considerados inconstitucionais.

Agora, uma pergunta que se impõe é: E os portugueses, como estão a viver no meio de tudo isto?
Fácil resposta, na rua. Quer no sentido lato por cada vez haver mais pobres mas também pelo povo estar constantemente na rua em protestos. Este Governo como dizia uma jornalista ontem numa peça é o Governo com mais contestação e ainda só conta com dois anos. Vimos a maior manifestação de sempre em 15 de Setembro do ano passado, vimos a CGTP e a UGT unidas numa manifestação geral e já está agendada outra. Os transportes públicos estão muitas vezes em greve. Neste momento há mais um braço-de-ferro entre Governo e professores onde os alunos poderão não ter condições de fazer exames.

E em termos de governabilidade, como estamos? Com uma maioria absoluta de coligação, onde o segundo partido de Governo já ameaçou sair mais que uma vez e que dá constantemente sinais de instabilidade.
Por fim e uma curiosidade, onde vamos parar? Não faço ideia, mas tenho receio que este Governo nos leve à desgraça!

terça-feira, 4 de junho de 2013

Não propriamente!



Mira Amaral diz que se a Alemanha gosta de Vítor Gaspar, também temos de gostar.
Não concordo de todo com esta afirmação! Concordo quando diz que temos de ter um representante externo que dignifique o país, que faça com que os outros nos olhem com outros olhos, que acreditem em nós e na nossa capacidade de resolver os nossos problemas... mesmo que seja só opinião.
Mas este parece-me ser o papel do Primeiro-Ministro, e não o do Ministro da Finanças. Para mim o MF arranja formas de atingir valores ou metas que o PM pretenda. No caso de Portugal que a troika nos tivesse colocado quando assina-mos o memorando, mas este Governo tem sido flexível com quem nos empresta dinheiro e tem-nos apertado mais o cinto.

É claro que é importante termos um MF bem visto por quem manda na Europa, ou seja pelos outros Estados-Membros, ai não peço desculpa, pela Alemanha.
Mas daí a dizer-se que se Gaspar é bem visto por quem não sofre com as suas decisões nós povo português também temos de o idolatrar parece-me no mínimo abusivo sinceramente.

Atenção que não tenho nada contra o homem, a não ser quase todas as suas decisões como governante, mas não é isso que está em discussão, o que estou a dizer é que não é por um governante ser bem visto pelos "senhores do dinheiro" que eu enquanto cidadão português tenho também de gostar dele! Já nos basta a retirada de soberania com o memorando, não nos tirem também a opinião por favor.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Lição de como devem os partidos agir em democracia



Isto sim, é democracia.
Defino democracia como um regime que promova o diálogo, o consenso e a liberdade (quer de acção, quer de expressão). E hoje, o PS está claramente unido, forte e a trabalhar para melhorar o país, a nossa sociedade. 

Não estão agendadas eleições legislativas, vamos a meio deste mandato, mas mesmo assim, o PS e em particular o seu líder António José Seguro tem intenção, e vai fazê-lo esta semana, de reunir com todos os partidos que gozam de assento parlamentar com o intuito de conseguir um consenso e encontrar soluções para a crise promovendo o emprego. Uma pergunta que surge logo de início é: Mas isso não é o papel da AR? Ser é, mas não o tem feito de forma eficaz devido a existir uma maioria que não tem promovido o crescimento económico nem o emprego.

Visto que temos este problema no nosso quotidiano, é mais do que nunca necessário resolve-lo. Os cidadãos não podem estar constantemente a espera que a AR resolva os seus problemas, principalmente quando esta não tem mostrado realmente vontade, e é aqui que os partidos têm de justificar a sua existência, e é o que o PS está a fazer.
É extremamente importante que acções destas sejam agendadas quando não à eleições à vista, só demonstra que, e neste caso o PS não é apenas um partido de oportunismo político eleitoral, tem como objectivo resolver os problemas concretos que afectam o nosso dia-a-dia.
Mas se dou os parabéns ao Partido Socialista pela iniciativa, dou igualmente os parabéns a todos os outros partidos, que aceitaram entrar no diálogo, parece-me ser um excelente mote de partida para um futuro melhor.

Agora, porquê ser o PS a tomar a iniciativa? Simples, porque tem responsabilidades a assumir, não só por ter governado 6 anos em que a crise estava a emergir, não só porque também assinou o memorando da troika, não só porque tem assento parlamentar, mas essencialmente, porque está na frente das sondagens, ou seja, uma vez que é o favorito dos eleitores hoje em dia, tem de assumir que é o líder da oposição e concretizar a sua retórica, isto é, passar das palavras a prática. Frisando Anderson "política é aquilo que os políticos fazem concretamente, e não apenas aquilo que dizem que vão fazer".