O primeiro dia do resto da vida deste Governo? Ou o novo ciclo irá mesmo acontecer e vão ser reeleitos?
Hoje passei o dia todo com a televisão ligada a transmitir a AR TV, ainda está ligada e estou a ver a comissão de inquérito à ministra das finanças.
Ou seja, vi em directo e detalhadamente o debate que antecedeu a aprovação da 5ª moção deste executivo. Desta vez a moção foi de confiança e foi aprovada pela maioria.
Para quem viu o debate, até parece que estamos perante um país em prosperidade, em que tudo está a correr bem. Vimos toda a esquerda a tirar confiança ao Governo, este a sacudir a água do capote apresentando a ideia de baixar o IRC e por fim, quer o PSD e o CDS a congratularem, de forma veemente, Passos Coelho.
Gostaria de me debruçar em três pontos, primeiro a "coesão governamental", em segundo lugar a possibilidade de baixar o IRC e por fim, uma breve análise ao que irá acontecer daqui a dois anos.
Perante a moção de confiança, quer deputados do CDS quer do PSD que congratularam o actual primeiro-ministro. Eu acho muito bem, e à muito tempo que, como muitos outros, reitero necessário. É bom ver que temos um Governo estável, coeso e apoiado. Nem que seja por um só dia ou por meia dúzia de pessoas. Mas ainda melhor, foi ver deputados do CDS a enaltecer o trabalho do PM e aplaudirem este quando falou da competência de Maria Luz Albuquerque. Memória curta ou então, o que Portas fez foi apenas encenação programada.
Quanto ao IRC, como deve ser do conhecimento geral, quanto mais baixo, melhor para as empresas, que com mais liquidez podem empregar mais pessoas, logo, é bom para os cidadãos. Logo que não compense com o IRS, está óptimo. Contudo, este ponto aproximar o Partido Socialista do executivo é benéfico para a nossa democracia, e pode ser que este comece a aceitar as propostas do PS.
Para terminar, daqui a dois anos, se este novo ciclo for verificado, com criação de emprego e crescimento económico, este Governo irá ser reeleito? Não acredito muito nesta tese, mas é uma possibilidade. Passos Coelho está já a trabalhar nesse sentido, é notório ao entregar o partido a Marco António Costa e sobretudo, através desta nova fase no Governo... Daqui a dois anos veremos no que dá, mas temo por mais tempo de direita na governação, não me apetecia nada emigrar.