terça-feira, 8 de julho de 2014

Conselhos de Estado são como as cimeiras europeias?

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Na última semana o Presidente da República reuniu o Conselho de Estado para se aconselhar acerca do período pós-troika. Um dos pontos abordados foi o Qren 14-20.

Ora, mas neste período, não será Cavaco Silva o PR! Será apenas durante escassos 2 anos. E os fundos europeus devem, no nosso regime, ser assunto abordado/preocupação do chefe de Estado?
Da reunião saiu um comunicado em que se aconselha a ter atenção ao crescimento e ao emprego. Genial, diga-se.

Estamos então, perante uma antecipação do Primeiro-Ministro. Na véspera do Conselho de Estado, Passos Coelho disse exactamente o mesmo.
Resumindo e concluindo, este foi uma reunião que de pouco serviu. Não vos faz lembrar nada?

Assim de repente, recordo-me do ano de 2011 e 2012, em que a correria a Bruxelas dos representantes de cada Estado-Membro era constante. As cimeiras europeias, eram por esta altura, quinzenais (chegaram mesmo a ser semanais). E qual foi o sumo disso? Uma União Europeia quase inválida perante uma crise que roubou o emprego a milhões de europeus. Também serviu para que Durão Barroso fizesse o mais difícil, que era estão no olho do furacão da crise e mesmo assim, esta lhe passar ao lado!

Para finalizar, e já que falo de questões europeias. O sucessor do português é Juncker. Diz-se que o luxemburguês é amigo de Portugal. Mas isso não que dizer que seja amigo dos portugueses, segundo Passos Coelho. É que se olharmos ao que o nosso PM defende, é muito fácil ser-se amigo de Portugal (que está melhor) e não tanto dos portugueses (que estão piores).

Ainda assim, tenho alguma esperança que o novo Presidente da Comissão Europeia seja amigo dos portugueses, isto porque ao que parece, é oriundo de famílias humildes, onde a infância não foi assim tão fácil e porque foi Primeiro-Ministro do Luxemburgo muitos anos, país que acolhe uma das maiores comunidades de portugueses no estrangeiro... Veremos o que nos espera!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Um ano não é assim tão pouco...




O dia de hoje é a prova de que na politica, um ano pode ser uma eternidade!
Quem não se lembra da demissão irrevogável de Paulo Portas? Pois e, faz hoje 1 ano.


Neste dia em 2013, estávamos perante uma crise interna, mas no Governo. Por esta altura, já se faziam contas no PS para saber quem ia ocupar que pasta. Cavaco chegou a propor Governo de salvação nacional e teríamos agora eleições antecipadas. Creio que se Antonio Jose Seguro soubesse o que sabe hoje, teria aceite.

Segundo o jornal i de hoje, Hélder Amaral defende que os portugueses deviam agradecer a Paulo Portas. Eu não sei se foi uma piada ou não, mas deu-me vontade de rir! Então os portugueses continuam a ser despedidos, os orçamentos de estado continuam a ser inconstitucionais, cada vez temos menos Estado social,e ainda devemos um obrigado? Hilariante...

Um ano depois, a coligação parece estar decidida a ir até ao fim, e ainda bem para o PS, mas o maior partido da oposição está, por via das decisões da actual direcção, a mostrar o porquê de muitos acharem que a política e apenas maquinas partidárias. Tenho pena, acho que ninguém fica a ganhar nada com o adiar, a não ser o próprio Seguro, que se ganhar as eleições internas (e prefiro não pensar como), usará esta situação como halibi para uma possível derrota nas legislativas.

Seja como for, o dia de hoje demonstra bem aquilo que um ano significa, o que para nós, portugueses comuns, se torna numa esperança. Esperança que o bom senso desça ao parlamento e crie um futuro melhor.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Impostos e eleições, um novo ponto de vista.



Todos estamos à espera que aconteça, mas o ministro da economia afirma que não seria aceitável que acontecesse. Falo de mais um aumento de impostos, claro está...

Depois de o TC ter chumbado o último Orçamento de Estado, o PM reagiu dizendo que seria porventura, necessário um aumento de impostos para fazer face ao rombo que esta decisão causaria. Pois bem, o ministro da economia diz que não seria aceitável esse aumento de impostos.

Se bem me lembro, o Governo estava a criar uma almofada, que seria de 900 Milhões de euros, e a impossibilidade, decretada pelo TC desses cortes, levaria a um aumento da despesa num valor próximo aos 900 M€ . Ou seja, a partir daqui, poderia-se aumentar impostos, ou cortar noutras áreas.

Mas os portugueses poderão beneficiar se um aspecto que se pode tornar relevante. Que é as eleições legislativas! Não passa pela cabeça de ninguém que este Governo baixe os impostos, mas pode não vir a aumentá-los. Isto não porque seja "amigo" do contribuinte, mas sim porque precisa de saber se o CDS vai a eleições em coligação ou não com o PSD. E uma vez que o CDS tem-se mostrado contra ao sucessivo aumento de impostos, o contribuinte comum pode beneficiar de mais uma jogatana política em prol de alguns votos.

Comemora-se por estes dias o primeiro aniversário da palavra irrevogável no nosso quotidiano, e também a demissão de Paulo Portas, que o tornou vice-Primeiro-Ministro. O CDS ou os portugueses ganharam algo? Não creio, pelo menos não é isso que as pessoas sentem!

Porém, e com "sede" de chegar ao fim a primeira coligação em democracia, e tentando aproveitar este impasse do PS, indo buscar votos, a direita quererá, certamente, ir às urnas juntas, o que pode causar uma posição marcante do CDS em não permitir um aumento de impostos. Aliás, se for verdade que o líder do CDS pretende deixar de o Governo e isso abrir caminho a Pires de Lima, que terá de voltar atrás em relação ao que disse à uns meses numa entrevista, em que antevia a sua saída da política por achar que não era a sua área, os portugueses poderão ganhar qualquer coisinha com isso. Veremos afinal, que peso tem o CDS neste Governo.