sábado, 4 de outubro de 2014

Certidão de óbito?

Dá a ideia de que o Bloco de Esquerda, pela moção de Catarina Martins e João Semedo, acabaram por assinar uma certidão de óbito.

Ora, depois do que Portugal viveu nos últimos anos, especialmente os últimos 5, dá ideia de que o BE não aprendeu nada, e cada vez mais quer perder peso político. Todas as suas rejeições, especialmente com a Europa.

Que o Bloco esteja contra a austeridade, é certo e sabido, e aliás, partilhado por muitos, inclusive por mim. Mas eu não sou a favor da saída da União Europeia ou do Euro sequer. O que mais surpreende, é que após o anterior líder do partido, que o era na altura das negociações com a troika, ter afirmado estar arrependido de não se ter envolvido nestas negociações, e depois de o Bloco ter perdido dirigentes como Ana Drago ou Rui Tavares, por descontentamento pelas posições adoptadas, continuam numa linha de radicalização. O Bloco é, portanto, um partido comunista disfarçado. Digo disfarçado porque, se o assumissem, fariam um acordo com o PCP, ou deixariam de ser partido para se filiarem neste partido. De ora avante, caso seja esta a moção vencedora de entre 5 que vão a congresso, já sabemos com o que contamos, um bloco indisponível para tudo, excepto para coligar e alinhar com o PCP. E não está errado, mas estão a prejudicar a esquerda, uma vez que contamos actualmente com dois partidos, BE e PCP, a defenderem e agirem de forma exactamente igual. E isso só beneficia a direita, e não melhora, em nada, a possibilidade da esquerda Governar.

Porém, ao mesmo tempo, tínhamos o populista Marinho e Pinto a falar na TVI 24 e a falar da fundação do Partido que é fundador. À pergunta: com que partido não se coligará, o mesmo responde: o CDS. 

Esta, deveria ter sido a postura dos actuais dirigentes do Bloco. Admito que excluíssem também o PSD. Mas não seria de esperar, esta radicalização total, que é própria do PCP! 

Aguardo, com expectativa, o que defenderá Pedro Filipe Soares.

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