segunda-feira, 27 de abril de 2015

Coligação, agradecimento a Cavaco e ainda... Abril

Os últimos dias, politicamente, foram bastante recheados.
Tivemos a resposta do PSD e CDS ao salto para a ribalta do PS. A resposta às propostas apresentadas pelo maior partido oposição, não foi uma visão ou um contraponto a cada uma das propostas, mas sim a confirmação de que a atual maioria vai a votos de mãos dadas. O que revela uma das duas coisas, ou existe falta de conteúdo, ou o PS conseguiu surpreender a maioria e houve a necessidade de atrair novamente os holofotes...
Era óbvio que iam conseguir coligar, quer fosse antes ou depois das eleições. E muito honestamente, gostei de ver que o fizeram antecipadamente. Assim, as responsabilidades destas políticas serão completamente partilhadas e os portugueses terão a oportunidade de julgar, na urna, toda a linha governativa. Não haverá naqueles dois partidos o colher de louros (não sei quais, mas não haverá na mesma), ou o discurso populista de "iam fazer, mas não deixaram", ou "mesmo ameaçados, ficamos e avançamos com as nossas propostas". Não! O Governo vai a votos como um todo, e os portugueses terão a verdadeira arma na mão, quando puderem colocar a cruz.

Ora, mas nem tudo é assim tão bom. Ou melhor, até é bom, mas podia ser melhor. Claro.
Vejamos, neste momento sabemos quem vai a votos, em que condições e o que vamos votar. Temos os partidos que formam Governo a quererem ser julgados pelo seu trabalho. Temos já um PEC por estes apresentado, que prevê os próximos 4 anos, que é no fundo a coerência dos últimos 4. A continuidade da austeridade é para levar a cabo. Depois, do maior partido da oposição, aquele que poderá tirar a direita do poder, aquele que representa a verdadeira alternativa, temos já algumas propostas. Estas são bastante esclarecedoras da política que será seguida. Para uma análise mais aprofundada, poderemos ver o que Tony Blair levou a cabo com a sua "terceira via", como nos deu conta, Manuel Carvalho no seu artigo ontem no Público.
Temos portanto, as cartas todas em cima da mesa. O que me leva a afirmar que poderíamos, facilmente, ir às urnas daqui a um mês. Mas, olhando agora para o calendário, daqui a um mês calha... exatamente, final da primavera início do verão. Já houvimos falar disto não já?
Resta-nos por isso, agradecer a Cavaco Silva pelo compasso de espera que teremos até final do verão início do outono.

Para finalizar, e mesmo em nota de despedida, obviamente que o facto de estarmos a viver esta época festiva das comemorações do 25 de abril não passariam em claro no PNP. Como tanto, e bom atenção, se tem escrito por esta internet fora, apenas deixo a frase que consta na imagem deste artigo. Abril é poder ficar!

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