segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Da Grécia para Portugal

Entre a Grécia e o caso Sócrates, as presidenciais.

Na primeira frase deste artigo, abordo 3 temas que têm dominado a atualidade nacional, e apenas o caso Sócrates não tem sido alvo, nem vai ser, de artigos no PNP.

Em relação ao caso Sócrates, apenas dizer que, tal como com os submarinos, tecnoforma, face oculta, BES/GES, entre outros, não faço comentários a casos que estão sob julgamento, quer por via dos tribunais, como pelas comissões de inquérito da Assembleia da República. É urgente deixar as instituições funcionarem, e quem as lidera, serem eficazes e independentes nos seus juízos, e não assistir a julgamentos em praça pública, onde quer se queira quer não, o exagero está sempre presente, em ambos os lados da barricada! Por isso mesmo, e não por ser o Sócrates, porque já o fiz com outros, não comento o caso.

Já em relação à Grécia e às eleições presidenciais, esses dois temas têm frequentemente marcado presença aqui no blog, como aliás, em toda a comunicação social e outros blogs de opinião. E não é para menos. Vamos por partes.

Todos parecem apostar numa saída da Grécia da zona euro. Os "grandes" parecem estar fartos e intolerantes. E até compreendo, colocam tanto dinheiro a mexer para comprar soberania em vez de dívida, e vem alguém dizer basta... não pode ser. Estou, como é óbvio, mas convém frisar, a ser irónico, e estou até a admirar a resistência de cumprimento de palavra para com os seus eleitores de Tsipras. Mas acontece que é o projeto europeu que está em causa, logo, Portugal também está em cheque. E o principal fator pelo qual Portugal está em cheque, é que não somos vistos como os bons alunos, nem muito menos os meninos bonitos que foram resgatados e se portaram bem, como faz querer passar este Governo. 
Não, porque se assim fosse, o trabalho de casa estaria já feito, e não era necessário ainda estarem, já depois do programa de assistência financeira acabar, imporem mais austeridade, nem sequer necessário seria opinarem quanto às nossas políticas macroeconómicas. O que lhes interessaria, seria apenas e só, receber o seu dinheiro de volta. 
Mas não, estão cegos de poder alheio, querem a soberania dos outros. Querem mandar em todos!
Seja como for, o desenrolar da história será interessante, até porque se a exceção de tirar a Grécio do eurogrupo, tirar Portugal já não será exceção, mas sim um procedimento normal e calendarizado como "next",

Quanto às presidenciais, existem fortes rumores de que Guterres estará fora da corrida, fazendo com que o rumor de que António Vitorino seja o candidato do PS ganhe força. Do outro lado, Santana adiou a decisão de candidatar ou não para outubro e existem rumores de que Marcelo ganhou força na corrida. Pois, realmente são demasiados rumores, o melhor será mesmo preocupar-mo-nos com o essencial, apresentar políticas para os problemas concretos. E quanto a eleições, temos uma legislativas pela frente em que será necessário tirar a direita do Governo e dar condições ao Partido Socialista de António Costa de governar. Aí, e só aí, o assunto presidenciais deverá vir para cima da mesa, até porque, quem vencer as legislativas, é que irá conduzir e marcar ritmo nas presidenciais.
A escolha dos candidatos para janeiro próximo, não deverá ser carta na manga nem tema de debate para setembro/outubro.

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