quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

10 anos de parceria com a China

Por estes dias fazem 10 anos desde a celebração da parceria estratégica estabelecida entre Portugal e China. E é sobre isso que vou hoje deixar aqui uma breve reflexão.

Quem me conhece, ou acompanha o PNP, sabe que sou ainda jovem, tenho apenas 23 anos, o que faz com que aquando da celebração da parceria tivesse apenas 13, coincidindo com a idade que comecei a ver, perceber e interessar pelo que se passava a minha volta.
Ou seja, desde que me lembro de ser mais interventivo, mesmo comigo mesmo, a China está presente na nossa vida.

E realmente, desde que me lembro de andar com dinheiro no bolso, lembro-me de existirem lojas dos chineses, que tanto falamos e tanto na moda estiveram no final dos anos 2000.
A par disso, morava numa zona muito próxima à conhecida China Town de Vila do Conde - Mindelo, o que faz com que a presença dos chineses fosse ainda mais marcante na minha vida. Aliás, enquanto escrevo, estou-me a recordar de que, precisamente em 2004, tinha um colega chinês na minha turma... longínquos anos.

Mas não é para falar de mim e do meu passado que estou a escrever, mas sim para fazer uma pequena reflexão macro da presença dos chineses em Portugal.
Nestas relações bilaterais estabelecidas, não consigo, muito honestamente, identificar quem ficou ou está a beneficiar mais ou menos. Mas a verdade, é que Portugal é hoje um país muito mais globalizado do que era à 10 anos, tem uma concorrência no mercado, principalmente nos têxteis muito mais forte. há até, quem defenda que a vinda dos chineses para Portugal prejudicou a nossa economia têxtil, principalmente do norte e centro do país, mas eu acho que, a globalização e a concorrência são boas para qualquer economia, e apenas por um facto, torna os produtos mais acessíveis e aumenta a oferta para o cliente, e isso, por si só, é muito bom para a economia.

Por outro lado, houve uma certa criminalidade e uma desconfiança no comércio e restauração que foram desenvolvidas pelo cliente, muito devido aos rumores e episódios que se passavam (e passam) em estabelecimentos chineses em Portugal, e isso não é bom para nós.

Por fim, pensar apenas que dos chineses que conheço, pelo menos 75% se passeiam de Audi, e a percentagem de vistos gold, que necessitam de investimentos avultados na imobiliária, pertencem quase todos a chineses também. Isto para dizer que existe, dinheiro a rolar no nosso país, e não é pouco, por via desta comunidade.
Contudo, e porque há sempre o revés da medalha, a origem do dinheiro e a forma como este é conseguido, pela comunidade chinesa em Portugal, levanta sérias dúvidas, já para não falar que conseguem colocar produtos baratos no nosso mercado através da exploração infantil ou de, ainda à bem pouco tempo, o não pagamento de um salário mínimo! E isto, é algo que deveria ser repudiado e proibido pela UE. Mas enfim...

Em suma, e como tudo na vida, existem prós e contras, mas para a história, fica que nestes 10 anos, pelo menos a EDP já foi privatizada pelo Estado português e nacionalizado pelo Estado chinês.

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