segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Tanto mais é o que os une, do que aquilo o que os separa!

Como todos sabem, pelos mais distintos meios (até por videos virais de José Rodrigues dos Santos), o Syriza, tal como se previa, venceu as eleições na Grécia.

Até aqui, nada de surpresa, a não ser o facto de se evitar a surpresa e Samaras continuar no Governo. A esquerda, a extrema-esquerda venceu, Parabéns!

Ora, a nós que somos portugueses, o que nos interessa realmente é, em primeiro lugar, saber se os gregos, cidadãos europeus como nós, vivem em condições dignas, com a qualidade de vida necessária e as merecidas oportunidades. Esta será sempre uma miragem, pois queremos sempre mais.
Outro ponto que nos interessa, é o facto de sabermos se a Grécia, e as suas instituições de representação, são ou não responsáveis no contexto europeu. Com isto quero dizer, em relação à divida, que todos somos credores, a vão ou não pagar. Porque hoje todos dizemos que defendemos os gregos e os seus direitos, mas se as atitudes destes tiverem repercussões negativas nas nossas vidas, muitos murarão de opinião, de certeza.

Pois bem, cá eu acho que os gregos fizeram aquilo que tinham de fazer, e aquilo que muitos outros sentem vontade de o fazer, que não é mais do que romper com o que lhes é imposto, nomeadamente medidas de austeridade gravosas no que toca a qualidade de vida e direitos outrora adquiridos.
A questão é que o radicalismo não é saudável e deve ser evitado. A verdade é que Tsipras tem agora uma excelente oportunidade de mostrar às "grandes instituições europeias" que é possível governar em tempos de crise como o que vivemos, sem se aplicar esta receita milagrosa do empobrecimento e da desvalorização salarial.
Um verdadeiro Governo de esquerda, honra os seus compromissos, ou se não conseguir, tenta renegociar de forma a nunca ficar em falta, e ao mesmo tempo, coloca o ser humano no cerne da questão política.

No entanto, o Syriza precisou de menos de uma hora para fazer coligação com um partido de direita, os Independentes Gregos. A única coisa que os junta, é serem anti-austeridade e anti-troika. Poderíamos dizer que chega para o sucesso de um Governo, mas a política não passa apenas pela economia nem a economia passa apenas pela politica de austeridade ou expansionista e pelas instituições locais ou internacionais. A política na Grécia, passará muito pelos gregos, e se a instabilidade continuar, eles irão de novo romper!

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