sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Empobrecimento assistido

Estamos cada vez mais pobres e toda a gente assiste...

Hoje somos bombardeados de más notícias para a economia portuguesa, e claro, consequentemente para os portugueses. Depois da "euforia" do regresso aos mercados a taxa de juro menos 5%, mas na verdade, a vida dos portugueses em nada beneficiou a não ser ao ver os noticiários...

Esta semana, já apelidada por Seguro de "uma das semanas mais negras" deste executivo, temos novos dados desanimadores, recessão do PIB, aumento do desemprego, baixa salarial, aumento da despesa pública com os desempregados e aumento do empobrecimento fazem parte das manchetes de hoje.

Segundo  o Tribunal de Contas, a despesa com os subsídios de desemprego subiram 25,7%, graças ao aumento de desempregados que atinge já um valor muito próximo dos 1 Milhão de pessoas. Quem ainda trabalha, segundo o indicador do custo de trabalho viu as suas remunerações baixarem 16,1%, com maior gravidade no sector público. No "diário económico" podemos ler que Portugal tem uma taxa de pobreza superior à média europeia, apenas ultrapassada pelos países do sul da Europa (tal como nós o somos) e por alguns do leste, o que convínhamos parece ser um indicador algo natural dada a nossa debilidade económica dos últimos anos... Mas a manchete deste jornal de hoje é que me parece revelar o retrocesso que temos vindo a fazer no último par de anos, "Portugal mergulha na pior recessão desde 1975", o que demonstra bem por dados estatísticos, aquilo que Mário Soares dizia à tempos que nem no tempo de Salazar as coisas estavam desta maneira. 

Mas apenas salientar estes títulos e criticar não nos levará a nenhum lado, mas o que está a provocar esta situação tão gravosa, para além da intervenção da troika, é o facto de este Governo por vezes, senão quase sempre ter ido mais além daquilo que acordado, o que provocou o efeito ainda mais recessivo. Ainda outro pormenor, bastante relevante senão mesmo principal, é não estarem a ser empregues medidas de crescimento económico e o dinheiro que está a chegar destinado a apoiar PME's e particulares, ou mesmo empresas públicas estar na gaveta essa aplicação e o dinheiro "desaparece" na mesma.

É altura de alguém tomar o pulso à situação, porque quer o Estado, quer os cidadãos estão cada vez mais pobres. O Estado está a vender em saldo as últimas jóias da coroa, os portugueses estão a ficar com as dívidas e sem os bens... Onde vai isto parar? O memorando está a ser bem executado e os resultados são todos errados? Os sacrifícios são exigidos e a esperança está a desaparecer na mesma?

Agora sim... Precisamos de ajuda!

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