sábado, 10 de outubro de 2015

Quando a direita mete medo e a esquerda se une.

Acerca da semana que passou, parece claro uma coisa: Costa quer, mesmo, fazer diferente.

Foi com muito agrado que vi Costa ter saído da reunião com a coligação e dizer que foi uma reunião pouco produtiva. Principalmente depois de 2 dias antes ter dito, após falar com Jerónimo de Sousa, que há espaço para fazer trabalho sério.

Esta é a maior prova de que, o partido charneira, está empenhado em dar resposta aos mais de 60% de eleitores que votaram numa política que não a dos últimos 4 anos.

Mas ao longo desta semana, tanto foi escrito. A direita, com medo da força do povo, está a continuar a fazer aquilo que fez na campanha, tentar assustar e meter medo aos cidadãos, dizendo que não há alternativa. O problema da direita, o seu verdadeiro problema, é que essa alternativa que dizem não existir, está mesmo a ser construída. E vai dar frutos, podem crer.

Quando lia, ao longo desta semana, comentadores escrever algo como: quem ganha tem de governar, ou que o PS uma vez vencido, tem de deixar outros governar ou ainda o mais espetacular, algo como se os portugueses quisessem que fosse António Costa a chefiar um Governo, teriam votado no PS. Eu relembro a todos estes, por essa ordem de ideias, que há 4 anos os portugueses deram vitória ao PSD, e que queriam que este partido governasse em diálogo com os outros partidos e com a sociedade, mas o que aconteceu no pós-eleições de 2011, foi que o PSD e CDS se coligaram, legitimamente, e governaram como quiseram, mesmo tendo perdido a legitimidade por força das políticas em vários momentos do mandato.
Por isso, a mensagem que quero transmitir é exatamente esta: deixem os partidos fazer o seu trabalho, e se desse trabalho resultar uma coligação à esquerda com condições de governabilidade, que seja. Escusam de ter medo, o povo é soberano.

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