domingo, 5 de janeiro de 2014

Greve do lixo em Lisboa



Já muita tinta correu nos jornais e muito incomodou os lisboetas esta greve do STML - Sindicato de Trabalhadores Municipais de Lisboa, devido à reorganização administrativa na capital.

Ainda não foi normalizada a situação, até porque o Presidente da Câmara, António Costa admitiu isso mesmo, que seria apenas no dia 10 deste mês que tudo ficaria normal na cidade.
Mas o que me faz escrever, não é apenas e só a greve em si.

No dia 2 de Janeiro, depois de no jornal "i", no habitual semáforo colocar no vermelho Vítor Reis, presidente do STML, por este "saber desde o início que nunca esteve em causa a transferência da recolha de lixo para as freguesias, mas isso não o impediu de transformar Lisboa numa lixeira a céu aberto", já me tinha dado vontade de expressar, mas depois de na edição fim-de-semana deste mesmo jornal, ler que Duarte Marques propõe que seja despejado lixo à porta da sede do Partido Socialista, da casa de António Costa ou da Fundação Mário Soares, não consegui ficar "calado".

Não vou aqui propor que o mesmo seja feito para S. Bento ou Belém, porque isso não resolve nada e não faz com que os problemas de ameaça da saúde pública possam ser resolvidos, vou recomendar a Duarte Marques mais cautela com o que deseja, uma vez que de hoje para amanhã as coisas mudam de figura.

Mas vou dar uma outra recomendação ao próprio deputado do PSD e ex-presidente da JSD, que leia o artigo de opinião de João Miguel Tavares ao "Público" no dia 2 também, onde fala de greves desnecessárias e também que atente às acções dos funcionários das freguesias de Estrela e Arroios, onde se verificará que eles próprios vão efectuar a recolha de lixo, não sendo da sua competência, mas pelo maior interesse dos seus cidadãos. Por aqui se vê a abertura das freguesias à reorganização administrativa, que aliás, foi aprovada pela Câmara no mandato 2009/13 em coligação PS/PSD, na Assembleia da República pelo PS/PSD/CDS e mais, foi escrutinada pelos lisboetas no passado dia 29 de Setembro, com uma maioria absoluta! 

Para finalizar, apenas salientar que, para quem defende como deveria acontecer, um partido democrático deve sempre apelar e fomentar a descentralização... mas não me parece que seja esta a linha de pensamento de Duarte Marques.

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