segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Uma confusão "apaga" uma vergonha



Até hoje, não escrevi sobre qualquer processo judicial, quer fosse sobre José Sócrates, quer fosse sobre Miguel Relvas. Isto quando envolve políticos em função. E não é hoje que o vou começar a fazer.

No entanto, a confusão a que me refiro, e fazendo jus ao tema que será debatido daqui a pouco no programa Prós e Contras, onde se abordará as relações entre Portugal e Angola. Neste sentido, o que falarei e que me parece interessante ver e analisar, é o timing em que as relações com o país africano se estreitaram de tal maneira, que aparentemente, estão por um fio...

Vejamos que, na semana em que o OE é apresentado, dois dias antes, José Eduardo dos Santos diz que, por outras palavras, as relações com Portugal não são já vantajosas pelos processos judiciais que correm no nosso país. Que para o efeito, não interessa o conteúdo.

E se, logo na semana seguinte à aprovação do OE, se chegar a um entendimento e os dois presidentes vierem a público dizer que foram momentos de grande tensão e afinal, a relação entre os dois países é benéfica para ambos, tal como na realidade o é? Será pura coincidência? Ou será desejável para o Governo português que enquanto o OE é discutido, haver outro assunto quente na baila? A ver vamos o que acontecerá.

Agora, o que eu espero realmente, e que desejo que aconteça, é que as relações entre os dois países sejam recuperadas porque interessa a ambos, Angola precisa de desenvolver, e Portugal, uma vez que não consegue dar oportunidade aos jovens, Angola oferece assim uma porta de saída.

Quanto ao OE, é bom que sejam revistas algumas medidas, senão irão agravar ainda mais a nossa má situação sócio-económica. Não me parece, muito sinceramente, que cortar em remunerações logo a partir dos 600€, seja benéfico para o país. Ou muito menos, taxar os veículos a diesel, assunto que abordarei em breve.

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