sexta-feira, 10 de maio de 2013

Projecto europeu



O momento que a Europa vive não é nada fácil. Mas a verdade é que ela própria parece querer complicar ainda mais o seu papel.
A união europeia é constituída por estados membros  que deveriam estar todos em pé de igualdade e a trabalhar todos no mesmo sentido.
Mas o que acontece é que estamos perante uma guerra entre norte e sul da Europa, e onde os dois principais países do centro são quem decidem e mandam nos restantes. Estamos perante os bons e os maus da fita.

Esta guerra não é só interna, as agências de rating têm também "trabalhado bem" no sentido de prejudicar o euro num jogo de poder mundial.

Mas como europeu, não percebo muitos dos problemas que a CE se submete por si própria. Por exemplo e para ser muito simples... Existem limites de défice de 3% e na dívida de 60%. Qual é o país do sul que cumpre? Se nunca assim foi, por que é que deixaram ainda assim estes mesmos países entrar na zona euro? Foi para ajudar ao precipício? E a verdadeira questão é... Qual a penalização de quem não cumpre?

Outras questões prementes são também as seguintes... Por que é que, a CE por si só não tenta resolver os problemas antes de eles se agravarem e terem de os resolver na mesma mas já com o FMI misturada?

É que tudo junto dá no seguinte:
País europeu endividado
CE não resolve equitativamente o problema
Vem o FMI
CE acaba por ajudar na resolução em parceria com o BCE e FMI
Aplica-se austeridade
País ainda pior
Perdão da dívida
Problema do país por resolver
Dinheiro desapareceu

Isto não me parece que ajude a resolver nada muito sinceramente. Mas estou só a falar em termos económicos. Podemos também falar em termos sociais.
Não percebo como é que a Europa se diz um continente tão desenvolvido e defensor dos direitos humanos que permita entrar no seu mercado materiais provenientes de mão de obra infantil. um exemplo apenas!

Muitas coisas têm de mudar para que o projecto europeu valha a pena. a intenção é boa, a execução não tem correspondido aquilo que está no papel.
Sou jovem e irei lutar por um futuro melhor, que sei que a Europa me pode proporcionar, mas para isso, temos de falar todos a uma só voz, e não remar uns para um lado, e os outros para o outro.
O sul também é Europa, também temos um papel a desempenhar e uma palavra a dizer.

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