Teodora Cardoso, que para muitos é desconhecida, é a presidente do Conselho de Finanças Pública e disse que o caminho da austeridade era necessário mas que não deveria ter sido cego.
Todos nós, que temos pelo menos dois dedos de testa sabíamos que o Estado estava a gastar acima das suas possibilidades, ainda ontem o disse em conversa, contudo, cortar sim mas como? E esta é a grande questão, onde se deve realmente cortar e quanto se deve cortar. Para responder a estas perguntas, é necessário ouvir as pessoas, as entidades, as instituições, e este Governo não o fez, de forma alguma!
É certo que era preciso arrumar a casa, este executivo tinha de lá chegar e ver onde andava a ser gasto dinheiro, que dinheiro, se esse dinheiro era apenas nosso ou estávamos a endividar constantemente, entre outras questões pertinentes, no entanto não foi isso que se passou, este executivo chegou e começou a aplicar a receita da austeridade a torto e a direito, esta austeridade acompanhada de medidas de crescimento zero, ou seja, nenhumas, deu no que está a dar. Mas o Governo de Passos Coelho não é só nas culpas, a Troika tem também muita responsabilidade no que está a acontecer e nos seus prazos.
Agora foi concedido mais anos para pagar a dívida, ou seja, podemos aplicar a austeridade de forma menos intensiva, sem sufocar as pessoas, as empresas, por outras palavras, a economia.
À muito que tenho vindo a defender que deveríamos sim estar a ter cortes, mas que estes cortes são excessivos e que deveriam ser acompanhados de medidas de crescimento económico e incentivo ao emprego, e já dei exemplos disso mesmo noutros artigos não me ficando pelas críticas! Para fazer um paralelismo que resuma esta minha ideia é muito simples, nós sabemos que só podemos tomar comprimidos do género ben-u-ron de 8 em 8 horas, e se por qualquer motivo começarmos a tomar de 5 em 5 horas, em vez que recuperarmos mais rápido como desejamos, vamos piorar porque nos fará muito mal aos rins por exemplo. E o que está a acontecer com Portugal é o mesmo, estão a aplicar tanta austeridade que estamos a piorar e está a ter efeitos muito mais prejudiciais do que os benefícios que estavam estimados!
E o que hoje Teodora Cardoso defendeu é o ideal para sustentar esta minha ideia, que é partilhada por muitas outras pessoas também!
Fica aqui o link em que resume a intervenção da presidente do CFP (http://www.ionline.pt/dinheiro/teodora-cardoso-diz-corte-da-despesa-caminho-lamenta-cortes-cegos)
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