segunda-feira, 23 de março de 2015

De Belém a Paris

Como sabemos, este ano iríamos estar muito atentos a eleições em diferentes órgãos e em diferentes países. Principalmente em Portugal, pelo menos aqui no PNP!

Contudo, são as eleições presidenciais que maior destaque têm recebido pelos media e pelos próprios políticos nacionais.
O mesmo, se reflete aqui no PNP, em que o tema das presidenciais, assim como os potenciais candidatos, quer da direita, mas principalmente os da esquerda, sim, porque são mais que muitos, têm sido alvo de diferentes comentários da minha parte. E hoje não poderia não escrever sobre isso mesmo. Henrique Neto, ex-deputado socialista anunciou que vai apresentar candidatura esta quarta-feira como candidato a Presidente da República. Atenção que não sou contra este facto. Aliás, considero bastante importante os cidadãos, sejam provenientes de qualquer quadrante político, tomem iniciativas e tenham um papel ativo na sociedade. Porém, a esquerda insiste em se fragmentar. E assim, apenas estamos a alimentar o sonho da direita, um Presidente e um Governo.
Esta candidatura de Henrique Neto trás consigo os "dinossauros" do costume. Um dos primeiros e mais mediáticos foi Medina Carreira anunciar que vai apoiar esta candidatura. Ou seja, ao contrário do que já ouvi, referindo que esta candidatura se aproxima da de Fernando Nobre outrora, considero que esta candidatura não será tão enquadrada com a sociedade atual, mas sim uma candidatura alimentada por ex governantes, ex detentores do poder. Mais do mesmo, portanto.
Em relação ao comentário de António Costa, e uma vez que esta candidatura ou anúncio da mesma, foi feita por alguém facilmente ligado ao PS, acredito que o líder socialista agiu bem ao considerar que lhe é indiferente. Pois esta candidatura surge sem sequer haver um primeiro contacto, e urge como completamente apartidaria. Pois bem, assim se deverá manter até ao fim.
De notar que, as candidaturas a Belém devem ser apresentadas por figuras independentes, e com apoios de partidos, e não por partidos, apoiados em um candidato. E nesse sentido, Henrique Neto fez bem, caso ache que é o candidato agregador de intenções de voto, e ache que tem, realmente, um papel importante a desenvolver face aos nossos desafios.

Por falar em regressos, Sarkozy venceu ontem as eleições (primeira volta) departamentais. Remetendo a Frente Nacional de Marine Le Pen para segundo lugar com 25% dos votos, e para terceiro lugar o Partido Socialista de Hollande com 22%.
Mas não é a vitória em si que quero aqui destacar, mas sim o seu significado, e possível transposição para o panorama nacional.
Para os mais esquecidos, Nicolas Sarkozy à bem pouco tempo estava a ser detido para interrogatório, com casos processuais às costas e com uma popularidade nada apreciável. Acontece que, depois da poeira assentar, chega a líder novamente e vence eleições.
Em Portugal estão a ver alguém que se enquadre neste perfil? Existe alguém que possa escrever uma história idêntica? Eu tenho uma pessoa em mente...

Sem comentários:

Enviar um comentário