Como já devem saber, hoje celebrou-se o dia nacional do estudante.
Inevitavelmente, Coimbra estaria na ordem do dia, pois mais não seja, estamos a falar da cidade dos estudantes!
Porém, desta vez os motivos são até outros, ora a Académica de Coimbra recusou almoçar com o Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho. Este, almoçou em Braga com as diferentes associações de estudantes do país, excetuando representantes de Coimbra.
Esta recusa é que deu origem ao título.
Por um lado, é louvável o facto de os estudantes terem demonstrado o seu desagrado com as políticas desenvolvidas por este executivo. O que é, aliás, um sentimento alargado a muitas outras áreas.
Por outro lado, esta era uma oportunidade rara de os representantes dos estudantes se sentarem à mesa com o chefe do executivo.
O facto de terem recusado, fez-me lembrar o Bloco de Esquerda e do PCP quando se recusaram sentar a mesa com a TROIKA. O BE, por via de Francisco Louçã, então líder do partido, afirmou mais tarde que se tinha arrependido de não sentar a mesa, porque seria precisamente uma oportunidade de dar opinião e de tentar que o memorando fosse, supostamente, menos mau.
Temos ainda o outro lado, em que dialogar é a base de qualquer democracia, nomeadamente da criação de consensos.
Mas tendo uma visão macro, e mais fresca, pode-mo-nos lembrar da Grécia, que não concordando com a filosofia aplicada pelas instituições europeias, não deixou de se sentar à mesa, dialogar, ceder e encontrar soluções. Esta é a base de uma sociedade pluralista.
Esta é uma lição que deveríamos ter todos aprendido, mas pelos vistos, não chegou a todos.
Não nos podemos resignar, mas quando temos oportunidade de tentar mudar, ou de fazer realmente ouvir, devemos aproveitar.
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