sábado, 6 de julho de 2013

Antes do acordo



Estamos a 25 minutos da declaração, que os líderes do PSD e CDS vão fazer ao país para dar a conhecer o acordo assinado entre ambos, mas até lá, as ideias que ficam:

1. Paulo Portas consegue revogar o que é irrevogável, sai e entre do Governo como jogo de poder. Ganha notoriedade e perde, pelo menos a minha, consideração que restava.

2. Acabou por mostrar medo dos delegados ao congresso do partido que lidera, e decidiu adiar a realização do congresso para ter a certeza que não é enxovalhado. 

3. Afinal os esforços que o povo está a fazer, podem muito bem ir por água abaixo e cada vez temos menos credibilidade. Continuamos, como sempre, dependentes dos mercados e fazemos o que eles querem. A democracia assim está em risco e pode estar em causa por aqueles que nos governam. 

4. Passos Coelho anda ali por andar, faz no fundo, o que os outros querem que faça. Tudo para ficar agarrado ao lugar com que sempre sonhou.

Mas agora, quanto ao acordo e sem saber o que ele contem escrito, pode até não ser mau. Pode ser óptimo  como pode ser péssimo, a ver vamos o que diz e como é executado. Recordo que à não muito tempo, o PS também viveu uma grave crise interna, tal como a coligação, e através de um acordo, hoje está unido e fala a uma só voz, foi bom e está a dar resultados. Se o mesmo se passar entre o PSD e o CDS, e for realmente em prol do emprego e crescimento económico, até sou capaz de tentar perceber toda a palhaçada que aconteceu ao longo da semana. Mas se o sumo de tudo isto, foi passar Portas a vice-primeiro-ministro e arranjar mais dois cargos para boys dos partidos, repudio totalmente o que tem acontecido.

Na sua demissão, Portas dizia que não concordava com as políticas seguidas nem como o PM tem governada. Ao passar agora a vice, pode muito bem forçar a demissão de Passos e passa assim automaticamente a PM. Uma coisa é certa, conseguiu a remodelação que queria, tem mais notoriedade e sobretudo, teve as atenções voltadas para ele e mostrou, a sua importância num Governo frágil.

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