É extraordinário o que o nosso Presidente da República, que é só o chefe de Estado, está a fazer esta semana.
Lembram-se de no passado dia 5 de outubro não ter participado nas comemorações por causa do momento que exigia reflexão? Então e esta segunda e terça? Não exigiam reflexão também?
A não ser que tenha ido até à madeira para refletir, fazendo dessa viagem um retiro espiritual, não vejo motivo algum para ter lá ido num momento em que a celeridade deveria primar.
Depois tivemos uma primeira declaração que foi no mínimo, incendiária. Recordar que teve 5 meses como Governo de gestão enquanto Primeiro-Ministro é quase tão bom como chamar piegas aos portugueses. E o que é que uma coisa tem a ver com a outra? O mesmo, o ignorar da situação que os portugueses se encontram e as consequências das medidas e decisões tomadas.
Mas o copo de água enche quando diz, num momento em que os portugueses ainda não viram os resultados da melhoria do estado das contas publicas, porque na verdade, essas não melhoraram. que existe uma almofada financeira substancialmente melhor que em 2011, e que nem diz o quanto tinham os nossos cofres por tão pouca que era a quantia. Ora, primeiro ponto, se não fosse uma quantia baixa, não teria sido necessário pedir auxílio externo. Ponto número dois, é suposto ser o nosso chefe de Estado a alarmar? A gerar desconfiança? A lançar o medo? A lançar a preocupação? E por fim, terceiro e último ponto, o Primeiro-Ministro de então não se reunia semanalmente com o Presidente da República? Não havia uma prestação de contas constante? Todas as leis não foram aprovadas pelo crivo do Presidente? Ora, o Presidente não tem aqui responsabilidades?
Agora, o copo transborda quando coloca a audição de banqueiros e economistas (segundo a capa do jornal i de hoje, são todos contra um Governo PS, ou seja, em Belém prima a pluralidade) à frente da audição dos partidos com assento parlamentar, ou seja, os eleitos e quem representa o povo.
Mas este artigo termina com uma boa notícia. Dia 24 de Janeiro, ficou hoje a saber-se, iremos ter as eleições para eleger aquele que terá a espinhosa tarefa de voltar a dignificar o mais alto cargo da nossa democracia.
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