Já estava anunciado o fim a um Governo de Passos e Porta, mesmo antes das eleições.
Uma vez consumado o resultado eleitoral, a sua vitória como força mais votada apresentada a eleições, verificou-se que o inédito estava a acontecer. Nunca na nossa história um partido venceu as eleições sem que a sua "ala ideológica" a vencesse também, isto é, os governos com maioria relativa tiveram sempre do seu lado (esquerda ou direita) a maioria dos votos. 2015 mudou este paradigma. Pela primeira vez, a coligação de direita venceu mas foi a esquerda que mais votos obteve.
Esta foi e é a grande e significante diferença que até agora, muitos continuam sem perceber.
Hoje, na Assembleia da República, foi rejeitado e posto fim aquele que ficará na nossa história, como o Governo mais curto da nossa democracia. 11 dias apenas. Sim, 11 dias.
Restará agora a Cavaco Silva tomar uma decisão, sendo que não deverá adotar outro caminho que não a indigitação de António Costa para Primeiro-Ministro.
O desafio é grande. A expectativa é enorme. Será um Governo que ficará, mais do que os outros, debaixo de fogo.
Houve um acordo assinado, histórico e que deixa a direita sem saber o que fazer ou dizer. O medo de que corra bem tem assombrado Passos e Portas.
Eu quero acreditar que correrá bem. Acredito em António Costa e nesta geração que o tem rodeado. Sem bem que o PS tem bons deputados. O PS prestará um bom serviço ao país. Essa é a minha crença.
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