quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Não, não o vejo como traidor!



É incrível como na política, aos olhos da opinião pública se passa de bestial a besta.

É o que aparentemente se passa agora com António Costa. A meu ver, injustamente.
Nestes últimos dias tem havido uma forte contestação ao líder socialista. Sobretudo nos artigos de opinião.

Muitos falam de sucessivas traições. Primeiro a António José Seguro, depois aos militantes do PS, agora traição à democracia... Enfim.
Para deixar claro, hoje, e com todas as consequências que isso pode ter no futuro, digo que não o vejo como um traidor.

Quanto ao suposto "assalto ao poder" no PS, vejo a disponibilidade de assumir a liderança naquela altura como resposta a sucessivos apelos para que António Costa fosse, efetivamente o líder. Esse "assalto" traduziu-se em primárias no Partido Socialista, em abertura a simpatizantes para escolher o candidato a Primeiro-Ministro e ainda numa clara vitória de cerca de 70% dos votos.
E quanto ao que se está a passar agora, o nosso Presidente da República continua a ter o poder de atuar, isto é, convidar alguém (Passos ou Costa) a formar Governo. Estas reuniões que António Costa tem mantido não são uma traição à democracia, basta para tal ler-mos a constituição ou sermos um eleitor informado para sabermos o que fizemos no dia 4 de outubro. Vejo estas reuniões como uma resposta ao que o PCP e BE iniciaram, vontade de dar resposta aos 62% dos votos.

E uma coisa sabemos, que afinal, existem condições para melhorar a vida dos portugueses e que o programa da PàF não é o único caminho.

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