Enquanto andamos todos a discutir as questões gregas, que obviamente são do interesse de todos nós, e todos devemos defender aquilo que acreditamos em relação à continuidade, ou não, da Grécia na zona euro e mesmo na UE, outros assuntos devem ser igualmente esclarecidos dentro do nosso país.
Falo das privatizações da REN e EDP, que ao que parece, não foram assim tão transparentes e claras como deveria ter acontecido.
Mas podemos também falar do BES, que afinal (como era óbvio à data), terá encargos para os contribuintes.
Mas vamos por partes.
Segundo o Tribunal de Contas, após uma auditoria feita à privatização da REN e EDP, detetou envolvimento de empresas consultoras, de amigos de Vitor Gaspar, que auferiram mais de 10 Milhões de euros em honorários (relembro que o Estado recebeu, na altura, cerca de 40 Milhões de euros pela venda da EDP). Outro facto importante, foi o facto de o Estado português não ter acautelado os interesses nacionais quando privatizou estas duas companhias (estranho não é?).
Enfim. Como se não fosse já suficiente, o que na altura foi uma grande bandeira deste Primeiro-Ministro, isto é, que a resolução do BES não teria encargos para os contribuintes, mesmo depois de a Caixa Geral de Depósitos ter injetado dinheiro no banco do regime, afinal agora não passa de uma falácia, ou até poderá a curto prazo, passar a mito urbano. O que é certo é que já se fala num encargo na ordem dos 9 Mil Milhões para os contribuintes. Bem mais do que custou a nacionalização do BPN, dos erros dos amigos deste Presidente da República e que José Sócrates, e o seu Governo decidiram nacionalizar para evitar o colapso bancário que poderia despoletar a falência do BPN.
Todos nós reconhecemos a importância de discutir o que se passa na Grécia, mas não podemos fechar os olhos aos enormes erros que este Governo tem cometido e que vão custar caro ao país.
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