Aquela incrível premissa de que o país estaria melhor mas os portugueses não, como se fosse possível desassorear os portugueses de Portugal, uma vez que Portugal se faz dos portugueses, mas adiante... Parece ter caído por terra.
Segundo a TVI 24, em notícia rodapé, seguem os seguintes dados económicos, noticiados como notícia de última hora:
- Importações crescem 3,2%
- Exportações crescem 1,8%
- Balança Comercial Portuguesa agrave-se 967 Milhões de euros em 2014
Ora, cai assim por terra uma das grandes bandeiras deste Governo. Aquilo que era um grande esforço e tudo por causa das políticas deste Governo, que as exportações estariam melhor do que nunca e que a nossa balança comercial encontrava assim o equilíbrio desejado.
Não é com júbilo, antes pelo contrário, que escrevo este artigo.
Não é por ser o PSD e CDS que lideram o Governo que eu rezo para que a economia piore, antes pelo contrário, quero sempre que as nossas condições se melhorem, mas não podemos deixar cair em falácias.
Como poderão ver pelos dados acima, as importações cresceram mais do que as exportações. E importa tentar perceber porque, e não apenas explanar os números.
As exportações crescem quando produzimos mais do que o que consumimos, e assim, exportamos o excedente. Ou então, exportamos aquilo que não consumimos, quer seja em excedente ou não, de forma mais simples.
Já as importações crescem quando consumimos mais do que produzimos, ou consumimos o que não produzimos e temos de procurar noutros países e importar.
Ou seja, quer nas importações como nas exportações, o consumo nacional está presente, assim como a nossa produção. Se no total existe um gap de 1,4% negativos, quer dizer o seguinte:
- Ou estamos com mais dinheiro para consumir e a nossa economia não produz aquilo que é necessário, ou seja, a nossa economia produtiva não acompanha aquilo que o mercado pede, e aí, importamos;
- Ou então continuamos a consumir o mesmo, ou até menos, mas a nossa produção baixou de tal forma que nos obrigou a procurar importar para satisfazer o mercado.
Agora, cabe a cada um de nós, olharmos à nossa volta e tentar perceber qual das hipóteses que coloquei acima se enquadra melhor com a realidade.
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