Por estes dias, entre as notícias e imagens que nos chegam do outro lado do atlântico, do Carnaval do Brasil, e também por entre a estreia (e consequente histerismo) do 50 sombras de Grey, o contínuo noticioso grego e ainda a roleta russa de nomes para as presidenciais de daqui a 11 meses, comecei a ler o livro "O Capital no sec. XXI", de Thomas Piketty.
Esta obra, que ao que parece vai fazer parte do meu dia-a-dia das próximas semanas, fala-nos de uma das grandes questões que a mim me toca muito, e impulsiona o meu gosto pela política, é a temática da distribuição dos rendimentos e as consequências dos desequilíbrios que a acumulação de capital por parte de poucos, em detrimento de tantos, numa sociedade, que se quer democrática e justa.
Mas será que se quer assim tanto?
Esta será uma questão que espero ver respondida no livro. Não sendo uma questão pessoal, porque eu defendo a igual repartição de rendimentos, admito que seja uma questão pertinente tendo em vista as políticas que os principais agentes tomam. Ao longo dos últimos anos, e na verdade, desde sempre, temos 2 classes apenas, as que mandam e as que são mandadas, os que possuem e os que servem. E esta relação será sempre assim, se não fizermos nada para alterar o rumo da história. Sim, porque temos esse poder!
Não vou aqui dissecar sobre o livro que não li, mas antes revelar o que tenho na estante por ler, e que o tenciono fazer este ano. Os livros em que me mergulharei, serão muito em volta desta temática das desigualdades, da distribuição da riqueza e de como melhorar o mundo em que habitamos. Tendo sempre por base a máxima que me foi ensinada, quando ainda era criança, de deixar um mundo melhor do que aquele que encontrei. Para destacar apenas 3, para além do livro que acima referi, tenho na estante a aguardar o "Porque Falham as Nações" de Daron Acemoglu e James A. Robinson, "O Preço da Desigualdade" de Joseph E. Stiglitz e ainda "Os Milhões da Pobreza" de Paul Collier.
Neste ano que, como já vimos, politicamente será bastante agitado, estas serão outras formas de ver o mundo que irei trazer para este espaço de opinião.
Para terminar, e porque em certa medida está relacionado, este artigo surge no seguimento de Ibrahimovic ter conseguido a proeza de alertar o mundo para o facto de existirem, hoje, 805 milhões de pessoas com fome. É algo que deve mexer com cada um de nós, onde todos, em conjunto, devemos encontrar soluções.
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