terça-feira, 18 de junho de 2013

Uma proposta acertada.



A Europa está claramente dividida. Hoje existem duas Europa e ao mesmo tempo apenas com um Estado-membro. Temos a Europa do norte (os bons), a Europa do sul (os maus), mas ao mesmo tempo, parece que a Europa não é nada mais que a Alemanha.

Com a actual crise que assombra o mundo, mas praticamente já só se fala nela no velho continente, ficou claro que este continente tem muitos telhados de vidro e que deu muitos passos em falso, ou se quisermos, construiu castelos de areia. Problemas como o défice e a dívida excessivos marcam a agenda de quase todos os países europeus, mas existe um problema ainda maior, que cada vez mais parece não ter solução, é o do desemprego, principalmente o desemprego jovem!
Hoje em dia temos um dos líderes mais carismáticos (senão o mais) que a Europa conheceu, Jacques Delors, a dizer que é preciso reconstruir a velha Europa, e o líder do PS (que pelo andar poderá muito bem vir a ser um dos futuros líderes da Europa) a propor uma medida concreta para a solidariedade entre os Estados-membro, e que fará com que este continente se torne cada vez mais um só, a uma só voz e com um só propósito.

A proposta de António José Seguro é que quando um Estado-membro ultrapasse os 11% de desemprego, o subsidio de desemprego passe a ser participado com a comissão. Isto levaria a que não seja apenas o país já afectado socialmente com o desemprego a suportar os custos, como também seriam suportados por todos os outros. 
Na apresentação desta ideia, o líder do PS afirmou que a intenção não é que a UE subsidie o desemprego, mas sim que o desemprego passe a estar na primeira linha das prioridades. Com esta medida em funcionamento neste momento, os países que se esforçam por tirar proveito de países como Portugal, Espanha ou Grécia pensariam duas vezes antes, uma vez que teriam de, através de UE, comparticipar. Pode ser que assim a UE comece a pensar mais no crescimento económico e no emprego, e não tanto em ratings e fachadas. Este sim, é um problema que mexe com as pessoas no dia-a-dia. Eu percebo o porque de o défice e a dívida estarem inscritas com um tecto máximo nos estatutos da UE, mas percebo também que se coloque um tecto máximo para o desemprego. Actualmente, Espanha está a gastar um dinheirão só com o desemprego, e como todos sabemos, o desemprego faz um Estado gastar dinheiro em subsídios, essas pessoas não têm poder de compra relevante, caso dure muito tempo podem emigrar despovoando o país, e trás problemas atrás de problemas, como hoje em dia temos assistido.

Por isto, sou todo apoio a esta ideia apresentado por António José Seguro, quem tem feito um papel a meu ver extraordinário no que diz respeito a apresentar ideias concretas e de diálogo, quer em Portugal, quer na Europa.

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