Isto sim, é democracia.
Defino democracia como um regime que promova o diálogo, o consenso e a liberdade (quer de acção, quer de expressão). E hoje, o PS está claramente unido, forte e a trabalhar para melhorar o país, a nossa sociedade.
Não estão agendadas eleições legislativas, vamos a meio deste mandato, mas mesmo assim, o PS e em particular o seu líder António José Seguro tem intenção, e vai fazê-lo esta semana, de reunir com todos os partidos que gozam de assento parlamentar com o intuito de conseguir um consenso e encontrar soluções para a crise promovendo o emprego. Uma pergunta que surge logo de início é: Mas isso não é o papel da AR? Ser é, mas não o tem feito de forma eficaz devido a existir uma maioria que não tem promovido o crescimento económico nem o emprego.
Visto que temos este problema no nosso quotidiano, é mais do que nunca necessário resolve-lo. Os cidadãos não podem estar constantemente a espera que a AR resolva os seus problemas, principalmente quando esta não tem mostrado realmente vontade, e é aqui que os partidos têm de justificar a sua existência, e é o que o PS está a fazer.
É extremamente importante que acções destas sejam agendadas quando não à eleições à vista, só demonstra que, e neste caso o PS não é apenas um partido de oportunismo político eleitoral, tem como objectivo resolver os problemas concretos que afectam o nosso dia-a-dia.
Mas se dou os parabéns ao Partido Socialista pela iniciativa, dou igualmente os parabéns a todos os outros partidos, que aceitaram entrar no diálogo, parece-me ser um excelente mote de partida para um futuro melhor.
Agora, porquê ser o PS a tomar a iniciativa? Simples, porque tem responsabilidades a assumir, não só por ter governado 6 anos em que a crise estava a emergir, não só porque também assinou o memorando da troika, não só porque tem assento parlamentar, mas essencialmente, porque está na frente das sondagens, ou seja, uma vez que é o favorito dos eleitores hoje em dia, tem de assumir que é o líder da oposição e concretizar a sua retórica, isto é, passar das palavras a prática. Frisando Anderson "política é aquilo que os políticos fazem concretamente, e não apenas aquilo que dizem que vão fazer".
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