Como todos sabem, hoje é dia mundial da criança.
E com a evolução recente da sociedade, uma pergunta, clara, se coloca. Que futuro terão as crianças de hoje?
Se é verdade que as crianças de hoje, são os adultos de amanhã, é certo também que o futuro reserva demasiadas incertezas para traçar qualquer plano futuro. Qualquer que seja o prognóstico que se faça, será certamente, falhado no seu todo.
Seria pertinente tentar definir o que é criança, mas mesmo isso se torna impossível uma vez que todos somos crianças. Apenas a diferença é sermos mais ou menos lúcidos. Pelos 23 anos que tenho, acriançados é certo, creio que cada vez que evolui-mos (necessariamente) e que descobrimos o que se passa à nossa volta, a criança que existe em nós tende a desvanecer, resumindo-se a laivos rasgos de comportamentos pontuais e nostálgicos.
Mas, concentre-mo-nos nas crianças de hoje.
Aquelas que, algures, não têm acesso a bens básicos de sobrevivência.
Aquelas que, algures, não têm acesso à educação.
Aquelas que, algures, morrem por falta de cuidados de saúde.
Aquelas que, algures, não conseguem ver o mundo além da miséria que os rodeia.
Aquelas que, algures, sonham com um futuro melhor.
O que será destas crianças, hoje, mas principalmente amanhã?
Como poderão estas crianças ter um futuro próspero? Como se poderão elas preparar para o sucesso que anseiam? Como poderão elas alcançar os seus sonhos?
Não estamos, aparentemente, com uma guerra (quem sabe a terceira guerra mundial à vista)?
Não estamos, cada vez mais, num mundo de egoísmo e ganância?
Não estaremos nós, a voltar ao mundo que se exploram crianças (se é que alguma vez o deixamos)?
Nos últimos tempos, principalmente meses, tenho refletido bastante sobre aquilo que são os objetivos de uma pessoa, que têm de passar, obrigatoriamente pela sua essência.
Essência essa que, na minha ignorância acredito, é aquilo que somos quando nos encontramos nos "tempos de criança". Estes são, (até hoje que tenho 23 anos, mas pelos testemunhos que tenho recebido e procurado), os melhores tempos da nossa existência (sendo certo que não falei com ninguém que por esta vida tivesse já passado).
É na nossa meninice que, sem preocupações, limites ou obstáculos, sonhamos, acreditamos e lutamos.
É na nossa meninice que queremos virar o mundo, e que sabemos que somos capazes de o fazer.
A consciencialização da realidade, porém, tira-nos esta magia própria daquela idade.
Num nítido esforço que tenho feito para voltar a essas origens que acima referi, deixo aqui um desafio.
Sejamos todos crianças.
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