Muito já se falou deste orçamento de Estado apresentado por esta coligação que sabe, ser o último que apresenta.
Aliás, o mesmo se baseia apenas e só nesse facto, aliado aos de o Primeiro-Ministro se estar a "lixar para as eleições".
Ora, como Passos Coelho se está a lixar para as eleições, e como sabe que as vai, tudo indica, perder, não faz um último OE eleitoralista. Ora, isso é bom certo? Nem por isso. Este Governo consegue mostrar que o que os portugueses se queixam em relação a Governos anteriores, quando os mesmo apresentam orçamentos eleitoralistas, não era bem isto que queriam dizer. É que pelo facto de este PM se estar a lixar para as eleições, está-se também a lixar para os portugueses. Tal como diz hoje na sua crónica no negócios, Helena Garrido, este orçamento tira mais do que o que dá.
Esta fiscalidade verde, é muito bonita, se não for aplicada única e exclusivamente para cobrar mais receita... Eu não contesto os 10 cêntimos por saco plástico, nem o imposto sobre o álcool muito menos o do tabaco, agora, na gasolina... não concordo tanto, uma vez que irá subir o preço da distribuição e recairá no consumidor, claro.
E por falar em consumidor, como é que o Governo consegue não fazer nenhuma mudança estrutural na nossa economia, sem um crescimento do PIB significativo, e ainda assim, com apenas as migalhas que tem dado, subir o consumo interno e baixar a importação. Curioso não é? Pois bem, a explicação está em si mesma, nas contas, bastante optimistas deste Governo.
Para finalizar, este orçamento não tem em conta o que se passa lá fora, muito menos nos nossos mercados de exportação, pelo que, obviamente, levará a dois ou três orçamentos rectificativos e também indexa a baixa da carga fiscal em 2016 consoante as contas de 2015. Ora, num documento como o orçamento do Estado, em que é suposto prever apenas um ano de exercício, e não condicionar futuros orçamentos, temos um Governo que está a limitar nas acções o próximo executivo. Não me parece ético...
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