segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Destinos diferentes



À relativamente pouco tempo, qualquer coisa como um ano, os dois principais sindicatos ( CGTP e UGT) mudaram de líderes. Carvalho da Silva, que era ligado ao PCP e João Proença, que é ligado ao PS tomaram destinos diferentes depois das respectivas lideranças sindicais.

O primeiro, que já à algum tempo é apontado como candidato da esquerda às presidenciais pós-Cavaco decidiu, em silêncio abandonar a militância do PCP por ter "uma ligação muito ténue" com o partido. A verdade, é que a ideia de ser o candidato a Belém ganhou mais força depois do congresso das alternativas que uniu a esquerda, nomeadamente membros ligados ao PS e ao BE. Assim, com os que gostam dele dentro do PCP, o BE e o PS a pensarem nele para uma "candidatura forte", Carvalho da Silva poderá muito bem vencer e ser o próximo Presidente da República.

Já João Proença, que foi líder do sindicato dos socialistas (como alguns lhe chamam), depois do seu mandato integrou o secretariado nacional do Partido Socialista e, na passada semana soube-se que este vai para o AICEP trabalhar com o presidente.

Resumindo e concluindo, os dois líderes tomaram destinos diferentes, mas ambos promissores e prestigiados. O que quererá isto dizer? Que todos aqueles que ocupam uma vez na vida lugares de destaque em organizações públicas, ficam nesse "ramo" para sempre?

Ser líder sindical, é defender os interesses dos trabalhadores, ou um trampolim político? Acho que são boas questões para ficar-mos atentos nos próximos anos.

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