http://redator.pt/wp-content/uploads/news-lusa/21462948-326x245.jpg |
Ontem à tarde fui à Assembleia da República ouvir o início
do debate do Orçamento de Estado
para 2017 na generalidade. Entre a
minha visita e o orçamento em
questão, uma coisa em comum: é um desafio
sério.
Uma das vantagens, se não a
principal, de estar a estudar em Lisboa,
para além do que estudo, o conteúdo em si, e mesmo o local (instituição) ou até
o corpo docente, a envolvência da cidade revelou-se, num curto espaço de tempo,
uma grande vantagem. Para exemplificar: fui mais vezes ao parlamento neste mês
do que no resto da minha vida. E ainda só cá estou há um mês. Mas logo a
palavra desafio aqui emerge. Gerir bem o tempo não é nunca, em parte alguma
deste país, tarefa fácil. Ou porque
o local oferece demasiadas atrações, ou porque tem maravilhosas vistas, ou
porque é onde estamos constantemente com os nossos amigos, ou porque é onde
passamos horas a trabalhar, estudar, praticar desporto, hobby, … enfim, tantas
e tantas hipóteses. Tudo serve de motivo para não focarmos e desperdiçarmos
tempo. Para algum consolo meu, não é só comigo que isso acontece. Ao que
parece, é com todos.
A elaboração de um Orçamento
de Estado, tal como me foi ensinado na licenciatura, mas como todos sabemos
porque estamos fartos de ouvir, é um documento onde se inscreve aquilo que é
suposto o Estado fazer com os
recursos que tem. E é aqui que reside o problema:
as necessidades são ilimitadas e os
recursos escassos. Isto é aquilo que se aprende na aula nº 1 de qualquer
tema relacionado com economia. E
este é o desafio de se fazer um Orçamento
de Estado. Por norma, é muito complicado conseguir cobrir todas as
necessidades com os recursos que se tem. Mais, no caso do OE, é mesmo um enorme desafio porque em todos eles até hoje, com
mais imposto aqui menos ali, nunca se conseguiu agradar a todos. Este ano não
seria a exceção.
Ora, mas estes dois parágrafos introdutórios
serviram para quê? Para explicar que em tudo encontramos desafios. Tudo o que
nos rodeia é um desafio a nós próprios para nos adaptarmos, seja qual for a
circunstância. Mas o match entre o
meu dia de ontem e o Orçamento de Estado não se esbarra na existência de uma
palavra só. O desafio foi mesmo muito grande. Vocês haveriam de estar lá também,
porque não é mesmo nada fácil não aplaudir a intervenção e respostas de Mário Centeno e ao mesmo tempo não rir
do que a direita dizia, os disparates que de lá vinham.
A oposição está mesmo de
cabeça perdida. E mais uma vez, Paulo
Portas dá uma lição ao PSD,
neste caso, a Passos Coelho. É
inútil ali estar a espera que o Governo
caia, quando parece estar de pedra e cal. Mas mesmo que assim não fosse com o
Governo, porque o que hoje é verdade amanhã é mentira, o mundo muda a cada
segundo, e o Governo português não foge à regra. E a política não é um ATL, não é um “lugar” em que devemos
estar só para passar o tempo com atividades pontuais. A política é o
exercício da responsabilidade de contribuirmos para a sociedade. Por isso, Dr. Pedro Passos Coelho, deverão existir outros
no PSD com vontade de liderar, de assumir, de propor (seja o que for, mas
propor algo já não era tão negativo do que não propor nada). Estive para
escrever este artigo ontem, mas pensei. Não, quando Passos Coelho falar, vai
propor alguma alteração, vai dizer aquilo que levará a sede de discussão na
especialidade (como ouvi, por exemplo, Heloísa Apolónia (Verdes) e André Silva
(PAN) fazerem). Mas não, para espanto meu, só ouvi do líder da oposição que
votaria contra o OE e que o Governo dele fez melhor pela economia do que este
está a fazer. Dá para acreditar?
Acho que não aguentaria esta anedota…
desfazia-me a rir e depois o policia que está nas galerias fazia o trabalho
dele.
Sem comentários:
Enviar um comentário