Gostaria de começar este artigo, e até porque não escrevi durante algum tempo por isso mesmo, com uma nota muito breve em relação à experiência que vivi na Hungria. Tal como aconteceu na Moldávia, uma vez mais conheci um novo país para mim, com a oportunidade de aprender através da educação não formal, mas acima de tudo, a oportunidade de conhecer pessoas novas. Tenho a sensação de que, numa semana, fiz uma mão cheia de amigos para a vida. É sempre bom e gratificante enriquecer desta forma. Aconselho a todos procurarem informação sobre o programa Erasmus + e ver em que medida este se pode aplicar aos seus anseios, interesses e vivências.
Porém, quer no dia em que parti como no dia seguinte a ter regressado, Passos Coelho e António Costa tiveram dois frente-a-frente, através da televisão e rádio respetivamente. A meu ver, o líder socialista foi quem venceu os dois debates, e pela mesma razão, pela atitude que mostrou ter, porque o conteúdo, esse, tem sido apresentado ao longo dos últimos meses, de forma pausada e responsável. Não quero, contudo, deixar de salientar que a diferença ou margem de vitória entre Costa e Passos foi mais evidente no primeiro debate, aquele que registou o maior número de espectadores de sempre, com sensivelmente 3.4 milhões.
Eu não vou estar aqui, hoje, a falar do conteúdo e das políticas que António Costa apresenta, até porque me dedicarei a fazê-lo na rua nos próximos dias, mas também o farei aqui. Apresentarei aqui o porquê de votar no Partido Socialista no próximo dia 4 de Outubro.
Quem viu e ouviu os debates teve a oportunidade de constatar que o ex-autarca se encontra em melhores condições de governabilidade, e não o digo por ser um orgulhoso socialista, nem por andar nas ruas a defender e lutar por uma vitória eleitoral. Digo-o porque, sem margem para dúvidas, António Costa mostrou ter um conhecimento bem mais profundo e real da situação dos portugueses. Mostrou que tem uma alternativa, de confiança, na qual podemos votar, sem medos e receios.
Para além do mais, e voltando ao ponto em que destaquei a atitude como elemento decisivo nos debates, o líder do PS mostrou uma capacidade de se comprometer com os portugueses, sem entrar em promessas vazias e populistas e mais, conseguiu mostrar determinação e coesão nas ideias pelas quais se apresenta hoje, e isso, é muito importante no momento em que ponderamos o nosso voto.
Nos próximos dias, como disse, apresentarei as razões pelas quais vou votar em António Costa, mas agora, e para terminar, apenas relembro que vencer debates e estar ligeiramente à frente nas sondagens não é garante de uma vitória eleitoral. Os debates valem para mostrar e apresentar as propostas e os candidatos. As sondagens servem para... bem, devem servir para avaliar as intenções de voto, mas que se têm mostrado bastante ineficientes nos últimos atos eleitorais a que temos assistido. Por isso, dia 4, seja para votar em quem for, ou mesmo para deixar o boletim em branco, é importante não ficar em casa.
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