Dois temas tomarão este artigo que vou escrever. O primeiro, prende-se com a celebração e respetivos festejos por parte deste Governo da saída da Troika de Portugal. Passou-se entretanto 1 ano, e aqui que ninguém nos ouve, entre Troika ou este Governo, venha o diabo e escolha! O outro assunto que não poderia deixar de estar contemplado, é obviamente a apresentação do programa eleitoral por parte do PS.
Fomos além da Troika, assumida e orgulhosamente, mas mesmo assim, festejamos a saída destes do nosso país.
Das duas uma:
- Ou estão contentes porque podem levar a cabo políticas muito mais austeras em nome próprio, e sem indicação do FMI, BCE e CE, ou seja, com a sua própria criatividade;
- Ou então, é simplesmente por ser ano eleitoral e tudo serve para chamar as camaras, principalmente se o motivo de celebração for algo que o eleitorado aprecie (saída da Troika).
Confesso ser ignorante ao ponto de não conseguir escolher nenhuma das anteriores nem mesmo de perceber. Para mim, não faz sentido que este Governo celebre a saída da Troika, quando andaram durante 3 anos de mãos dadas... Isto, porque a celebrar, seria de perceber se convidassem os elementos da Troika que tiveram a missão de atuar em Portugal.
Tal como os estudantes fazem, que quando deixam os ciclos formativos em conjunto, periodicamente depois de terminarem esses mesmo ciclos, fazem as jantaradas de celebração e convívio. Mas lá está, convívio. E não cada um a jantar por si e a celebrar ter deixado de conviver uns com os outros.
Já o segundo tema, dá-nos conta de uma inovação, mais uma pela mão do Partido Socialista. O maior partido da oposição apresentou ontem o seu programa eleitoral, Perdão, apresentou ontem a versão para debate público. Sim, debate público. Já não chegava todas as sessões que foram levadas a cabo, mais o canal aberto, mais o cenário macroeconómico, temos agora um programa, da total autoria e responsabilidade do secretariado nacional do PS, e ainda assim, as pessoas terão a oportunidade de sugerir alterações e contribuir.
Nesta linha de espírito aberto e de contacto com o eleitor, uma das muitas propostas, é a inclusão do orçamento participativo no Orçamento de Estado!
Com o seu devido tempo, também no PNP, analisarei as propostas e darei conta da minha opinião acerca do seu conteúdo, mas neste momento, e tendo em conta o que já se alterou na nossa democracia, ou melhor, na forma de o PS fazer politica, desde o momento em que António Costa se disponibilizou para assumir a liderança do Partido.
Digam o que disserem, mas mesmo aqueles que acham que foi uma machadada na anterior direção do PS, a disponibilidade de António Costa promoveu a democracia. E o resultado (~70%-30%) espelha bem qual era a vontade dos militantes e simpatizantes!
Cada vez mais tenho orgulho em acreditar nesta família política. E não tenho qualquer problema em o assumir.
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