Quer queiramos quer não, a verdade é que quem quer criticar, critica... sempre.
Isto não é novidade para ninguém, mas serve de nota de abertura para este artigo, a propósito do último congresso do PS.
Existe ainda muito "barulho" em torno daquilo que o congresso foi, principalmente pelo facto de o secretariado não incluir "Seguristas". Em relação a este facto, podemos ter diferentes leituras. a primeira que me salta a vista é o facto de haver uma divisão no partido, divisão essa que não é suposto, tanto tempo depois das primárias e principalmente, tendo em conta a esmagadora vitória.
Porém, nos órgãos mais importantes entre congressos, estão presentes ex-apoiantes de Seguro. O que responde, por si só, aos críticos da inclusão de todas as fracções nos órgãos. Porém, o secretaria ser todo da "confiança" do líder, não me parece ter todo o mal, uma vez que assim, na sua ação, esta direção conseguirá, à priori, levar a cabo as iniciativas que pretender, sem grande alvoroço mediático. Sim, porque o que se assiste muitas vezes, é pessoas que integram estas equipas de trabalhos aproveitam esse mesmo facto para terem outra legitimidade em tornar públicas e mediáticas as suas posições e intervenções. Mas isso daria outro artigo.
Contudo, se António Costa integrasse na equipa do secretariado nacional pessoas mais próximas do anterior líder, estaria aqui a elogiar também, ou pelo menos, não criticaria certamente. O que me faz alguma espécie é algumas pessoas criticarem apenas para estarem do contra. O ditado em que se é preso por ter e não ter cão, em Portugal, faz todo o sentido.
Ainda para mais, quem tem criticado veementemente o novo líder socialista, são os mesmo que o atacavam, em campanha, de ser muito próximo da direita. Ora assistimos ao inédito, em que os "seguristas", ou pelo menos aqueles que o apoiaram, estão agora a criticar a "esquerdização" do PS. Em que ficamos afinal?
Quanto a isso eu sou bastante sucinto e claro. Primeiro ponto, não acho que sejam as pessoas ou os partidos que regem uma coligação, mas sim o seu conteúdo. Segundo ponto, o PS não pode, nunca, entrar em coligação com nenhum dos partidos de Governo, uma vez que estes parecem querer levar a austeridade como fio condutor das políticas nos próximos anos. Terceiro ponto, e dando nota da minha alteração de ponto de vista, já referenciado aqui no PNP, o LIVRE parece ser o partido mais disponível e com melhores condições para uma coligação, uma vez que entra no espírito agregador e mobilizador em que o Partido Socialista se encontra.
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