Hoje ao ver o telejornal, na RTP, importante referir por não ter fama de ser muito sensacionalista, fiquei surpreendido por ter visto em números, aquilo que encontro muitas vezes nos transportes público e centros de cidade, isto é, sinais da crise.
Mas até aqui, nada de especial... acontece que, o país está de facto, pior, e já não são apenas os portugueses.
Vou apenas salientar 4 pontos que registei (dados do INE)
- O abre e fecha de empresas, fez perder-se 95 000 empregos
- O novo tecido empresarial gera menos 4 200 Milhões de euros, voltando a valores de 2004
- Segundo o Índice de Gini, a diferença entre os muito ricos e muito pobres (10% de cada grupo) é cada vez maior
- O risco de pobreza é cada vez mais elevado, cerca de 2 Milhões de pessoas, valor que nos remonta a 2005
As conclusões que eu tiro têm tanto de simples como de triste.
Este país não oferece qualquer esperança aos jovens, aqueles que ainda sonham, que ainda têm capacidade de produzir, de fazer algo, de dar a volta a situação. Por isso, estes estão a sair do país, e quem sabe, felizmente, não fazer parte destas estatísticas.
As nossas crianças, já não têm sequer condições de brincar uns com os outros, por falta de condições dos pais. A questão é, não está o nosso país a ser conduzido para a criação de infelicidade e privação daquilo que é básico para um ser que, não tem culpa nenhuma dos mercados, da dívida, dos salários baixos, de tudo o que faz manchete nos jornais todos os dias?
E para concluir, apenas reflectir mais um ponto, não estará o nosso país a comemorar os 40 anos de democracia com o regresso ao passado? Aos tempos em que as pessoas não tinham condições para alimentar as respectivas famílias, ao tempo em que andar na escola era um luxo. Mas mais preocupante, ao tempo em que a brincadeira das crianças, era trabalhar... e não brincar.
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