Ora, já há muito que andava para publicar este texto acerca das eleições autárquicas na minha freguesia, Mindelo.
Primeiro, estava à espera da apresentação dos candidatos, uma vez que sou também candidato, mas depois fui percebendo que haveriam outros pontos a abordar. Curiosamente, este texto será sobre esses pontos.
Em primeiro, e porque acredito que a política é feita de valorização sempre em primeira instância, falar da candidatura do Partido Socialista à freguesia de Mindelo, encabeçada pelo Domingos Duarte. Em segundo, dar resposta a quem possa duvidar da minha condição de mindelense. Por fim, deixar a minha visão acerca de 3 das 5 outras candidaturas ao mesmo órgão autárquico.
Em ciência política, estas eleições seriam naturalmente ganhas pelo Domingos. O Domingos é um homem da terra. Conhece os Mindelenses e os Mindelenses conhecem-no. Mas isto é só a ponta do icebergue. Todas as associações Mindelenses que pediram colaboração ao Domingos, ele disse sim. Quando a junta de freguesia lhe pediu ajuda pelas diversas vezes, ele disse sempre sim, e a zero, sem receber qualquer honorário. Ele é um candidato que conhece todos os dossiers que dizem respeito a Mindelo. Fala deles todos, sem problemas (mas escusam de o chamar sem qualquer critério só por fachada, para isso o Domingos não está disponível, creio). E não, não é só passado, o Domingos quer fazer parte do futuro de Mindelo. Por isso ele candidata-se com um projeto para 4 anos, pelo menos. Para quem acha que ele se vai demitir, como aconteceu com os dois últimos presidentes eleitos pelo Partido Socialista em Mindelo, esqueça, não vai acontecer.
O próprio PS está de parabéns. É poder há mais de 10 anos e ainda assim consegue apresentar-se a eleições com uma lista renovada, onde os primeiros lugares foram confiados a novos elementos, que não faziam parte da lista de há 4 anos e têm uma média de idade bastante jovem para o habitual.
Quanto a minha condição de mindelense, não preciso de ir muito longe. Vejamos a sede de campanha do PS (já agora, as outras candidaturas têm sede de campanha?), fica mesmo ao lado da casa onde cresci, a uns 150metros da escola primária que frequentei, da padaria onde ia buscar pão todos os dias, a beira do café do avô do meu amigo de infância onde passei tardes a jogar PSP (playstation portable), o supermercado onde fazia compras e o restaurante com diária onde comia frequentemente, e a piscina mesmo ali ao lado, onde passei tardes de verão nos míticos e saudosos anos 90 e início do novo milénio! Do outro lado da rua da sede, fica o restaurante que me sinto em casa e que ia frequentemente buscar takeaway... É preciso mais? Calculo que não mas ainda assim, há Mindelenses que se lembram de me ver com uma mochila de campismo maior que eu na estação de comboio (muitos anos atrás certo?) quando arrancava para mais um acampamento do agrupamento de escuteiros 572, joguei (não muito bem, mas enfim) no interfreguesias pela ACDM. Já agora, por falar em ACDM, fiz parte dos per'curtir nos seus primeiros anos e fiz parte da direção antes da atual tomar posse.
Naturalmente que a vida da voltas e por vezes gostaria de estar presente de uma forma ainda mais ativa mas, ainda há dúvidas de alguma coisa?
As outras 3 candidaturas que me vou sucintamente expressar, a NAU, PVC e PSD /CDS.
NAU apresenta como candidato o Cláudio Matos, andou comigo na escola mas, a sério que é preciso juntar os candidatos pela NAU em Vila Chã para as ações de campanha? Estão a pensar unir as freguesias em caso de vitória?
PVC apresenta a Ermelinda Dourado como candidata. Mora na minha rua e já muito se envolveu na freguesia. Admiro bastante essa postura pró-cidadania. Admiro de tal forma que tenho até pena de ela ter deixado de ser a candidata de Mindelo pelo Partido Socialista à Assembleia Municipal, uma vez que ao longo dos últimos 4 anos nos representou como tal. Mas enfim, a independência falou mais alto e a democracia fica a ganhar mais uma candidatura.
PSD /CDS apresenta Carlos Maia, que para mim não é Carlos Maia mas sim o chefe Maia. Foi meu chefe de escuteiros e continuei sempre a cumprimenta-lo como escuteiro, e os escuteiros sabem como é. Respeito-o e admiro-o bastante, mas não posso concordar com a sua grande bandeira nesta segunda tentativa, consecutiva, de conquistar a junta. Colocar Mindelo no mapa é o objetivo de todos os Mindelenses, mas ambos sabemos que não depende da junta de freguesia mas sim do processo judicial que se arrasta já há demasiado tempo. Consequências de uma justiça morosa como a que Portugal tem...
Com tantas opções, os Mindelenses têm o dever redobrado de votar. A abstenção não pode ganhar, uma vez mais, na nossa democracia. Mindelo é e será dos Mindelenses, cabe-nos a nós decidir o futuro da nossa terra.
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