Nas últimas eleições legislativas em Portugal, a diferença entre os dois principais candidatos a Primeiro-Ministro (apesar das eleições elegerem deputados e não o Primeiro-Ministro), eram abismais. Mais do que nunca, a diferença entre os dois líderes dos principais partidos era verdadeiramente significante.
Para o provar, temos a comparação entre 4 anos de governação de um e quase um ano de governação do outro. É diferente não é?
Pois bem, essa diferença vem a propósito do debate desta madrugada entre Hillary Cinton e Donald Trump. Foi como preto e branco, água e vinho... foi abismal a diferença entre o candidato republicano e a candidata democrata.
O debate foi dividido em 3 partes, e começou logo com crescimento económico e rapidamente se falou em empregos e acordos comerciais. Era naturalmente o campo mais confortável para Trump que é um homem de negócios e creio que tinha como estratégia para o debate, serenar a sua postura, uma postura mais presidenciavel, e durante alguns minutos conseguiu. Agora, só tenho dúvida quanto ao motivo pelo qual a deixou de ter, sendo certo que verdadeiramente não a demonstrou ter naturalemtne e principalmente frente a Hillary Clinton, que se apresentou como era de esperar, calma, serena e preparada, ou seja, como aquela aluna que se senta na fila da frente nas aulas e está preparada para tirar um 20 num teste surpresa a qualquer altura.
Antes do debate, muitos especulavam quanto à postura que Trump, ou Donald como Cinton o chamou durante o debate. A propósito da forma como ambos se relacionaram durante o debate, Hillary chamou-o sempre de Donald, o que estrategicamente foi inteligente porque acabou por dividir a atenção nos media e criar o pequenino problema de identificação do candidato, Donald ou Trump? Ele, foi igualmente inteligente, que perguntou se Secretária Hillary estava bem, e ela acenou que sim. Desta forma, ele colou-a inevitavelmente às últimas governações, mas ao mesmo tempo, resalvou o lado mais forte da candidata, a experiência e passado político.
Voltando a postura que Trump iria adotar e efetivamente adotou, foi ele mesmo. Porem, não tão radical, mas também não mostrou ser um presidente desejável pelo mundo inteiro. E a verdade é que apenas os americanos escolherão o seu Presidente. Ele mostrou ter orgulho em ser um "esperto", principalmente quando Hillary o afirmou que ele não tem pago os impostos que deveria e ele disse "isso só revela esperteza da minha parte". Nitidamente, ele é o candidato popular dos descontentes, é aquele candidato que representa quem tem sido afetado pelas últimas governações, pelo politicamente correto.
Desta vez, nas urnas, notar-se-à se são mais os descontentes com o sistema ou aqueles que querem que este continue como está.
Tal como em Portugal, a escolha nunca esteve tão facilitada.
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