Tendo em conta dois artigos do jornal "i", ontem e hoje, sobre as presidenciais, mais precisamente aquilo que se passa do lado da coligação, parece evidente o interesse de 3 distintos potenciais candidatos. Marcelo, Santana e Rio. Qual deles avançará? Ou melhor, qual deles avançará com o apoio do PSD? O apoio será do PSD ou da coligação PSD/CDS e, consequentemente, o óbito oficial do CDS? E por fim, porque ainda não avançou nenhum deles? Vejamos a minha versão das respostas a estas perguntas...
Para começar, é importante neste momento esclarecer que Santana Lopes, atual provedor da Santa Casa da Misericórdia, tem manifestado publicamente interesse em candidatar-se a Presidente da República. Esteve, aliás, para avançar com o anúncio oficial em Março, mas decidiu recuar e adiar tal momento para depois das legislativas.
Rui Rio também já demonstrou disponibilidade para uma candidatura, mas deixou também pendente o anúncio. Em Maio, era dado como certo, agora, espera-se para depois das legislativas.
Marcelo, que avança e recua ao sabor do vento (em 2014 disse sentir-se excluido do perfil que Passos traçava à altura para um candidato PSD, na época, era aclamado Durão Barroso), mas nestes últimos meses, parece achar alguma graça à questão.
Qualquer um deles tem notoriedade suficiente para avançar com uma candidatura, mas ambos são das fileiras do PSD e nenhum quer daro "passo em falso, fatal para as suas aspirações políticas", como Carlos Carreiras defendeu ontem, também no "i". Pressões como estas, fazem passar tudo menos uma imagem de união e acalmia que querem fazer passar por aquelas bandas.
Porém, a dúvida dentro do PSD em quem apostar parece ser entre Marcelo e Rio, uma vez que Santana Lopes não é muito acarinhado no partido laranja. Pelo menos o suficiente para lhe financiarem uma campanha como esta.
Nesse sentido, dou quase como certo o avanço, mal receba um cheque risonho, por parte do ex-Primeiro-Ministro. Principalmente se, a tal avanço, se verificar um duelo com Marcelo. É sabido de todos que não morrem de amores um pelo outro.
Feitas as contas, sobram então o mediático professor de direito e o ex-autarca da cidade invicta, que devem conhecer o seu futuro como candidatos dependendo do resultado da coligação para que, PSD ou PSD/CDS decidam apoiar um ou outro. Sim, porque parece que o CDS deixou de existir, desde que foram juntos às europeias, que não querem outra. Pois bem, creio que as presidenciais serão na mesma linha, até porque CDS não parece ter nenhum presidenciavel claro.
A meu ver, se a coligação vencer as eleições, Rio poderá sorrir para Belém. Se a coligação perder, terá necessidade de apresentar um candidato que garanta um resultado positivo, ou muito próximo disso, e nesse jogo, Marcelo ganha claramente vantagem sobre o portuense. Porém, nem tudo são más notícias para Rio, que vê a porta da liderança laranja escancarada.
Tudo somado, o que eu gostaria que acontecesse, e que acredito que aconteça, é o PS vence as legislativas, apoia Sampaio da Nóvoa para Belém, Passos demite-se, Rio corre para a liderança do PSD e este apoia Marcelo, que vai ver Santana Lopes a candidatar-se como independente.
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