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Parece haver um consenso em torno de uma candidatura de Guterres a Belém, o que é revelador de algumas mudanças dentro do próprio PS.
Vou tentar elogiar, uma vez mais, a iniciativa de António Costa à liderança do partido, mas é certo que esta disponibilidade trouxe benefícios. Podemos ver a forma como no próximo dia 28 de Setembro se irá eleger o candidato socialista a Primeiro-Ministro. É algo inovador na política (não em proposta mas em acção) e que muito provavelmente, será aplicado pelos restantes partidos também.
Porém, evitar-se-à desde já, o episódio ocorrido nas europeias quanto ao candidato e à sua escolha. Como todos nos recordamos, até que Assis fosse oficialmente anunciado, levou o seu tempo. E também ainda não saiu das nossas memórias, creio, o triste convite em cima do joelho de Seguro para que Soares fizesse campanha no Chiado.
Toda esta pré-campanha e mobilização em torno de um outro António (depois de Seguro e Costa, Guterres é o terceiro), revela que já existe uma maior organização no Largo do Rato.
Mas existem ainda outras vantagens. O PS, e não interessa trazer para aqui novamente por "mão" de quem, foi capaz de apresentar um candidato que parece agradar a toda a esquerda. Nomeadamente, ao recente LIVRE (que me vai "obrigar" a escrever uma nova análise por me surpreender).
Por outro lado, este candidato apresenta alguns telhados de vidro, como por exemplo a postura na questão do aborto no referendo de 98 e também a sua proximidade ideológica à democracia-cristã.
O que pode até ser bom porque vai buscar votos à direita, visto que existem votantes do PSD e do CDS que preferem Guterres a Marcelo ou Rio.
Para terminar, apenas posso desejar que o PS se mantenha "fiel" a este candidato, independentemente do que se passar dia 28 de Setembro. É importante que se mantenha uma imagem credível e em que os portugueses podem contar.
A mim, Guterres é um candidato que me agrada. Mas estou curioso para saber o que vai dizer nos debates.
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