O Presidente da República disse que é masoquismo dizer que a nossa dívida não é sustentável. Em parte até acredito, mas não na totalidade.
Para o afirmar, alegou que os credores, Banco Central Europeu, Comissão Europeia e FMI dizem que a nossa dívida é sustentável, logo, esta passa a sê-lo. Eu acredito, que por esta via, a nossa dívida até seja mesmo sustentável. Estamos a falar, supostamente, dos melhores técnicos e académicos a trabalhar no sentido de fazer previsões, cálculos e levantamentos para que seja apuradas as necessidades de financiamento e possibilidades de pagamento do nosso país. Sim, economicamente quero acreditar que, médio-longo prazo se veja o efeito desta política, positivamente, mas a economia não é tudo.
O que me faz duvidar desta teoria, ou deste ponto de vista, se assim quisermos, é o lado social, e aí sim, é insustentável de certeza. A situação em que nos encontrávamos não era a melhor, é certo, mas existem formas de fazer as coisas, e socialmente, a meu ver, tem-se tomado as piores decisões!
Se retirarmos apoio social aos desempregados, aos carenciados, taxarmos mais os serviços prestados, baixarmos salários e ignorarmos o apoio aos idosos, claro que tudo fica viável e sustentável. Mas a questão fulcral para mim é a seguinte: Até que ponto se pode sacrificar as pessoas em prol da economia?
Tanto é masoquismo dizer que não é sustentável a nossa dívida, como o que têm feito ao povo português!
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